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SAÚDE E DOENÇAS NO BRASIL: DENGUE - EPIDEMIOLOGIA

Por:   •  19/1/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.491 Palavras (18 Páginas)  •  260 Visualizações

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SAÚDE E DOENÇAS NO BRASIL: DENGUE - EPIDEMIOLOGIA

Max Alexandre Silva Oliveira

RESUMO

O presente artigo destina-se a analisar o comportamento epidemiológico da dengue. A dengue é uma doença infecciosa de curso agudo, de origem viral, causada por um vírus da família flaviviridae, gênero flavivirus, com quatro variantes: DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4, que assolam todo o mundo tropical, estando presente em quatro dos cinco continentes (América, Ásia, África e Oceania). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 80 milhões de pessoas se infectem anualmente em 100 países, cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e aproximadamente 20 mil morrem em consequência da enfermidade. No Brasil os primeiros casos de dengue foram registrados em meados do século XIX, em Pernambuco a partir da década de 1980 os surtos se sucederam atingindo níveis epidêmicos em meados da década de 1990. A dengue apresenta-se sob duas formas: clássica e hemorrágica. O principal vetor da dengue é o Aedes aegypti, inseto sinantrópico que se adaptou muito bem ao ambiente urbano, tornando as medidas de controle bastante complexas, pois a interrupção da transmissão depende até o momento do controle do vetor, dado que não existe vacina eficaz que possibilite a imunização da população humana para os quatro sorotipos, tanto que nas últimas décadas vêm ocorrendo sucessivas epidemias de dengue e Serra Talhada por ser um polo regional e encontrar-se em franco desenvolvimento tem observado casos de dengue ano após ano, o que nos estimulou a fazer um levantamento desses casos, bem como dos índices de infestação predial para Aedes aegypti e comparar os resultados encontrados com o panorama regional.

Palavra Chaves: Dengue – epidemiologia. Perfil de saúde. Aedes.

ABSTRAT

This article is intended to analyze the epidemiological behavior of dengue. Dengue is an infectious disease of acute course of viral origin, caused by a virus of the family Flaviviridae, genus flavivirus with four variants: DEN1, DEN2, DEN3 and DEN4, which sweeps across the tropical world and is present in four of the five continents (America, Asia, Africa and Oceania). The World Health Organization (WHO) estimates that 80 million people become infected each year in 100 countries, approximately 550,000 patients require hospitalization and about 20,000 die from the disease. In Brazil the first cases of dengue were reported in the mid-nineteenth century in Pernambuco from the 1980s outbreaks succeeded reaching epidemic levels in the mid-1990s Dengue is presented in two forms: classic and hemorrhagic. The main vector for dengue fever is Aedes aegypti, synanthropic insect that has adapted very well to the urban environment, making fairly complex control measures, for the interruption of transmission depends to vector control of the moment, since there is no effective vaccine enables immunization of the human population for the four serotypes, so much so that in recent decades have occurred successive epidemics of dengue and Serra Talhada to be a regional center and meet rapidly developing has observed cases of year dengue after year, which stimulated us to take stock of these cases, as well as the infestation indices for Aedes aegypti and compare the results with the regional panorama.

Keyword: Dengue - epidemiology. Health profile. Aedes.

INTRODUÇÃO

A dengue é uma das doenças infecciosas importantes da saúde pública. Ocorrem principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo inclusive no Brasil.

As epidemias caracterizam-se pelo aumento explosivo de número de casos e geralmente no verão, quando as condições ambientais favorecem a proliferação dos transmissores.

A dengue é uma doença de evolução benigna causada por um dos quatro sorotipos de vírus do gênero Flavivírus, o vírus do dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Existem duas formas de dengue: a clássica apresenta-se a forma mais branda da doença e a hemorrágica, que é a forma mais severa e que pode levar à morte.

Diante desse cenário, a realização desta tem por objetivo informar e principalmente esclarecer os desafios da saúde pública diante dos sistemas epidêmicos elevados da dengue.

1 - Dengue: o desafio da Saúde Pública

1.1 - Histórico

A palavra dengue, de procedência espanhola, tem pelo menos três acepções principais na sua língua de origem. O Diccionario de la Lengua Española da Real Academia Española coloca as três acepcções em uma única entrada,indicando tratar-se da mesma palavra que, na sua evolução semântica, teria adquirido sentidos diferentes.

O termo “dengue” foi utilizado pela primeira vez em 1827, no Caribe, para designar a epidemia de uma doença febril que cursava com exantema e artralgias. A palavra é um homônimo espanhol da expressão “ Ki denga pepo”, usada pelos nativos da região e que significava “cãimbra súbita causada por espíritos maus”. Contudo, a primeira descrição clínica da doença é atribuída a Benjamim Rush,1789,na Filadélfia (EUA) (VERONESI,1991).

A comprovação da transmissão do vírus pelo Aedes aegytpi foi demonstrada por Cleland, na Austrália em 1916.

Em 1931, Simmons, em estudos experimentais, identificou outro possível transmissor, o Aedes albopictus (REZENDE, 2004).

Segundo Rezende (2004), a denominação de dengue para a doença acha-se definitivamente consagrada de vez que foi incorporada à Nomenclatura Internacional da Doença, do Conselho das Organizações Internacionais de Ciências Médicas (CIOMS) e da Organização Mundial de Saúde.

A doença foi relatada entre 1779 e 1780, tendo ocorrido epidemias na Ásia e na América do Norte e também na África, indicando que há mais de 200 anos, tanto o vetor como as populações de vírus apresentavam ampla distribuição nos trópicos. No século XX, a epidemia global teve início no Sudeste Asiático, após a Segunda Guerra Mundial, tendo sido agravada nos últimos quinze anos. Nas Américas, a partir da década de 1960, passam a ocorrer epidemias de dengue. Observou-se, em 1963, transmissão no Caribe e na Venezuela, por sorotipo DEN 3. Anteriormente, em 1953, o sorotipo DEN 2 havia sido isolado na região de Trinidad e Tobago,

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