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Resenha A Lua Da Lingua

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Por:   •  27/1/2015  •  565 Palavras (3 Páginas)  •  712 Visualizações

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O texto “A lua da língua” usa metáforas para descrever o comportamento que assume a

mesma, em resposta ao modo como a observamos. A metáfora adapta do dia em duas

fases. Sobre a primeira, afirma:

“Existe uma língua para ser usada de dia, debaixo da luz forte do sentido. Língua

suada, ensopada de precisão. Que nós fabricamos especialmente para levar ao escritório,

e usar na feira ou ao telefone, e jogar fora no bar, sabendo o estoque longe de se acabar.

Língua clara e chã, ocupada com as obrigações de expediente, onde trabalha sob a

pressão exata e dicionária, cumprimentando pessoas, conferindo o troco, desfazendo

enganos, sendo atenciosamente sem mais para o momento. É a língua que Cristina usou

para explicar quem quebrou o cabo da escova na pia do banheiro, num dia de sol em

Fortaleza. Ou a língua empregada pelas aeromoças nos avisos mecanicamente

fundamentais. Língua comum; mútua e funcionária. Língua diária; isto é, língua à luz

do dia.”

A língua estar presente na vida rotineira do individuo. A pessoa pensa muito para

poder falar bem para que os outros possam entender da melhor maneira possível. Ou

seja, durante o dia a língua tem um caráter funcional. A mesma não limita ao homem,

mas está à disposição dele e se encaixa nas diversas situações do dia. Por isso usa-se a

língua de acordo com as diferentes situações de interação humana (trabalho,

relacionamentos amorosos, compras, sala de aula).

A língua do entardecer/anoitecer apresenta um cenário mais depressivo:

“...Calar, a tarde não se cala, mas diz menos o que veio a dizer. Por isso, poucas

vezes se usa esta língua rouca do ciciar das cigarras...Pois quando a língua em si mesma

anoitece, o escuro espatifa o sentido. O sol, esfacelado, vira pó. E a linguagem se perde

dos trilhos de por onde ir. Tateia, titubeia e, com alguma sorte, tropeça, esbarrando em

regras, arrastando a mobília das normas, e deixando no carpete apenas as marcas de

onde um dia estiveram outros móveis. À noite sonha nossa língua.”

Nesse trecho língua é menos usual. “Regras e normas” tentam dizer como se

comportar, mas, já não é da interação humana. Perde seu sentido, sua função. Na noite,

a língua não é real, está no nível do sonho e sujeita à vontade do inconsciente. Cria-se

um

...

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