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Desenvolvimento Infantil

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Por:   •  19/4/2014  •  1.228 Palavras (5 Páginas)  •  473 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Desenvolvimento infantil, consiste numa seqüência ordenada de transformações progressivas resultando num aumento de grau de complexidade do organismo, distingue-se de crescimento por referir-se as alterações da composição e funcionamento das células (diferenciação celular), à maturação dos sistemas e órgãos e a aquisição de novas funções.1 ,2 Para efeito de estudo tanto pode-se considerar a sucessão de fases um sistema orgânico isolado, por exemplo o timo e/ou o sistema imunológico como o organismo como um todo, a capacidade de locomoção que depende tanto da maturação do sistema nervoso como músculo esquelético.

O desenvolvimento do exame neurológico evolutivo é capaz de detectar precocemente desde os primeiros sinais de disfunções graves como paralisia cerebral e deficiência mental até as denominadadas disfunções cerebrais mínimas, possibilitando uma intervenção capaz de minimizar a progressão de danos.

ESTIMULAÇÃO ESSENCIAL/ INTERVENÇÃO PRECOCE

Parece ser consensual a noção de que o desenvolvimento infantil é uma resultante da interação entre as características genéticas e o meio ambiente onde a criança se desenvolve. Entendendo-se como meio ambiente não apenas os fatores nutricionais, condição de exposição à agentes patogênicos, onde os cuidados com a saúde são fundamentais, sendo especialmente relevante exames capazes de identificar precocemente patologias potenciais ou em curso.

Sabe-se também da necessidade de estímulos sensoriais para o desenvolvimento da capacidade de comunicação (fala) e coordenação psicomotora. Caldwell 4 analisando contextos familiares e institucionais desenvolveu a seguinte recomendação: o ambiente ideal para a criança pequena é aquele no qual ela é criada em seu próprio lar, no contexto de uma relação afetuosa e contínua com sua própria mãe, sob condições de estimulação sensorial variável (o.c. p. 82). Bowbly 5 em um trabalho feito sobre encomenda da Organização Mundial de Saúde compactua com a idéia de que a mãe é a pessoa melhor qualificada para promover uma relação interpessoal estável e afetuosa bem como um padrão necessário de estimulação sensorial, mas, distingue 3 condições típicas em que ocorre esse vínculo formador dos padrões de apego: (a) Seguro; (b) Inseguro/ Evitante; (c) Inseguro/ Ambivalente associados, respectivamente à: (1) Condição da mãe estar disponível e constante; (2) Frequentemente não disponível ou emocionalmente rejeitadora e (3) Imprevisível e caótica. Naturalmente que é uma simplificação didática mas explícita que os tipos de personalidade e condições psicossociais tem conseqüências no desenvolvimento como pode ser expresso na máxima, atribuída à Lacan de que uma psicose se constrói em três gerações.

A puericultura desenvolvida nos programas de atenção primária à saúde instituindo padrões de cuidado de higiene, imunização e exames de detecção precoce de patologias específicas a exemplo do teste do pezinho bem como o atento olhar ao desenvolvimento e capacidade sensorial da criança é um grande passo da humanidade, contudo ainda nos resta o desafio de associar à condição de desenvolvimento aos padrões de distúrbios de comportamento e doenças mentais sem que essa atenção estigmatize ou segregue em grupos de "párias".

Como sabemos, o Brasil ainda apresenta índices de pobreza e desigualdade muito elevados, incompatíveis com a sua renda per capita. Isso é ruim para a nossa sociedade e, além disso, tem consequências importantes para a violência e criminalidade. Mas, por que será que grande parte dos adultos nas famílias mais pobres tem tantas dificuldades para encontrar um trabalho fixo com remuneração adequada?

Nos últimos anos, a sociedade brasileira entendeu que a raiz de muitos desses problemas está no fato de que os alunos aprendem muito pouco nas escolas públicas brasileiras. Nesse sentido, novas políticas educacionais têm sido implementadas nas redes municipais e estaduais para tentar melhorar a qualidade do ensino nas nossas escolas. A novidade é que novas pesquisas científicas têm mostrado que essas deficiências de aprendizado podem estar relacionadas com problemas sérios no desenvolvimento infantil dessas crianças que foram se acumulando ao longo do tempo.

Segundo o Centro de Desenvolvimento Infantil da Universidade de Harvard, experiências de risco e situações de estresse prolongado no início da vida das crianças podem afetar o seu desenvolvimento futuro ao alterar a sua estrutura genética, provocando mudanças físicas e químicas no cérebro que irão perdurar para o resto da vida. Essas experiências de risco estão relacionadas com problemas nutricionais, mas também com problemas no convívio familiar e falta de estímulos adequados nos primeiros anos de vida. Interação entre genes e meio ambiente.

Agora podemos entender melhor por que algumas medidas na área educacional tem tido tão pouco efeito

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