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Morte E Vida Severina

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Por:   •  22/10/2014  •  976 Palavras (4 Páginas)  •  518 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A obra Morte e vida Severina que foi escrita por João Cabral Neto é um poema com uma linguagem popular no nordeste brasileiro que retrata a vida sofrida do povo que vive neste local. Esta obra pertence á época literária do Modernismo retrata um exemplo da vida de milhões de nordestinos no Brasil.

Neste trabalho serão feitas análises e apresentadas as críticas á sociedade feitas pelo autor, evidenciando o retrato do povo nordestino que foi representado na obra.

ANÁLISE DA OBRA

A obra “Morte e Vida Severina” se inspira nos autos pastoris medievais ibéricos e também na cultura nordestina. O subtítulo da obra “auto de natal pernambucano” tem relação com o nascimento de um menino que ocorreu em Pernambuco. O nome “Severina” é usado como adjetivo para confirmar que os substantivos “morte” e “vida” se referem ao Severino e a todos os sertanejos com a vida sofrida igualmente a ele.

Pertence á época literária do Modernismo, o autor usa versos heptassilábicos, também conhecido como “medida velha” ou redondilho maior. A obra está dividida em 18 partes, da parte 1 a 9 retrata a morte e da parte 10 a 18 se retrata da vida.

Na primeira parte o personagem principal segue o rio Capibaribe até que este rio seque e só é possível ver a marca d’água na terra seca onde o rio já passou. Severino ainda conversa com a rezadeira, o coveiro e o farmacêutico que fazem o personagem se render a morte ao chegar à cidade. A segunda parte começa com o nascimento de um menino e conversa com o pai do recém nascido que faz Severino lembrar-se que existe lado bom na vida, mesmo sendo uma vida “Severina”, como mostra no trecho da obra:

(...)

“— Severino retirante,

deixe agora que lhe diga:

eu não sei bem a resposta

da pergunta que fazia,

se não vale mais saltar

fora da ponte e da vida;

nem conheço essa resposta,

se quer mesmo que lhe diga;

é difícil defender,

só com palavras, a vida,

ainda mais quando ela é

esta que vê, Severina;

mas se responder não pude

à pergunta que fazia,

ela, a vida, a respondeu

com sua presença viva.

E não há melhor resposta

que o espetáculo da vida:

vê-la desfiar seu fio,

que também se chama vida,

ver a fábrica que ela mesma,

teimosamente, se fabrica,

vê-la brotar como há pouco

em nova vida explodida;

mesmo quando é assim pequena

a explosão, como a ocorrida;

mesmo quando é uma explosão

como a de há pouco, franzina;

mesmo quando é a explosão

de uma vida Severina.”

O nascimento do menino também pode representar o nascimento de Cristo, pois traz a esperança de volta á um povo e é filho de um carpinteiro chamado José.

RELAÇÃO DA OBRA COM O MODERNISMO E SUA CRÍTICA Á SOCIEDADE

O modernismo pode-se ser dito como uma revolução literária em que os autores não queriam mais o tradicionalismo dos parnasianos nem o pensamento utópico dos românticos, esse pensamento de mudança na literatura brasileira teve início em meados de 1902 com os Sertões de Euclides da Cunha, mas só foi realmente concreto depois da semana de Arte moderna em 1922 onde vários autores modernos mostraram suas obras e defenderam a ideia de que a arte em um todo precisava mudar em nosso país e que não poderíamos mais basear nossa arte em ideais europeus. O modernismo vem com a ideia de revelar o que realmente acontece no país (assim como os realistas), porém os autores modernos não trazem somente a crítica, mas também a oportunidade de mudança, isso é

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