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Referindo-se ao processo de instrução

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Por:   •  10/11/2013  •  Artigo  •  2.024 Palavras (9 Páginas)  •  448 Visualizações

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Relembrando o processo de alfabetização

“Estar alfabetizado é...

Ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações, ler e produzir textos com alguma finalidade. É poder dar significado e sentido às tarefas sociais que se utilizam da escrita e ser capaz de compreender diferentes textos e ter habilidades para relacioná-los em suas interações sociais.

A obtenção da escrita promove a reflexão e os usos diversos das formas de escrita. É comum em adultos não alfabetizados, não dominarem o código escrito, mas serem letrados por estarem acostumados a unir as letras e relacioná-las aos primeiro sons conhecidos, sendo essa uma maneira de levá-los a um pensamento alfabetizado.

Antigamente acreditava-se que era necessário primeiro conhecer as letras, juntá-las, reconhecer seus sons, pontuação e regras pra então aprender a escrever e elaborar um texto. Hoje o processo de ensino aprendizagem da língua espera desenvolver as competências discursivas levando o aluno a ser capaz de produzir e interpretar textos orais e escritos, para que resolva seus problemas do dia a dia, interaja no mundo letrado e coopere para o exercício pleno de sua cidadania. Hoje ao trabalhar a lingua escrita consequentemente se trabalha as funções comunicativas da linguagem em seus diversos contextos. Ser alfabetizado não é juntar letras para formar silabas, que depois das silabas se forma uma palavra para então formar uma frase. Ser alfabetizado vai além do uso de códigos. É necessário que além de escrever corretamente a criança dê sentido aquilo que escreve e lê como também consiga passar uma informação correta para quem ouve ou lê.

Podemos dizer mais, que estar alfabetizado nos dias de hoje é relacionar cultura e educação, pois hoje estas sugerem novas formas de interação e conhecimento social. Hoje a tecnologia faz essa mediação entre as relações cobrando que a pessoa domine a leitura e a escrita, tenha capacidade de ver, interpretar, problematizar de forma critica filmes, anúncios publicitários, imagens da TV, saber fazer uso do computador, navegar na internet, manusear um celular e fazer uso de suas variadas funções.

Ser alfabetizado se faz muito importante nos dias atuais, é uma função social de direito de todos para que possam ler seus livros e jornais, estar apto a escrever uma carta, é poder nessa era digital e dos meios eletrônicos conseguir acessar informações e as utilizar com senso critico e não apenas como cópia.

Ser alfabetizado hoje: ...”é poder transitar com eficiência e sem temor numa intrínseca trama de praticas sociais ligadas à escrita. (Emilia Ferreiro)”.

O significado de estar alfabetizado

Alfabetização é uma palavra conhecida por todos, pois a escutamos muito cedo e durante toda a nossa vida. Mas eis que surge a duvida, o que significa? De onde vem? Alfabetização é a ação de alfabetizar, é o processo de tornar alfabetizado o individuo entendido na lingua portuguesa, com capacidades para ler e escrever e assim expressar e interpretar os processos do seu cotidiano que envolva a leitura e a escrita.

Então podemos dizer que uma pessoa alfabetizada é aquela capaz de ler e escrever e, uma pessoa analfabeta é aquela, incapaz de ler e escrever. Mas será que apenas ser alfabetizado basta. De acordo com o dicionário brasileiro de português o termo alfabetização diz respeito a uma pessoa que somente saiba ler e escrever, não que esta pessoa tenha adquirido estado satisfatório para as praticas sociais, onde ela dominaria facilmente a escrita e a leitura, assim como atribuiria significado ao conteúdo.

De acordo com Leda Veridiani Tfouni, um individuo alfabetizado não é um individuo letrado. Para que o individuo possa responder adequadamente as demandas sociais da leitura e escrita, ele deve se alfabetizar letrando. A linguagem é um fenômeno social, que se dá de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social.

No Brasil os conceitos de alfabetização e letramento se misturam e se confundem. O que se precisa entender é que não se podem separar esses dois processos, pois eles estão intrinsecamente ligados e porque o estudo do universo da escrita se dá a partir desses dois processos: a alfabetização e o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, com introdução nas praticas sociais que envolvam a linguagem escrita e o letramento.

O letramento é importante na formação de nossas crianças para que se tornem cidadãos atuantes e que interajam socialmente. É necessário que eles conheçam a importância da informação sobre letramento, onde eles poderão participar do mundo letrado e trabalhar com os distintos usos de escrita na sociedade. É interessante para pais e professores, saber que isso acontece bem antes da alfabetização com a interação social e as praticas de letramento que podem acontecer em seu ambiente familiar através de leituras feitas pelos pais. A criança é capaz de perceber que ali existem códigos e que esses códigos possuem significados na forma escrita, assim como representam objetos, podendo chegar à escola não alfabetizado, mas já letrado por ter alcançado um conhecimento informal no seu cotidiano e estar compartilhando do processo social do letramento por meio de capacidades lógicas.

Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo aluno, o letramento foca os aspectos sócio-históricos de um sistema escrito da sociedade. Letrar é direcionar, levar a criança ao exercício das praticas sociais de leitura e escrita levando-os a compreender seu sentido e contexto social, levando-os a tomar gosto pela leitura. Já a alfabetização consiste em levar a criança a compreender a decodificação e assimilação dos signos lingüísticos.

Podemos afirmar então que não basta alfabetizar é necessário letrar as crianças conduzindo-as aos diversos tipos de textos, conseguindo assim cumprir os três fundamentos básicos dos parâmetros curriculares, aos quais as crianças devem ser direcionadas: a leitura, a compreensão e a produção numa relação de contexto social.

“Ao que eu me lembre no ano em que entrei para o ensino fundamental, isso por volta de 1992, nós éramos ensinados ainda a partir de cartilhas. Recordo-me de ter um interesse muito grande naquelas figuras, na união das letras e no som que formava ao falarmos.

Essa vontade de aprender veio até antes de eu ingressar na escola, eu pegava a cartilha do meu irmão, dois anos mais velho do que eu. E ficava questionando o que estava escrito: “a babá é do bebê”. Quem não se lembra disso.

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