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Politica Social I

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Por:   •  24/5/2014  •  2.851 Palavras (12 Páginas)  •  287 Visualizações

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O trabalhado aqui realizado com base no Livro Política Social escrito por Elaine Rossetti Behring e Ivanete Boschetti onde as autoras apresentam a generalização das politicas sociais o contexto em que aconteceram, as lutas de classe,os primeiros modelos de seguridade social e a trajetória das Políticas Sociais no Brasil, de maneira critica e exploratória analisando e pontuando algumas indagações.

Keynesianismo-fordismo e a generalização da política social

A origem da política social conforme estudos teve uma configuração significativa após a Segunda Guerra que influenciou o mundo do capital, trazendo sua expansão e consolidação no período pós-crise de 1929-1932, tendo uma expansão do capitalismo maduro com taxas de lucros altas uma produtividade para as empresas epolíticas sociais para os trabalhadores.

O capitalismo tardio ou maduro se caracteriza pelo intenso processo de monopolização do capital, pela intervenção do Estado na economia e no livre mercado instituições de caráter privado começam a surgir.

O liberalismo de Keynes se expressa pela intelectualidade sistemática visando maneiras para sair da crise dos anos de 1929-1932 que caracterizou em mudanças no mundo da produção, por meio do fordismo sendo essa a base para propiciar o surgimento e expansão dos direitos sociais, com a força trabalhista e o paradigma socialista que se expandia a leste da Europa.

Para compreender e achar respostas para a crise de 1929 John Maynard Keynes defendeu a intervenção do Estado visando reativar a produção, tendo uma maior intervenção estatal na economia rompendo com os princípios liberalistas da época. O Estado então se torna produtor e regulador o que não significa um abandono do capitalismo nem a defesa da socialização dos meios de produção.

Devido a depressão e ao desemprego generalizado dos fatores de produção onde os homens, matérias primas, máquinas não correspondem a economia política e não contribuem para os acontecimentos, Keynes questiona considerava a Lei de Say onde a oferta cria sua própria demanda impossibilitava a superprodução colocando em questão o equilíbrio econômico onde a economia é auto-regulável.

Segundo a análise de Keynes a mão invisível do mercado nãoacarretaria uma harmonia entre os agentes econômicos, sendo a demanda efetiva aquela que reúne bens e serviços onde há a capacidade de pagamento, quando essa demanda não se efetivasse o Estado interferia para evitar tal insuficiência evitando a crise.

O Estado por sua vez tinha uma perspectiva que se fundamentava em dois pilares sendo alcançados pela ação estatal como: gerar emprego e aumentar a renda promovendo maior igualdade por meio de instituições e serviços públicos, tendo um papel administrador atuando nas relações econômicas e sociais, onde o bem estar seria uma busca individual no mercado, porém aceitasse intervenção do Estado na produção para aquelas pessoas incapazes para o trabalho: idosos, deficientes e crianças cabendo a intervenção de políticas sociais.

Aos ideais keynesianistas agregou-se o pacto fordista que tinha por objetivo a produção em massa para o consumo em massa e esse modelo foi mais do que uma mudança técnica com a linha de montagem foi uma maneira de regular as relações sociais em condições determinadas, sendo um novo modelo de reprodução da força de trabalho uma nova gerência de trabalho se configuravam, um tipo de sociedade democrática, racionalizada e populista.

Em 1945 as tecnologias aplicadas em guerra são revertidas para os meios de produção na indústria, é quando se estoura a produção de bens duráveis como carro, geladeira, televisores, etc, trazendo consigo a urbanizaçãoe a subordinação nas cidades, acarretando uma expansão das indústrias automobilística que foi o marco daquele período. A junção do keynesianismo e fordismo formam a acumulação do capital no mesmo ano com expansão da demanda efetiva, com altas taxas de lucro, aumentando o nível de vida da população em massa capitalista.

Para a classe burguesa a elevação das taxas de lucro se dava pela super exploração da classe trabalhadora , naquele momento houve uma melhoria nas condições de vida dos trabalhadores fora das fábricas, eles tinham acesso a lazer e melhores condições de vida onde no período anterior não lhes fora concedido.

A classe trabalhadora perde sua identidade e passa a ser subordinada pelas classes dominantes dando espaço para os anos de ouro do capital tendo uma duração limitada nos processos historicamente situados.

Os anos de ouro podem ser explicados como um grande crescimento industrial que aconteceu de repente naquela época acarretando um desemprego estrutural em massa, obtendo uma mudança do papel da força do trabalho no processo de constituição do valor.

Diante dessas refrações o Estado com seu papel totalizador se vê em contradição com a demanda de extensão de sua regulamentação e por outro lado a pressão fortalecida pela queda da taxa de lucros.

Com a insatisfação do empresariado por ver que o Estado está cedendo aos interesses da classe trabalhadora, traz consequências importantes no que dizrespeito à consolidação das politicas sócias neste período.

As políticas sociais e a experiência do Welfare State

- Políticas Keynesianas visando gerar pleno emprego e crescimento econômico num mercado capitalista liberal.

- Criação de serviços e políticas sociais, com intuito de criar demanda e ampliar o mercado de consumo.

- Amplo acordo entre esquerda e direita, entre capital e trabalho.

Com o chamado “consenso do pós guerra”, houve uma aliança entre classes, boa parte da classe trabalhadora abandonou o projeto de socialização da economia, estas alianças também estabeleceram acordos e compromissos que permitiram a aprovação de várias legislações sociais e a expansão do Welfare State, com políticas mais abrangentes, baseando-se na cidadania, com aumento de recursos.

Três elementos marcam esse período conhecido como a “idade de ouro” das políticas sociais:

O primeiro foi o crescimento do orçamento social, em todos os paíse da Europa que integravam a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O segundo o crescimento demográfico, expressos pelo aumento da população idosa e

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