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Sintaxe De Regência

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Por:   •  31/8/2013  •  1.041 Palavras (5 Páginas)  •  566 Visualizações

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Chama-se regência a parte da gramática que cuida das relações de dependência existentes entre os termos na oração ou entre as orações no período composto, ou seja, estuda as relações entre um nome ou um verbo e seus complementos.

A regência pode ser classificada em dois tipos: regência nominal (o termo regente é o nome: substantivo, adjetivo ou advérbio) e regência verbal (o termo regente é o verbo).

1. Regência verbal

Estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos direto e indireto) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).

A mudança de regência de um verbo às vezes acarreta mudança de sentido de uma frase.

Uma junta médica assistiu o paciente. (assistir = acompanhar para prestar ajuda).

Assisti ao campeonato brasileiro pela TV (assistir = estar presente, vendo ou ouvindo).

Tal direito assiste ao trabalhador (assistir = ser de competência de; caber).

Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade, não sendo, porém, um fato absoluto, uma vez que um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.

I. Verbos intransitivos: não possuem complemento, contudo é importante se atentar ao uso dos adjuntos adverbiais.

a) Ir/chegar: normalmente são acompanhados de adjunto adverbial de lugar com o uso das preposições a ou para.

Fui ao teatro.

Bruna foi para Paris.

Observa-se o uso de em para indicação de tempo ou meio.

Chegaremos a Recife em duas horas.

Fui a Juazeiro no carro de meu pai.

b) Comparecer: o adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a.

Compareci na/à Fonte Nova para ver o Bahia jogar.

II. Verbos transitivos diretos: são complementados por objetos diretos, ou seja, não exigem preposição.

Eles abandonaram seu cachorro na estrada.

O juiz condenou o réu.

Pedro está namorando Andreia.

Os pronomes oblíquos a, o, as, os atuam como objetos diretos da 3ª pessoa, podendo assumir a forma na, no, nas, nos quando o verbo terminar em som nasal e la, lo, las, los quando o verbo terminar em –r, -s ou –z.

Ele a ama muito.

Matem-no!

Precisamos defendê-las.

Os pronomes lhe e lhes só são utilizados nesses verbos com o sentido de posse.

Quero beijar-lhe o rosto. (beijar seu rosto).

Prejudicaram-lhe a carreira. (prejudicaram sua carreira).

III. Verbos transitivos indiretos: são completados com objetos indiretos, ou seja, exigem preposição.

Necessito de sua ajuda urgentemente.

Ana gosta de torta de limão.

Os pronomes oblíquos lhe e lhes podem atuar como objeto indireto da 3ª pessoa, quando este estiver se referindo à pessoa.

Respondi ao meu patrão. = Respondi-lhe.

Devemos obedecer aos nossos pais. = Devemos obedecer-lhes.

a) Consistir: complemento iniciado por em.

A democracia consiste em respeitar a liberdade.

b) Obedecer/desobedecer: complemento iniciado por a.

Você deve obedecer às leis.

Daniel desobedeceu ao professor na aula de Física.

c) Responder: complemento iniciado por a.

Respondi às perguntas do questionário corretamente.

Mateus respondeu ao seu avô.

d) Simpatizar/antipatizar: complemento iniciado por com.

Antipatizei com aquela professora.

Simpatizo com quem é verdadeiro comigo.

IV. Verbos transitivos diretos e indiretos: são complementador por um objeto direto e um indireto.

a) Agradecer, perdoar e pagar: apresentam objetos diretos relacionados a coisas e objetos indiretos relacionados a pessoas.

Agradeço a Deus minha vitória.

Perdoei a ofensa a Lucas.

Paguei quinhentos reais ao fotógrafo.

b) Informar: apresenta objeto direto para coisas e objetos indiretos para pessoas ou vice-versa.

A gente informou aos funcionários o novo horário de trabalho.

A gente informou os funcionários do novo horário de trabalho.

A mesma regência é usada para os verbos avisar, certificar, notificar, prevenir.

Avisarei à Antônia a festa de hoje à noite.

O farmacêutico já certificou a ti a fórmula do remédio?

Notificarei os familiares do jantar de noivado.

Previna seu corpo de doenças.

c) Comparar: admite a preposição a ou com para introduzir o objeto indireto.

Não me compare àquele homem.

Não me compare com aquele homem.

d) Pedir: exige objeto direto de coisa e objeto indireto de pessoa.

Estou pedindo a você esse dinheiro por uma boa causa.

Peço-lhe esse dinheiro por uma boa causa.

O uso da preposição para estará correto quando o termo referente for licença.

Peço (licença) para levar sua encomenda em casa.

e) Preferir: objeto indireto iniciado pela preposição a.

Prefiro isso àquilo.

Quando criança

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