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Inveja E Amor

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Por:   •  5/10/2013  •  2.293 Palavras (10 Páginas)  •  343 Visualizações

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dade Social - diz respeito ao cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral.

Meio ambiente - É a realidade física e orgânica de um determinado espaço, que pode compreender tanto um ecossistema como toda a biosfera.

Ecossistemas - São sistemas complexos, formados por dois grupos de componentes: os organismos vivos, constituintes da Biótica (plantas, animais, bactérias), e os organismos não vivos, constituintes da abiótica (ar, água, solo, vento).

Serviços ambientais - São os benefícios que os seres humanos obtêm da natureza e que são produzidos pelas interações que ocorrem dentro do ecossistema.

A Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM) - Inventário lançado em 2005 pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o estado de uso da natureza pelos seres humanos, incluindo questões como o clima, a biodiversidade, a desertificação e as áreas úmidas.

ONU - Organização das Nações Unidas. Fundada oficialmente em 24 de outubro de 1945, em São Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o final da Segunda Guerra Mundial. Sua atual sede é na cidade de Nova York.

2 SUSTENTABILIDADE

Atualmente, vêm-se buscando alternativas para que o desenvolvimento socioeconômico seja sustentável pela ameaça da escassez dos recursos naturais. Como o impacto do setor agroindustrial, mais precisamente do complexo agroindustrial canavieiro, a deterioração ambiental é significativo, é fundamental que sejam consideradas as externalidades negativas provocadas pela queima do canavial no meio ambiente e a necessidade de internalização econômica desses efeitos. Assim, neste estudo, são analisados alguns procedimentos e técnicas utilizados para valorar o meio ambiente, tendo em vista os efeitos causados por ações antrópicas (os efeitos causados ao meio ambiente pela queimada da cana-de-açúcar), avaliados em termos econômicos pelo método de valoração econômica.

A valoração econômica do meio ambiente, feita de uma forma simples, envolvendo os valores observados na economia gerada pela não utilização da queimada na pré-colheita, pode ser usada como valor de indenização em caso de desrespeito à Lei o que levaria a um valor de aproximadamente R$ 14.296,60 (valor do VET encontrado) por hectare, que, se bem aplicado, representaria uma verba considerável para a recuperação ambiental.

Com a ameaça da escassez dos recursos naturais, vêm-se buscando alternativas para que o desenvolvimento socioeconômico seja sustentável.

A introdução do capital natural na análise econômica faz-se necessário já que os custos da degradação ambiental e do consumo de recursos naturais não têm sido adicionados aos processos produtivos, avaliando-se os fluxos de estoques naturais e contribuindo para a definição de uma escala sustentável da economia. A valoração ambiental é essencial, caso se pretenda que a degradação da grande maioria dos recursos naturais seja interrompida antes que ultrapasse o limite da irreversibilidade.

A pressão crescente, em nível mundial, existe sobre as organizações industriais para que adotem medidas de proteção ao meio ambiente, faz com que as empresas, dependendo do contexto em que atuam, reformulem suas estratégias competitivas incluindo a variável ambiental (MIRANDA et al, 1997). Quando estas organizações industriais abrangem uma grande área produtiva do País, o problema do gerenciamento ambiental se torna essencial, como é o caso do complexo agroindustrial canavieiro, pois a cana para a indústria é a mais importante lavoura do País, tanto quando se visualiza sua contribuição para o valor da produção, quanto à sua geração de emprego.

Um fato importante já aconteceu na área canavieira: o binômio açúcar/álcool pode-se transfigurar no trinômio açúcar/álcool/bagaço. O bagaço de cana-de-açúcar vem se tornando cada vez mais caro como combustível para as caldeiras de usinas e destilarias de álcool, face à expansão de seu uso como matéria prima para a fabricação de papel, papelão, corrugados, conglomerados, furfural, ração (neste caso após receber processos de hidrólise), entre outros.

Sabe-se que em diversos países canavieiros, a técnica da colheita mecânica da cana crua já se constitui uma realidade e que, fatalmente, a curto prazo, será adotada no Brasil, devido, principalmente, aos aspectos ecológicos, conservacionistas, industriais e, principalmente, aos aspectos energéticos envolvidos no processo de queima prévia dos canaviais, gerando um desperdício inútil de energia, que pode constituir em lucros ao setor agroindustrial canavieiro com a ratificação do Protocolo de Kyoto, em 16 de fevereiro de 2005. As regiões tradicionalmente canavieiras vêm sofrendo crescentes pressões ambientalistas para o controle da emissão de poluentes resultantes da queima da cana. Devido a estas pressões surgiu o Decreto Lei n° 42.056 de 06 de agosto de 1997 (D.O.E. 07/08/1997) que, na tentativa de normatizar o assunto, fixou um prazo para adoção de medidas que eliminem a queima da cana.

MPACTOS AMBIENTAIS OCASIONADOS PELA QUEIMA DO CANAVIAL

As queimadas da cana são responsáveis por desperdícios no consumo de água, segundo levantamento realizado pelo DAERP (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto), já que devido às fuligens da cana queimada as pessoas são obrigadas a consumir mais água para lavar quintais, calçadas e as roupas que sujam nos varais, fazendo com que o consumo de água aumente 50% na safra.

Segundo a pesquisadora Edith V. A. Marinho do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o projeto Fogo, iniciado em 1987, foi idealizado com o objetivo de estudar o efeito das queimadas da palha da cana-de-açúcar sobre os gases atmosféricos ozônio (O3), monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO2), principalmente na região de Ribeirão Preto. Várias campanhas de campo foram realizadas na superfície e no ar, a bordo de um avião Bandeirantes instrumentado, na região canavieira do Estado de São Paulo. Foram observados aumentos expressivos nas concentrações de CO e O3, na época das queimadas.

Na época de chuva, quando não há queimadas, as concentrações de até 6 km de altitude são menores do que 30 ppbv (partes por bilhão por volume), para o ozônio e cerca de 100 ppbv para o monóxido de carbono. Na época de queimada da cana (setembro) foram observadas concentrações de até 80 ppbv à cerca de 1,5 km de altitude para o ozônio e 600 ppbv para o monóxido de carbono. Notando-se que estas medidas foram feitas a vários km de distância das fontes

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