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LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRASTANDO EXPERIÊNCIAS.

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Por:   •  7/11/2013  •  2.245 Palavras (9 Páginas)  •  778 Visualizações

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LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRASTANDO EXPERIÊNCIAS.

Rafaela Marchetti

Amanda Ap. Carbinatto Borim

Introdução e Justificativa

Segundo Soares (1998), antigamente a proposta sobre a alfabetização baseava-se unicamente no conhecimento das palavras garantindo ao aluno o domínio das correspondências fonográficas. Por muito tempo a grande ênfase era nas associações e memorização das correspondências fonográficas, pois se desconhecia a importância da criança desenvolver a sua compreensão e funcionamento do sistema de escrita alfabética e saber usá-lo desde o início em situações reais de comunicação.

Ferreiro (2000) destaca que a alfabetização nesta perspectiva defende um processo contextualizado e significativo, através da transposição didática das práticas sociais da leitura e da escrita para a sala de aula e considera a descoberta do principio alfabético como uma consequência da exposição aos usos da leitura e da escrita que devem ocorrer de forma reflexiva a partir da apresentação de situações problema nas quais os alunos revelem espontaneamente as suas hipóteses e sejam levados a pensar sobre a escrita, cabendo ao professor o papel de intervir de forma a tornar mais efetiva esta reflexão.

Segundo Soares (1998), nos países de primeiro mundo os conceitos de letramento e alfabetização se completam, onde a aprendizagem inicial da leitura e da escrita, mantém sua especificidade no contexto das discussões sobre problemas de domínio de habilidades de uso da leitura escrita, já no Brasil os conceitos de letramento e alfabetização se mesclam, e frequentemente se confundem, assim como nas produções acadêmicas estes temas sempre aparecem relacionados.

No Brasil a discussão do letramento surge sempre enraizada no conceito de alfabetização, o que tem levado, apesar da diferenciação propostas no meio acadêmico, a uma inadequação e inconveniente fusão dos dois processos, muitas vezes com prevalência do letramento.

Soares ( 1998), descreve que a perda da especificidade do processo de alfabetização nas ultimas décadas, é um entre muitos e variados fatores que pode explicar esta atual “modalidade” de fracasso escolar em alfabetização, caracterizando como causadores vários fatores tais como: reorganização do tempo escolar com a implantação dos sistemas de ciclos, o principio da progressão continuada , etc.

Dessa forma os equívocos sobre a alfabetização e letramento hoje tão presentes, onde há prevalência deste ultimo e perda de especificidade do primeiro, constitui como uma das causas do fracasso escolar em alfabetização que hoje ainda se verifica nas escolas, a distinção entre os dois processos e consequentemente recuperação da especificidade da alfabetização tornam-se metodologicamente convenientes, desde que essa distinção e a especificidade da alfabetização não sejam entendidas como independentes de um processo em relação ao outro, ou como precedência de um processo em relação ao outro, ou seja uma “reinvenção” da alfabetização, integrando alfabetização e letramento, sem perder porém, a especificidade de cada um dos processos.

Nessa perspectiva Ribeiro (2003), denomina letramento como o processo de aprendizado da lingüística, através da convivência com materiais escritos diversos e de práticas de leitura e escrita. Assim entender a diferença entre letramento e alfabetização permite que o educador compreenda a necessidade de desenvolver o olhar e a escuta para o processo de aprendizagem e as percepções do educando.

O termo letramento é muito abrangente e não pode ter uma definição simplista. Não existe nível zero de letramento e ele não é fixado pelo grau de alfabetização, por isso, mesmo um analfabeto pode apresentar níveis significativos de letramento, enquanto alguém alfabetizado pode ter dificuldades em exercer o letramento. O fato de ser um cidadão letrado facilita a relação com o meio em que se vive e em vista da importância de se desenvolver o letramento, o educador deve dar subsídios para que esse processo ocorra durante o processo de alfabetização do aluno.

Objetivos

Este trabalho tem por objetivos, mostrar como é desenvolvido atividades na Educação Infantil, referentes ao Letramento e Alfabetização. Levando em consideração as especificidades da infância.

Segundo Faria e Teixeira (2007), apenas recentemente o trabalho desenvolvido com crianças de zero a seis anos foi reconhecido na legislação com caráter educativo, definindo-se normas para a elaboração das propostas pedagógicas de instituições que ofereçam este atendimento.

Desta forma o desenvolvimento de atividades que priorizem a infância, assim como a inserção da criança no mundo letrado se faz necessária desde a Educação Infantil.

Metodologia

Dentro desta perspectiva, apresentam-se dois relatos de experiências, ocorridos em escolas de Educação Infantil do Município de São Carlos.

Uma refere-se à uma escola Municipal que atende crianças de 4 e 5 anos, e a outra uma Unidade de Atendimento a Criança filiada a Universidade Federal de São Carlos que atende crianças de 0 a 6 anos.

Os relatos foram descritos para constatar como cada unidade pensa a alfabetização e Letramento na Educação Infantil.

Relato de experiência- UAC

Essa atividade desenvolveu-se em uma turma com crianças de cinco anos, e foi descrita pelo professor e a estagiaria da turma.

Montagem do livro cada conto aumenta um ponto: esta atividade ocorreu a partir da vontade das crianças de não apenas ouvirem e participarem das histórias contadas, mas sim conta-las também.

Cada criança ficou responsável de escolher uma história que deveria ler junto com um responsável em casa e depois conta-la aos amigos. No dia da contação o aluno contava a história de seu modo e junto com o livro, fazendo representações que mostrassem o que acontecia em cada parte que ele estava contando.

No exemplo da contação do livro: O Ratinho, O Morango Vermelho Maduro e o Grande Urso esfomeado, em determinado momento do conto o aluno relatou que o Grande Urso esfomeado iria sentir o cheiro dos morangos e não importava onde ele estava escondido, então ele completou, “olha aqui; o morango tá escondido porque ele está disfarçado”.

Após o termino da história as crianças se dividiam em grupos, algumas vezes as crianças escolhiam com quem queria fazer,

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