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Análise Textual

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Por:   •  30/3/2014  •  1.294 Palavras (6 Páginas)  •  332 Visualizações

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Antes de iniciar propriamente os assuntos das aulas 4 e 5 gostaria de fazer um breve comentário da importância de entendermos e aprendermos a construir textos coerentes, por que embora um texto contenha uma ideia principal, esse texto é composto por diversas partes que devem ser coerentes entre si, como por exemplo um advogado poderia redigir uma petição judicial se não souber ser coerente na explanação de sua ideia, de seus objetivos e até de seus pedidos e requerimentos junto a um órgão judicial. O texto deve ser ordenado e organizado semanticamente, pois caso o destinatário não entenda a mensagem essa poderá ser indeferida. Em minha opinião, o mais inaceitável e incoerente é a contradição dentro de um texto, devemos ter o máximo de cuidado para que sejamos sempre coerentes seja na escrita ou no falar.

Muito interessante é que um texto coerente é aquele que é bem compreendido, ou seja, bem interpretado dentro do propósito do locutor e do contexto da mensagem, isto é, quando contém uma mensagem, uma ideia, um conceito coerente.

Vamos então comentar sobre os 4 tipos de coerência, e porque não dizer, também das incoerências, pois acho muito importante o cuidado para não cairmos nos textos incoerentes.

Semântica: Diz respeito à coerência de sentido que deve existir entre as partes de um texto, nesse sentido acho muito importante que tenhamos uma riqueza de vocabulários para que saibamos usar a palavra correta no lugar e sentido correto.

Ex: Meu objetivo é fazer uma excelente faculdade de Direito para defender os puros de coração.

O mais adequado seria “defender os injustiçados”.

Sintática: Agora estou me lembrando das aulas no segundo grau de análise sintática das orações e o uso correto dos conectivos de ligação (pronomes, preposições, advérbio) entre elas para que haja coerência, pensei que isto não seria útil um dia, mas olha aí a aplicação. Neste sentido também devemos atentar para evitar erros de concordância e regência.

Ex: Quero estudar muito donde um dia serei um excelente juiz.

O correto seria “estudar muito para um dia ser um excelente juiz”

Estilística: Agora estamos falando de estilos de linguagem e o seu uso adequado, por exemplo, a linguagem formal x informal.

Ex: Meritíssimo Juiz de Direito da 1ª Vara de Família do Rio de Janeiro, venho por meio deste ofício requerer que seja feito um exame psicológico no réu do processo, pois o mesmo surtou das ideias e tem demonstrado que tem viajado na maionese sempre que vem depor nesta vara.

As palavras grifadas são totalmente inadequadas ao contexto jurídico aqui empregado.

Pragmática: Diz respeito ao comportamento e sequência adequada num discurso ou diálogo (conversa)

Ex: Indagou o juiz à testemunha:

- A depoente é amiga íntima da autora desta ação?

Respondeu a testemunha:

- Eu sou uma pessoa muito dada e falo com todo mundo.

Veja que neste exemplo, a resposta nada tem a ver com o que foi questionado, contudo esta incoerência pode ter sido intencional, pois ela tenta justificar a inexistência da amizade pelo seu jeito de ser, e pode estar tentando enganar o juiz para que seu depoimento não seja indeferido.

Existem outras situações que fazem com que um texto não traduza o seu real objetivo para com o interlocutor, vejamos dez fatores:

1 – Conhecimento Linguístico: a falta de conhecimento das regras da língua dificulta a formação de textos coerentes.

2 – Conhecimento do Mundo: a falta de conhecimento da sociedade em que vivemos, seus costumes e sua cultura, bem como a falta de experiência de relações sociais dificultam tanto o locutor de se expressar corretamente como o interlocutor de interpretar corretamente a mensagem contida no texto. Ex: quando alguém num funeral diz deseja parabéns ao invés de pêsames.

3 – Conhecimento Compartilhado: a falta de conhecimento compartilhado entre um grupo que deveria existir dificulta a coerência do texto. Ex: quando um advogado fala com pessoas da área jurídica deve usar uma linguagem compartilhada neste grupo, quando fala com um cliente que é leigo em assuntos jurídicos, vai ter dificuldade em expressar certos conceitos.

4 – Inferência: são deduções óbvias de uma ideia dentro de um texto ou mensagem. Ex: Como não estou enxergando bem o que o professor escreve no quadro, devo procurar um médico. Deduzimos que esse médico seja um oftalmologista.

5 – Contextualização: são elementos que bem utilizados no texto facilitam a contextualização deste, como a data, o local, a assinatura do autor, o título, gráficos, ilustrações, são bons exemplos.

6 – Situacionalidade: são elementos usados no texto que só servem para determinadas situações em que o texto e o contexto sejam comum aos locutores e interlocutores, como no caso de termos técnicos, abreviaturas, siglas que são comuns e vão ser usados somente em determinadas situações e pessoas envolvidas.

7 – Informatividade:

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