Resumo - Modernismo no Brasil

Iula Patricia Rego Silva – Turma 301

Modernismo no Brasil

No Brasil, o Modernismo teve início com a realização da Semana da Arte Moderna. No Teatro Municipal de São Paulo, fevereiro de 1922, com o objetivo de colocar a cultura brasileira a par da vanguarda do pensamento europeu, ao mesmo tempo em que pregava a tomada da consciência da realidade brasileira. Portanto, a Semana da Arte Moderna pode ser vista não somente como um movimento artístico, como também um movimento político-social.

Essa nova escola literária segue o capítulo do pré-modernismo, com algumas características próprias, como: rompimento com todas as estruturas do passado, volta às origens, manifesto do Pau-Brasil, da Antropologia e do Verde-Amarelo.

O Modernismo brasileiro pode ser dividido em 3 fases: 1922-1930 (fase radical), 1930-1945 (regionalismo e existencialismo), 1945-1965 (experimentalismo).

Alguns são os autores que se destacaram durante esse período:

Oswald de Andrade fez muito sucesso em sua época, mas atualmente é pouco estudado. Escreveu prosa, poesia, teatro e crítica. Tinha preferência por poemas curtos, que costumava chamar de poema-piada ou pílulas de poesia. É o ideólogo da Poesia Pau-Brasil e do Movimento Antropofágico.

Sua principal obra é Serafim Ponte Grande. Romance, o autor incorporou as tendências das vanguardas europeias, em uma obra futurista de literatura difícil. A narrativa passa da primeira para terceira pessoa sem motivo aparente, personagens somem e retornam sem explicação, e o herói se confunde com outro personagem.

Mário de Andrade é considerado o Papa do Modernismo Brasileiro. Musicólogo, fotógrafo, contista, poeta, romancista e crítico. Seu conto O Peru de Natal é considerado um dos mais perfeitos da literatura brasileira.

Seu romance Macunaima reúne muito do folclore e do popular brasileiro. O livro é construído no encontro de lendas indígenas e da vida cotidiana brasileira. Macunaima, o protagonista, seria uma síntese do modo de ser brasileiro. Luxurioso, ávido, preguiçoso, muito diferente do bom selvagem idealizado pelo romantismo.

Manuel Bandeira é um dos poetas mais populares do Brasil. Seus poemas foram gravados por diversos compositores da MPB. Seus poemas apresentam características autobiográficas, utilizava parte de sua vivência na composição de seus textos.

Libertinagem é o primeiro livro inteiramente modernista de Manuel Bandeira. Reúne poemas de 1922 a 1930. A linguagem é simples, próximo ao coloquial, com muito uso do verso livre.

Os temas por vezes são autobiográficos, por vezes cotidianos. Também apresenta metalinguagem, como em Poética e O último poema.

Graciliano Ramos é um dos escritores mais concisos da literatura brasileira. Suas obras são cheias de um regionalismo crítico e metáforas.

Um dos mais famosos livros de Graciliano Ramos, Vidas Secas é na verdade uma reunião de contos formando uma narrativa. Conta a história de uma família nordestina, de inteligência curta e pouco vocabulário, são áridos como o ambiente em que vivem.

Jorge Amado é um dos autores mais populares do Brasil. No início, sua obra era m ais voltada à crítica social, depois começou a retratar o lado mais exótico da Bahia. Várias de suas obras foram adaptadas para o cinema e a televisão.

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