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Resenha Do Livro "Pedagogia Do Oprimido" De Paulo Freire

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Por:   •  26/4/2014  •  1.954 Palavras (8 Páginas)  •  2.058 Visualizações

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No livro a Pedagogia do Oprimido Paulo Freire nos relata sua experiência em cinco anos de exílio, mostrando o papel da conscientização, numa educação realmente libertadora, o “medo da liberdade”. Neste trabalho serão discutidas as idéias de Paulo Freire, contidas em sua obra “Pedagogia do Oprimido” e também será apresentada a biografia deste autor.

Para Paulo Freire, a educação, deveria passar necessariamente pelo reconhecimento da identidade cultural do aluno, sendo o diálogo a base do seu método. O conteúdo deveria estar de acordo com a realidade cultural do educando, e a qualidade da educação, medida pelo potencial de transformação do mundo.

O problema da humanização, apesar de sempre haver sido, de um ponto de vista axiológico, o seu problema central, assume na Pedagogia do Oprimido grandes dimensões de alusão.

Segundo Paulo Freire, “a luta pelo direito do ser humano, pelo trabalho livre, pela afirmação dos homens como pessoas, só é possível porque a desumanização não é um destino dado, mas resultado de uma ‘ordem’ injusta que gera a violência dos opressores”.

Podemos perceber algumas contradições em relação aos oprimidos e opressores, uma vez que a violência dos opressores torna-os desumanizados, levando os oprimidos, a qualquer momento lutar contra quem os colocou na condição de inferiores. Esta luta só tem sentido quando o ser inferir, ao buscar sua humanidade, não se sente também um opressor, mas sim um reconquistador da humanidade em ambos (ser maior e ser inferior); deste modo, a maior tarefa humanista e da histórica dos oprimidos é promover a libertação de si mesmo e dos opressores.

Inclusive nas revoluções que transformam a situação concreta de opressão em uma nova, em eu a libertação se instaura como processo, enfrentam esta manifestação da consciência oprimida. Muitos dos oprimidos que, direta ou indiretamente, participaram da revolução, marcados pelos velhos mitos da estrutura anterior, pretendem fazer da revolução a sua revolução privada.

Em sua obra a Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire mostra uma pedagogia problematizadora, que se apresenta como pedagogia do homem; onde só ela que se pode fazer de generosidade verdadeira, humanista e não “humanitarista” que pode alcançar este objetivo. Esta visão se opõe à Pedagogia que parte dos interesses individuais, egoístas dos opressores submersos e disfarçados na falsa generosidade, que constrói a desumanização, apenas uma Pedagogia libertária.

Se essa generosidade não se nutre, como no caso dos opressores, da ordem injusta que precisa ser mantida para justificá-la; se querem realmente transformá-la, na sua deformação, contudo, acreditam que devem ser os fazedores da transformação.

Podemos dizer que a pedagogia humanizadora só é realizável através da união entre teoria e prática, onde a liderança revolucionária ao invés de menosprezar aos oprimidos e continuar mantendo-os como quase “objetos”, com eles estabelecem uma relação dialógica. Ao alcançarem, na práxis este saber da realidade, se descobrem como seus reconstrutores permanentes.

Os oprimidos precisam tomar consciência das razões de seu estado de opressão e da sua exploração fatalística. Pouco a pouco a tendência é assumir formas de ação rebelde. Num quefazer libertador, não se pode perder de vista esta maneira de ser dos oprimidos, nem esquecer este momento de despertar.

Assim, a presença dos oprimidos na busca de sua libertação, mais que uma falsa participação, é o que dever ser chamado de engajamento.

A ação política junto aos oprimidos tem de ser, no fundo, “ação cultural” para a liberdade, por isto mesmo, ação com eles. A sua dependência emocional, fruto da situação concreta d dominação em que se acham não pode ser aproveitada a não ser pelo opressor.

A respeito da educação bancária podemos colocá-la como uma educação em que o educador é o dono do saber, enquanto o educando não passa de um ouvinte, que nada sabe. Ao passo que numa educação libertadora ocorre o contrário, onde há interação entre ambos, onde observamos uma simultaneidade entre educador e educando. Estes, ambos, aprendem e ensinam mutuamente.

Com esta concepção, podemos dizer que o educador não se comunica, mas faz comunicados e depósitos, que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem.

Na concepção bancária, a única margem de ação que oferecem aos educandos é a de recebem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam.

Na concepção bancária que estamos criticando, para qual a educação é um ato de depositar, de transferir, de transformar valores e conhecimentos, não se verifica nem pode verificar-se a superação da contradição educador-educando. Pelo contrário, reflete a sociedade opressora como sendo dimensão da cultura do silêncio, a educação bancária mantém e estimula a contradição.

Desta maneira, baseado nesta visão, podemos afirmar que em uma educação problematizadora, não se transfere, mas sim se compartilha experiências, se constrói seres críticos através do diálogo com o educador, uma pessoa crítica também. Atualmente o mundo é visto com uma nova margem, já não é algo que se fala com falsas palavras, mas o mediatizador dos sujeitos da educação, de que resulte a sua humanização.

É importante notar que a teoria antidialógica é característica das elites dominadoras. Já a teoria da ação dialógica, ‘diálogo’, faz parte da classe revolucionário-libertadora, onde os sujeitos se encontram para a transformação do mundo.

A divisão da massa popular é um acontecimento necessário para a classe opressora. Caso essa divisão não aconteça, há o risco de despertar na classe oprimida o sentido de união, que é elemento indispensável à ação libertadora.

Em se tratando da teoria da ação dialógica vemos que na antidialógica existe um sujeito que domina um objeto e na teoria dialógica existem sujeitos que se encontram para a pronúncia do mundo.

Deste modo, enquanto na ação antidialógica a elite dominadora falseia o mundo para melhor dominá-lo, na dialógica exige a apresentação real do mundo. O desvelamento do mundo e de si mesmo, na práxis verdadeira, torna possível às massas populares a sua adesão. Esta adesão coincide com a confiança que as massas populares começam a ter em si e na liderança revolucionária, pois começam a perceber a dedicação, a veracidade na defesa da libertação dos homens.

É importante também perceber que, na teoria dialógica, contrária a antidialógica, a liderança se obriga ainda que insistentemente,

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