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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Por:   •  15/4/2013  •  2.864 Palavras (12 Páginas)  •  1.874 Visualizações

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Até meados do século XIX o atendimento de crianças pequenas, em instituições como creches praticamente não existia no Brasil. No meio rural, família de fazendeiros assumiam o cuidado das crianças órfãs ou abandonadas, filhas do senhor branco e da negra ou da índia, geralmente exploradas sexualmente por este. Na zona urbana bebês abandonados eram recolhidos nas rodas de expostos, existentes em algumas cidades desde o inicio do século XVIII. Essa situação começa a se modificar um pouco a partir da segunda metade do século XIX.

Este trabalho pretende mostrar brevemente como surgiu a educação infantil no Brasil e como o lúdico é um método importante para o desenvolvimento das crianças no processo de aprendizagem contribuindo para o aprendizado do aluno, além de permitir uma melhor socialização entre crianças. Segundo alguns teóricos, o lúdico é muito importante para desenvolver nas crianças o prazer pelo aprender, pois possibilita ao educador o preparo de aulas dinâmicas, o trabalho também pretende mostrar o papel do professor para este processo, pois é ele quem deve selecionar e observar quais são os jogos, brinquedos e brincadeiras que devem ser utilizados e como. Ao escolher a atividade, o professor deve levar em conta as particularidades de cada criança, assim como suas necessidades.

PALAVRAS CHAVE: lúdico; brincar e educação infantil.

Segundo OLIVEIRA (2011), O projeto de construção de uma nação moderna presentes no inicio do século XX, reunia condições para que fossem compreendidos pelas elites do país os princípios educacionais do Movimento das Escolas Novas, elaboradas no centro das transformações sociais ocorridas na Europa e trazidos ao Brasil pela influência americana e europeia. O jardim de infância foi recebido com euforia por alguns setores sociais.

A ideia de jardim de infância gerou muitos debates entre os políticos da época, por parecer com as salas de asilo francesas, entendidas como locais de guarda das crianças. Outros a defendiam por acreditarem que trariam melhoras para o desenvolvimento infantil, sob a influência dos escolanovistas.

Foram criados em 1875 no Rio de Janeiro e em 1877 em São Paulo, os primeiros jardins de infância sob a responsabilidade de entidades privadas e, apenas alguns anos depois, os primeiros jardins de infância públicos, que, dirigiam seu atendimento para as crianças da elite, com o desenvolvimento de uma programação pedagógica inspirada em Froebel.

A proclamação da Republica no país, trouxe mudanças também para o entendimento de questões sociais, que permaneceram sendo tratadas conforme a camada social da população atendida. Em 1899 foi fundado o Instituto de Proteção e Assistência á Infância por particulares, depois a criação em 1919, de Departamento da Criança, iniciativa governamental devido a preocupação com a saúde publica que acabou por levantar a ideia de assistência cientifica á infância. Ao lado disso, surgiu uma serie de escolas infantis e jardins de infância, alguns deles criados por imigrantes europeus para o atendimento de seus filhos.

A urbanização e a industrialização nos centros urbanos maiores, intensificadas no inicio do século XX, produziram um conjunto de efeitos que transformaram a estrutura familiar tradicional e o cuidado com os filhos pequenos. Como a maioria da mão de obra masculina estava na lavoura, as fabricas criadas na época tiveram de admitir mulheres no trabalho, isso gerou um problema, pois as mães trabalhadoras foram obrigadas a encontrar soluções emergenciais para o cuidado de seus filhos. A participação da mulher no setor operário decresceu no inicio daquele século com a entrada nas fabricas, da mão de obra de imigrantes europeus que chegavam ao nosso país. Segundo OLIVEIRA (2011) os imigrantes buscavam nos sindicatos preparar os demais operários para lutarem por seus direitos e protestarem contra as condições precárias de trabalho e de vida a que se achavam submetidas: baixos salários, longas jornadas de trabalho, ambiente insalubre, emprego de mão de obra infantil. Entre as exigências de parte do movimento operário, na década de 20 e no inicio dos anos 30, por melhores condições de trabalho e de vida estava a da existência de locais para a guarda e atendimento das crianças durante o trabalho das mães. Para atrair a força de trabalho, empresários criaram vilas operárias, clubes esportivos e algumas creches e escolas maternais, para os filhos de operários em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e várias outras no interior de Minas Gerais e no norte do país, o fato de o filho da operaria estar sendo recebido em instituições montadas pelas fabricas passou, até, a ser admitido por alguns empresários como algo eficaz, por provocar um aumento de produção por parte da mãe.

A pouca conquista ocorrida em algumas regiões operárias não se deram sem conflitos. As reivindicações operárias, conduzidas inicialmente aos donos de indústrias, foram dirigidas para o Estado e atuaram como força de pressão pela criação de creches, escolas maternais e parques infantis por parte dos órgãos governamentais. Nesse contexto surgiram as primeiras regulamentações do atendimento das crianças pequenas em escolas maternais e jardins de infância.

Embora desde a década de 30 já tivessem sido criadas algumas instituições oficiais voltadas ao que era chamada de proteção a criança, foi na década de 40 que cresceram iniciativas governamentais na área da saúde, previdência e assistência. O higienismo, a filantropia e a puericultura dominaram, na época, a perspectiva de educação das crianças pequenas. O atendimento fora da família aos filhos que ainda não frequentassem o ensino primário era sujeitado às questões de saúde. As creches eram planejadas como instituições de saúde multiplicavam se os convênios com instituições filantrópicas a fim de incentivar o aleitamento materno e reduzir a mortalidade infantil.

Desde o inicio do século ate a década de 50, as poucas creches fora das indústrias era compromisso de entidades filantrópicas laicas e religiosas. Essas entidades, com o tempo passaram a receber ajuda governamental, o trabalho com as crianças nas creches tinha assim um caráter assistencial protetoral. A preocupação era alimentar, cuidar da higiene e da segurança física, não sendo prioridade a educação e o desenvolvimento intelectual e afetivo das crianças.

Durante a segunda metade do século XX, o sistema econômico adotado no Brasil continuou impedindo que a maioria da população tivesse satisfatórias condições de vida. O aumento da industrialização e da urbanização no país permitiu aumento da participação da mulher no mercado de trabalho. Creches e parques infantis que atendiam

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