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Caracterização dos índices físicos da sub-bacia do Rio Córrego Grande

Por:   •  3/6/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.595 Palavras (7 Páginas)  •  281 Visualizações

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Caracterização dos índices físicos da sub-bacia do Rio Córrego Grande, Florianópolis - SC.

RESUMO: Os índices físicos de uma bacia hidrográfica contribuem para o planejamento de obras de urbanização. O objetivo deste estudo foi caracterizar de seus índices físicos da sub-bacia do Rio Córrego Grande com a finalidade de contribuir com o planejamento dos recursos hídricos e de sua localidade. Através do software de geoprocessamento ArcGIS e métodos quantitativos de identificação de índices físicos a sub-bacia foi caracterizada. Os índices físicos obtidos podem servir de base para uma melhor compreensão do regime hidrológico, para o monitoramento da sub-bacia, auxiliando na análise de áreas sujeitas as enchentes e aos processos erosivos.  

RESUMO: Este trabalho contribui com a caracterização física da sub-bacia hidrográfica do rio córrego grande, localizado na bacia hidrográfica do rio Itacorubi na cidade de Florianópolis/SC. A partir do cálculo de índices físicos, permitiu-se a inserção da matemática na compreensão dos fenômenos hidrológicos. A bacia hidrográfica está sujeita a enchentes, porem de forma lenta com um tempo de concentração médio. Nestas análises podemos comparar com bacias hidrográficas semelhantes na prevenção de situações de emergências em período com grande precipitação. Para isso foi utilizado o mapeamento temático e geoprocessamento através de um software Arc Gis e conferido manualmente com dados obtidos no Planímetro e Curvímetro. Assim aproximamos os dados a realidade desejada com metodologia diferentes.

Palavra Chave: bacias hidrográficas, índices físicos, recursos hídricos.

INTRODUÇÃO

As bacias hidrográficas invariavelmente são áreas de preferência para o estabelecimento da sociedade humana, devido à disponibilidade dos recursos hídricos. Segundo a Politica Nacional dos recursos Hídricos, Lei número 9.433 de 1997, a bacia hidrográfica é uma unidade de planejamento territorial. No entanto, quando ocorre a ocupação de áreas de uma bacia, alterando seus elementos (vazão, tempo de concentração, cursos de água etc.) e o ecossistema local, a possibilidade de ocorrência de catástrofes naturais é intensificada (SILVA, 2006).

O estudo dos elementos hidrográficos é importante para a relação da ocupação urbana com a conservação de Áreas de Preservação Permanente. A partir dos índices físicos é possível dimensionar obras de urbanização de forma que não interfira no ciclo hidrológico e o ecossistema local e não exponha em risco a sociedade civil, e as medidas mitigatórias após a ocupação urbana.

Os índices físicos são obtidos a partir de cálculos dos parâmetros da bacia hidrográfica (área, perímetro, forma, declividade etc.) Esses parâmetros são responsáveis pelos valores de vazão da bacia, possibilitando comparações com outras bacias hidrográficas, auxiliando na utilização dos recursos hídricos (PORTO, FILHO, SILVA, 1999).

Nas bacias hidrográficas suas subdivisões são chamadas sub-bacias. Com as atividades antrópicas dentro do perímetro das bacias hidrográficas, muitas comunidades não se adaptam as condições naturais das mesmas. As ocupações desordenadas alteram as condições naturais dessas bacias hidrográficas.

Na cidade de Florianópolis o bairro do Córrego Grande está localizado dentro da Bacia Hidrográfica do Itacorubi, mas especificamente na sub-bacia do Córrego Grande, (CLARO, 2012).

Os índices físicos da sub-bacia já foram descritos anteriormente em estudos voltados a ocupação urbana em áreas de preservação permanente e áreas de inundação. No entanto, a atualização dos índices físicos de uma bacia hidrográfica é importante, tendo em vista que a mesma ainda por processos de alterações físicas que podem comprometer áreas de preservação dos recursos hídricos.

Desse modo, o objetivo deste trabalho é fazer o levantamento dos índices físicos da sub-bacia do Rio Córrego Grande com a finalidade de contribuir com o planejamento dos recursos hídricos e da localidade.

MATERIAL E MÉTODOS

A área de estudo escolhida é a sub-bacia do Córrego Grande (27°34'35'' - 27°37'57'' de latitude Sul e 48°28'25'' - 48°33'00'' de longitude Oeste) pertencente à bacia hidrográfica do Itacorubi, localizada na porção central insular da cidade de Florianópolis. Esta sub-bacia conta com a maior concentração de cursos d'água da bacia hidrográfica do Itacorubi (CLARO, 2012).

A escolha do local de estudos considerou os problemas relacionados com o aumento da área destinada a moradias e serviços, em detrimento da área de preservação permanente. A obtenção de dados ocorreu a partir do ponto da jusante da sub-bacia escolhido no exutório localizado na Rua Sebastião L. da Silva (27°36'10.7"S 48°30'12.2"W). 

Para análise aeral da sub-bacia do Córrego Grande foi utilizado um software de interface gráfica que permite a sobreposição de planos de informação vetoriais e matriciais com a finalidade de mapeamento temático, o ArcMap ou comumente chamado de ArcGIS. O ArcGIS utiliza técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento.

Através do software ArcGIS (Modelo 10.2 – 2013) disponibilizado pela Universidade Federal de Santa Catarina, com informações em escala 1:10.000, foi possível delimitar a área (km²), e perímetro (Km) da sub-bacia. Para análise de comprimento do rio principal, o somatório dos rios e a ordem dos cursos d’água foi utilizado a base de dados de um modelo digital de terreno (Carta Mosaico) e de hidrografia da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS) obtidos através de aerolevantamento digital (Santa Catarina - 2010/2012), desse material foram extraídas curvas de nível para a identificação da sub-bacia. Também foi elaborado um mapa da hidrografia da sub-bacia apresentado na escala 1:10.000.

Em seguida, realizou-se a hierarquização fluvial de acordo com a metodologia proposta por Strahler (1952), onde os menores canais sem tributários são considerados de primeira ordem; os canais de segunda ordem surgem da confluência de dois canais de primeira ordem, e só recebem afluentes de primeira ordem; os canais de terceira ordem surgem da confluência de dois canais de segunda ordem, podendo receber afluentes de segunda e primeira ordens; os canais de quarta ordem surgem da confluência de canais de terceira ordem, podendo receber tributários de ordens inferiores, assim sucessivamente.  

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