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Textos De Narrar

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Por:   •  3/10/2013  •  1.250 Palavras (5 Páginas)  •  448 Visualizações

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Gêneros contextuais são os conceitos que se aplicam aos diversos textos com características comuns em relação a linguagem e ao conteúdo propiciamente dito. Quando analisamos os conceitos de gênero textuais existentes no meio acadêmico nos deparamos com questões complicadas. Os próprios documentos educacionais (PCN) e os Conceitos Básicos Comuns de Minas Gerais (CBC-MG) nos apresentamos problemas conceituais, uma vez que estes demonstran uma mistura de conceitos linguísticos e de vertentes teóricos referentes a temática de gêneros bastante incomum. Para Bahtin (2000) os gêneros são regulados e constituídos sociohistoricamente pelo social, dessa forma, o homem apenas os utiliza como instrumentos de suas ideias. As palavras inseridas em gênero recebem uma expressividade própria do mesmo, isso porque cada gênero possui um destinatário ideal e esta imersa em um arcabouço histórico-social especifico.

Para Marcuschi o enfatiza também que existem quatro fases de aparecimento dos gêneros na sociedade, a primeira fase, corresponde ao momento em que os gêneros eram essencialmente orais (eram poucos); a segunda fase corresponde ao momento em que houve o aparecimento da escrita alfabética, século XV, se refere ao aparecimento da empresa e da industrialização-fato este que propiciou o surgimento de inúmeros gêneros e por fim a quarta fase, denominada cultura eletrônica, que se refere ao advento da televisão, do radio e da internet, pois estes criaram, em conjunto, uma explosão de novos suportes que produziram consequentemente, uma infinidade de novos gêneros textuais e (ou discursivos.)

O enfoque do ensino de produção textual esteve, durante muito tempo, voltado para o domínio de três formas de composição dos textos: narração, descrição e dissertação. Os exercícios de redação estavam voltados para o domínio da técnica de escrita e da estrutura formal de cada uma dessas modalidades. Assim, aprendia-se um modelo de texto narrativo, descritivo e dissertativo, como se existisse apenas aquele padrão a ser seguido. Como consequência, as referências a um possível interlocutor para o texto ficavam restritas, na maioria dos livros didáticos, às cartas pessoais e comerciais, como se nos demais gêneros não devesse haver um leitor além do professor. A partir da década de 90, verificou-se um início de mudança nessa conduta, devido à influência de outros referenciais teóricos na elaboração de livros didáticos: essas obras, antes vinculadas a uma abordagem de base estruturalista, passaram a uma abordagem de base interacionista. Com essa mudança, não apenas a noção de língua, mas também as noções de escrita e de texto foram alteradas, ao menos no discurso divulgado nos manuais do professor. Tornou-se comum encontrar nestes manuais referências aos gêneros textuais e/ou gêneros discursivos

Narrar e o que narra a historia, pode ser onisciente (terceira pessoa, observador, tem conhecimento da historia e das personagens, observa e conta o que esta acontecendo ou aconteceu) ou personagem (em primeira pessoa; narra e participa da historia e, contudo, narra os fatos na medida em que acontecem, não pode prever o que acontecera com as demais personagens).Podemos dizer que os gêneros textuais são incontáveis; são textos materializados por práticas sociocomunicativas e que exercem funções em uma situação comunicativa, enquanto que os tipos textuais são limitados em número, são construções textuais teóricas com aspectos sintáticos, lexicais, gramaticais, e com atenção especial aos tempos verbais, uso de advérbios etc.

Para Travaglia (1991), o tipo narrativo tem como conteúdo temático os acontecimentos ou fatos organizados em episódios (indicação e detalhamento geralmente por meio de descrição-de lugar, tempo participantes, lactantes, personagens + acontecimentos, ações, fatos ou fenômenos que ocorrem).No caso da espécie historia da narração, os episódios aparecem encadeados entre si caminhando para um desfecho ou resolução e um resultado. Já na espécie não historia da narração, os episódios estão lado a lado no texto, mas não se encandeiam, conduzindo a uma resolução e a um resultado. Fundamentados na teoria postulada por Bakhtin, os estudiosos do Círculo de Genebra (entre eles, Pasquier, Dolz e Schnewly) foram os responsáveis por construir uma ponte entre os conceitos do teórico russo e o ensino de línguas através da noção de gêneros textuais/discursivos. Eles partem do princípio de que, se a “interação verbal constitui (...) a realidade fundamental da língua” (Bakhtin, 1995, p.123), e essa interação assume diferentes formas e funções na sociedade, então a abordagem dos textos que caracterizam

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