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Resenha Vidas Secas

Por:   •  21/5/2018  •  Resenha  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  319 Visualizações

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Vidas Secas é uma obra de Graciliano Ramos publicada no ano de 1938, conta história de uma familía de retirantes, composta por: Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, seus filhos identificados apenas como filho mais velho e filho mais novo e a cachorrinha Baleia, eles saem andando na seca do sertão em busca de melhores condições de vida e esperando a chuva cair e acabar com o sofrimento.

Em sua jornada, a familía encontra uma casa e planejavam ali alojar-se e esperar a chegada da chuva, porém quando a chuva chega o dono da casa também retorna e expulsa a familía, e Fabiano se oferece para trabalhar o que é aceito por seu patrão que começa a explorar o mesmo, em busca de fugir da exploração ele foi até a cidade onde conheceu um soldado que o convidou para jogar cartas e depois prendeu o mesmo fazendo abuso do seu poder de autoridade.

Após isso a familía vive uma felicidade limitada durante o período de inverno onde as chuvas eram constantes, contudo aves de arribação cortam o céu anunciando que a seca está de volta, e a familia se prepara para uma nova da fuga, terminando a história do mesmo jeito que iniciou-se com uma fuga da seca.

A narrativa é em terceira pessoa fazendo com que o narrador consiga explorar os pensamentos e ações dos diferentes, todavia esses pensamentos são restritos e ocultados pelos personagens, está restrição é notável também na estrutura da obra divididas em capítulos um para cada personagem em que os desejos de cada integrante da familía são abordados mais profundamente, como a cachorrinha Baleia e o capitulo de sua morte em que é possível assimilar seu comportamento como o de ser humano, ao contrário de seus donos que são espelhados como animais. Vale ressaltar também que a obra possui uma estrutura cíclica, visto que finaliza-se do mesmo jeito que foi iniciado, a família de retirantes fugindo da miséria da seca.

O tempo em Vidas Secas possui um falta de linearidade, existe uma nítida valorização do tempo psicológico, em comparação com o tempo cronológico. A utilização desse tipo tempo, faz com que evidencie-se a exclusão dos personagens, entretanto a escolha desse tempo enaltece as angústias dos personagens, tornando-os mais intensos e fazendo com que fiquem mais próximos ao leitor.

O espaço é predominantemente o sertão nordestino, região marcada pela seca e descaso do governo, transformando a paisagem em um ambiente inóspito e hostil. Apresenta-se no enredo dois recortes espaciais a zona rural e ubarna, fazendo um paralelo entre a adequação e inadequação dos personagens, onde, Fabiano tinha total dominío do espaço rural, porém, não sentia-se encaixado na área urbana perciptivel nos capítulos: Festa e Cadeia.

A linguagem dominante na obra é coloquial e regionalista com a presença de expressões sertanejas, a escrita se aproxima mais da fala. Graciliano reduz o uso de adjetivo tornando a narrativa seca, transmitindo a aridez do ambiente e os efeitos que traz para as personagens.

A obra pertence a segunda fase do modernismo brasileiro, sendo um dos principais livros do movimento chamado de romance de 30. Durante o modernismo buscava-se uma literatura nacionalista e cabia aos autores buscarem estrátegias para trazer o nacionalismo em suas obras, Graciliano nordestino nascido em Alagoas, escolheu o sertão como fonte de inspiração, abordava sobre a seca e exploração principalmente, aspectos visiveis em Vidas Secas, que tem esses dois tópicos como temas centrais, a estrutura cíclica também traz o destaque que a vida dos retirantes é algo que se repete ciclicamente, trazendo uma critica a essa situação, constando-se que a seca não é o único problema mas também a miséria e as injustiças socias sofridas por esse povo.

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