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Capítulo 3 Do Livro "O Cortiço", De Aluísio De Azevedo

Trabalho Universitário: Capítulo 3 Do Livro "O Cortiço", De Aluísio De Azevedo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/3/2014  •  458 Palavras (2 Páginas)  •  2.354 Visualizações

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“O cortiço”, escrito por Aluísio de Azevedo e publicada em 1890 é um marco no Naturalismo brasileiro. E como uma obra Naturalista, uma de suas caranterísticas é justamente a desconstrução das idéias românticas e fantasiosas com o objetivo de se retratar a própria realidade. Ao analisarmos o capítulo 3, naturalmente, podemos destacar algumas das características que fazem com que a obra se encaixe no perfil Naturalista da época.

A partir desde capítulo e pelo título do texto já temos uma idéia do que se tratará a história do livro, que retratará a vida em um cortiço do Rio de Janeiro. Com isso vemos de cara que nessa obra será retratado um pouco da realidade social vivida na época, o que é uma característica das obras Naturalistas. Neste capítulo notamos isso pela descrição de uma certa rotina seguida pelos moradores do pequeno cortiço.

“Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam se de janela para janela as primeiras palavras, os bons dias; reatavam se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças que ainda não andam.”

Uma dessas características é a minuciosa descrição praticada pelo autor para dar conta de toda a realidade. Com isso, Aluísio de Azevedo se preocupa em passar todas as características do cenário e dos personagens para quem lê o texto para dar ao leitor uma sensação real à cena que ocorre nos capítulos.

“As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas.”

No texto, vemos também o homem e o animal em um mesmo patamar devido a uma caracterização animalesca dos personagens. O autor utilizará características animais para descrever seus personagens com o intuito de destacar não o lado romântico e idealizado deles mas sim suas faces animalescas, mais aproximadas da natureza.

“Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas.”

“Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas; fazendo compras.”

Outra característica é a coletividade retradata pelo autor na medida em que o mesmo tenta dar conta de vários personagens do cortiço, muitos inclusive, sem tanta importância no desenrolar da História. No capítulo o autor apresentará todos os moradores do cortiço, a lavadeira, seus maridos e filhos, porém dando destaque à Pombinha, uma das personagens principais. Apresentando Pombinha, Aluísio de Azevedo começa com suas devidas individualizações que dizem respeito aos personagens que terão uma maior importância na história.

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