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Resenha Do Livro A Lingua De Eulalia

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Por:   •  11/9/2014  •  536 Palavras (3 Páginas)  •  3.190 Visualizações

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O livro traz para o dia-a-dia as questões referentes ao português padrão e o português não padrão, partindo do ponto de explicar a ocorrência de fenômenos na língua que são conceituados como errados, o escritor desenvolve a historia de uma maneira irreverente, quase que brincando com as palavras, ele usa de uma linguagem mais acessível, fazendo com que o leitor entenda os discursos simples e mais complexos, até mesmo aqueles que nunca tiveram contato com a disciplina de linguística.

Marcos Bagno, explica que as variações se dão devido a circunstâncias do uso da língua, que varia conforme as diferenças de gênero, classe social, etnia, entre outros. O linguista deixa claro que não existe jeito “certo” ou “errado” de falar, pois cada pessoa possui sua língua própria, individual. E para provar suas ideias, Bagno usa de propostas de ensino com bases científicas e forte teor crítico inseridos na trama de sua novela pelas personagens Irene, suas alunas e, principalmente, Eulália cujo nome sutilmente significa “modo agradável de falar”, de acordo com o dicionário da Língua Portuguesa.

Ao longo da novela o estudioso cita alguns princípios que servem de apoio de uma nova maneira de encarar as variedades, e de tratar os problemas causados na escola e na vida pelas diferenças entre a norma padrão e as variedades não padrão. O que remete ao fato de que temos mais de uma língua em nosso país, além das línguas indígenas e das línguas trazidas pelos imigrantes, falam diferentes variedades da língua portuguesa, cada uma delas com características próprias, com diferenças em seu status social, gênero, etnia e até mesmo cultura.

O autor fala sobre tudo o que parece erro no português não padrão, e esclarece a lógica, cientifica, linguística, histórica, sociológica e até mesmo psicológica por trás dessa língua usada por muitos. Em outro capitulo conseguimos ver que as diferenças não são uma prova da “ignorância” ou da “deficiência mental” do nosso povo e sim fruto de vestígios da língua portuguesa falada muitos séculos atrás.

O autor busca ensinar que língua escrita não deve ser usada como camisa de força para submeter e aprisionar a língua falada no dia a dia, e que a escrita é a tentativa de representação da língua falada que nasceu centenas de milhares de anos depois de o homem ter começado a falar.

Ao longo da narrativa, acabados conhecendo mais sobre o modo que o ensino da língua é feito em nosso país, ao decorrer do assunto há uma critica á forma autoritária e sem reflexão com a qual somos ensinados nas escolas, afirmando que a norma-padrão é a “correta” e que falar diferente é “errado”, o que contradiz o dito ao longo do livro e vai contra as questões aprendidas ao longo da obra de Bagno.

O livro é recomendado á todos, principalmente aos preconceituosos e etnocêntricos, pois ao decorrer da obra conseguimos compreender de melhor forma a nossa língua e suas variáveis. A maneira como foi abordado o assunto é extremamente simples e agradável, deixando o leitor entretido na narrativa. Aprendemos a cada página que cultura é muito mais do que aprendemos na escola e que não existe pessoas que falam errado e sim pessoas que usam de uma forma diferente de falar, o português não padrão.

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