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Declinio Do Jornal O Paiz

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Por:   •  25/9/2014  •  346 Palavras (2 Páginas)  •  359 Visualizações

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(...) O Paiz estava morto. Mas não porque sua colaboração literária tivesse baixado de qualidade ou porque o seu noticiário já não fosse tão bem arranjado. O Paiz morrera (...) e quem o matou (...) foi o estado de sítio (...). Com os adversários cancelados da vida cívica, na cadeia, ou de boca tapada pela censura, não tendo a quem responder, não há órgão defensor de situação que se possa aguentar. O Paiz não morreu de morte morrida, mas de morte matada, estrangulado pelas mãos sufocadoras do capangão constitucional do quatriênio. Vivia dos ataques do Correio da Manhã, de O Imparcial, de outros periódicos da oposição, que, descompondo o presidente, os ministros, e investindo contra o “regime” nos seus violentos artigos de fundo, tópicos vivazes e sueltos ferinos, lhe forneciam assunto, despertavam a verve dos redatores para os revides e represálias interessantes ao leitor. O carioca mesmo hostil à situação gostava de correr os olhos n’O Paiz, para ver “até onde ia o português”. A diatribe, o insulto de Edmundo Bittencourt dava leitor ao Laje. Bittencourt calado, Laje morria. E morreu. Devemos ao Bernardes essa perda.

O redator-chefe de O Paiz, Antônio José de Azevedo Amaral (que na década seguinte seria um dos principais ideólogos do Estado Novo), fez publicar, em 4 de setembro de 1929, um editorial sobre a Aliança Liberal intitulado “Arcaísmo político”, em que alertava os leitores contra a “ação agressiva de forças que, por serem efêmeras, não são menos perigosas na sua maleficência dissolvente”. Com a vitória dos revolucionários de 1930 e a chegada das tropas de Getúlio ao Rio de Janeiro, no fim daquele ano, a sede de O Paiz, em pleno centro da cidade, foi invadida, depredada, saqueada e incendiada.

Totalmente desarticulado e vigiado por forças da Junta Governista Provisória, O Paiz deixou de circular entre 24 de outubro de 1930 e 22 de novembro de 1933. A reestréia, em 1933, com Getúlio Vargas no poder, apresentava no expediente nova equipe de jornalistas, encabeçada por Alfredo Neves. Foi uma sobrevida de apenas um ano. Sem condições de manter-se em circulação, o

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