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Produção Textual Indisciplinar

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Por:   •  30/10/2014  •  2.611 Palavras (11 Páginas)  •  274 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Vim por meio de este trabalho apresentar a importância da construção do conhecimento na sala de aula, remete necessariamente á teoria VYGOTSKIANA. Cabe lembrar que dentro dos aspectos de reflexões que a psicologia sugere os objetivos e as finalidades que se acredita, deve ter ação educativa. Inseridos no contexto em que vivemos e na realidade em nosso país, criar condições para que os alunos se tornem cidadãos.

A linguagem é o centro dos homens – meio de comunicação e modo de estar no mundo. E é através dela que há o entendimento ou não entre os homens.

Para falarmos e sermos compreendidos, ou seja, para interagirmos com outras pessoas por meio de palavras, precisamos ter domínio de uma língua. A língua é assim um veículo de ação social. E como tal, devemos levar em consideração que falar uma língua não se restringe ao vocabulário, é preciso ter domínio também da estrutura da língua e de sua cultura para não se construir adequadamente um enunciado, como também saber se comportar e depreender os sentidos dos diversos atos de linguagem.

É imprescindível que o professor mostre ao aluno que as línguas não são homogêneas. É preciso que o professor desenvolva um trabalho enfatizando essas diversidades existentes nas línguas. E ressalte que não há nenhuma variedade melhor ou mais correta do que outras.

O professor também precisa ter uma escolha adequada dos textos e das atividades de leitura e escrita.

Defender a importância do trabalho pedagógico com a diversidade textual não significa considerar que os alunos possam realizar todo tipo de atividade com qualquer tipo de texto, é preciso ter critério de seleção, considerando, por exemplo, a complexidade do texto, o nível de dificuldade da atividade em relação ao texto escolhido, a familiaridade dos alunos com o tipo de texto, a adequação do conteúdo à faixa etária e a adequação dos textos selecionados e da proposta de atividade às necessidades de aprendizagem dos alunos.

A prática pedagógica tem demonstrado que, quando se pretende trabalhar com a diversidade textual, para as situações em que se lê para os alunos, praticamente todo texto é adequado, desde que o conteúdo possa interessar, pois o professor atua como mediador entre eles e o texto. Mas se o texto se destinar à leitura feita pelos próprios alunos, é preciso considerar suas reais possibilidades de realizar a tarefa, para que o desafio seja tão difícil .

É importante considerar que há uma série de variações que se pode fazer nas atividades de uso da língua, que permitem contar com diferentes propostas a partir de situações muito parecidas que se alteram apenas em umououtroaspecto.

Apresento agora casos de algumas situações-problema, ligadas à variedade de fala de determinados grupos socioculturais.

Caso 1 – Na realização de uma atividade de produção textual em dupla, dois alunos discutem sobre a pronúncia da palavra “problema”. Um dos alunos afirmava que o correto era “probrema”. O outro dizia que essa forma era usada por pessoas que não queriam falar.

Caso 2 – Ao ensinar uma turma de 5º ano a professora coloca para os alunos que irá iniciar o trabalho (ensino) de concordância verbal. Ao explicar o assunto dá um exemplo do tipo: “não é correto a gente falar: “nós vai”. Diante deste exemplo um aluno diz que fala daquela maneira e acha bonito. A professora ignora a resposta do aluno e reafirma que é errado e que

Caso 3 – A professora acreditava que para realizar um trabalho inovador com a língua portuguesa era necessário trabalhar com diferentes gêneros textuais, atrelados aos conteúdos que deveriam ser trabalhados na série. Ao trabalhar com verbo a professora resolveu utilizar o gênero “receita”. Os alunos elaboraram a receita de um bolo. Os alunos comovam o verbo na 1ª pessoa (coloco, bato, etc.), sem perceber que os verbos deveriam ser empregados no infinitivo. Ao perceber este fato, a professora decidiu abandonar o trabalho com o gênero textual e listar alguns verbos como:

Comer, bater, cantar, etc.; e solicitar aos alunos que conjugassem estes verbos em todos os tempos (presente, passado e futuro) do indicativo.

Caso 4 – A professora percebeu em seu trabalho com seus alunos de 4º ano, que estes tinham uma maneira de falar diferente daquela aceita pela escola e que isto dificultava a aprendizagem dos alunos da linguagem padrão. Assim a professora desenvolveu uma série de exercícios para trabalhar a questão. Entre os exercícios propostos ela solicitava que os alunos reescrevessem um texto passando da linguagem coloquial para linguagem culta.

Diante dessas situações-problema, podemos afirmar que o professor deve destacar os aspectos semelhantes e distintos entre as variedades linguísticas, sempre ratificando que cada grupo social tem seus hábitos e costumes, e assim cada qual vê o mundo de uma forma.

É inadmissível pensar em ensino, sem que o professor se refira a cultura do povo.

Segundo Paraguett, cultura é “o conjunto de tradições, de estilo de vida, de formas de pensar, sentir e atuar de um povo’ (2000: 118). A partir dessa definição o professor deve ter consciência de que, na sala de aula, ele é um representante da cultura de um povo.

O professor deve sempre ressaltar que não há cultura melhor do que a outra, pois como cada um de nós temos características próprias, os habitantes de uma região constroem um conjunto de seus hábitos, suas regras, suas religiões, sua língua etc. E, a partir da nossa realidade, o professor deve mostrar ao aluno que apesar de haver essas semelhanças, cada um tema a sua individualidade.

O professor deve trabalhar a partir das diferenças, pois a sua sala de aula é repleta de diversidades (os alunos que a compõem são responsáveis por esse cenário). Não havendo como ignorar tal fato, cabe ao professor arregaçar as mangas e trabalhar com a variedade para formar cidadãos críticos. A não alusão às diferenças e o respeito a elas causam o silenciamento, a submissão e, principalmente, a ilusão nos alunos de que há língua, cultura, raça, credo, etc.; melhor do que o de cada um deles que se sente excluído pelo sistema escolar. Apesar de estarem inscritos numa série, numa escola. Então, a partir dessa terrível realidade, o professor precisa rever sua prática pedagógica urgentemente.

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