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O Brasil no Mapa da Fome

Por:   •  21/6/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.691 Palavras (7 Páginas)  •  148 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- UFF

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

CIÊNCIAS SOCIAIS 2020.2 (Política IV)

Professora: Maria Antonieta Leopoldi

Aluna: Juliana S. Silva

A pandemia da covid-19 como fator determinante para o retorno do

Brasil ao mapa da fome:

Em março de 2020 a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou

a covid-19 como pandemia, decretando diversas medidas de proteção e

restrição como forma de conter o surto. Sem aviso, data definida para

início ou termino, o informalmente chamado, coronavírus chegou e

trouxe ao mundo uma nova forma de vida, sendo ela basicamente

remota e virtual. No Brasil, não obstante do restante do mundo, o vírus

se desenvolveu de forma brutal, nos mostrando claramente “a que veio”.

Com números aterrorizantes, o vírus desestabilizou o país “apenas” na

primeira quinzena. Em meados de abril o número de infectados no

Brasil chegava a 30 mil, enquanto o de mortos chegava a 2 mil, em

pouco mais de um mês após o decreto. Com a “descoberta” do vírus o

Brasil não só foi levado ao estado de calamidade na saúde, mas

também em todos os aspectos que constituem uma sociedade, nesse

caso os problemas sociais e em específico, a insegurança alimentar.

nx Entre medidas protetivas e econômicas, o Brasil passou no último

ano por diversas modificações que causaram e ainda causam

insegurança, entre elas a mais grave e a mais temida pela população, a

fome. Sendo essa insegurança também o principal motivo para que os

trabalhadores brasileiros assalariados e comerciários, arrisquem suas

vidas para levarem para casa o famoso “pão de cada dia”. Ainda que

como nação, o Brasil permaneça sendo uma grande potência na

agricultura, o País retornou em 2020 ao mapa da fome, após ser

retirado a pouco mais de apenas 6 anos. De acordo com dados do

IBGE, em 2013, pouco antes de ser retirado do mapa pela primeira vez,

a fome no país em sua situação mais grave, atingia cerca de 52,05

milhões de pessoas, enquanto em 2021 (pouco depois de seu

reingresso ao mapa) cerca de 117 milhões de pessoas se encontram

em situação de insegurança alimentar, de acordo com os mesmos

dados.

jhÉ importante frisar aqui antes de qualquer outra informação, que a

pandemia em si não foi o único fator que levou o Brasil a essa situação.

Em 2018, antes mesmo de qualquer indício do vírus, cerca de 100 mil

pessoas já se encontravam em situação de fome no País. Dessa forma,

a pandemia não seria o fator para que o Brasil se encontrasse hoje na

situação em que se encontra, mas sim uma contribuinte para o grande

aumento dos números, podendo ser considerada como o “estopim” para

o “caos da fome” no Brasil. A final de contas em um país em que a taxa

de desemprego chegava a 12,3 milhões de pessoas antes dos decretos,

das medidas restritivas e da própria pandemia, o retrocesso a

insegurança alimentar no Brasil era certo em futuro talvez não tão

distante, mas esse processo de retrospecção que já era analisado foi

acelerado pela falta de planejamento e certo despreparo do governo

brasileiro.

hnNo Brasil, a pandemia do novo coronavírus se desenvolveu e se

desenrola não “apenas” como uma grande “tragédia sanitária” como tem

sido classificada em algumas partes do mundo, mas também como uma

das maiores tragédias sociais e econômicas. Não o bastasse as

restrições de transporte, importação, exportação e venda de

mercadorias, que garantiam grande parte da renda de boa parte da

população, como motivo para o aumento da escassez alimentar, temos

também o corte por parte do governo federal de ações sociais e de

políticas públicas, que em determinado ponto se davam como principal

meio de subsistência por determinadas partes da população brasileira,

que em sua maioria é carente. De acordo com o IBGE, só em 2019

cerca de 13,5 milhões de pessoas passavam por necessidades e tinha

falta de “meios” essenciais, como água limpa e alimentos, mesmo com

diversas medidas de assistência política que tentavam assegurar

melhores condições de vida, como a exemplo, o Bolsa-família.

cEnquanto diversos países e seus respectivos governos ao redor do

globo se concentram em criar, melhorar ou estender suas políticas

públicas para que funcionem de maneira eficaz em conjunto com as

medidas de restrição e proteção contra o vírus, como uma espécie de

“conjunto harmonioso” para cessar o vírus e de forma

...

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