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Resenha do Livro Libras Que Lingua é Essa

Por:   •  20/8/2015  •  Resenha  •  881 Palavras (4 Páginas)  •  5.480 Visualizações

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Autora: Andrieli Vogel Inocêncio

Resenha do livro: Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda, de Audrei Gesser

Audrei Gesser: É mestra em letras e inglês pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É doutorada em linguística aplicada na área de educação bilíngue pela UNICAMP. Foi pesquisadora visitante na Gallaudet University, Estados Unidos, em 2004, com bolsa concedida pela CAPES.

No livro “Libras? Que língua é essa? ” Gesser aborda alguns aspectos sobre a língua de sinais que, como afirma a autora, não é visto como língua por muitos. O objetivo é criar através do texto caminhos para reflexão, da relação entre surdos e ouvintes. O livro está organizado em três capítulos , contando também com prefácio, introdução, considerações finais e referências bibliográficas, tudo isso dividido em oitenta e oito páginas. Possui uma linguagem de fácil compreensão e um importante enfoque da temática, a autora envolve o leitor apontando as dúvidas mais recorrentes e os mitos que cercam a Língua de Sinais e a cultura surda.

No primeiro capitulo A Língua de Sinais ela entra em questionamentos sobre a origem da Língua de Sinais sua gramática, conceitos básicos de uso e mitos comuns que giram em torno dela, também faz comparações entre a língua de sinais brasileira (LIBRAS) a língua portuguesa falada (oral), e a forma da Língua de Sinais escrita (sign writing), entre outros aspectos de suma importância. Durante todo o capitulo ela vai transcorrer na ideia que LIBRAS é uma língua própria viva, com suas especificidades e singularidades, assim como a língua falada no Brasil. Em seguida neste mesmo capitulo a autora faz uma importante diferenciação da ASL e Pantomimas , ambas inicialmente formuladas para a construção da língua de sinais. Outro ponto fundamental está na explicação sequencial dos parâmetros e suas respectivas criações para o entendimento geral do surdo e do oralizado. Na conclusão deste capitulo a autora faz um breve histórico sobre o surgimento dos primeiros defensores de uma educação voltada para os surdos, através dos sinais.

O segundo capítulo tem enfoque no principal usuário da língua de sinais: o surdo. Gesser dá início esclarecendo uns dos principais mitos que permeia a nossa sociedade: chamar o surdo de surdo-mudo ou de deficiente auditivo. E são três termos que possuem significados diferentes. Na sequência ela faz a reafirmação de uma ideia contestada pelo povo surdo nas últimas décadas, a negação de deficiência, onde o déficit de audição não traz o conceito de ser excepcional, já que pessoas surdas tem a exata compreensão nas relações culturais e sociais, artísticas. Esse capitulo nos mostra a correta visão da pessoa surda mostrando que o surdo que não fala, não é invariavelmente, mudo, ou seja, um indivíduo que não fala porque tem problemas no aparelho fonador, o surdo que não fala é porque não aprendeu a língua oral. A verdade é que os surdos falam através das mãos, com sinais, o que coloca em foco questões que a sociedade insiste em defender como o mito de que a fala é concebida unicamente com o sentido de produção vocal-sonora. Outro impasse na vida do surdo apontado pela autora é a imposição do português na escolarização, o que significa

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