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A Cidade, a Comunicação e Seus Espaços

Por:   •  8/9/2018  •  Artigo  •  4.618 Palavras (19 Páginas)  •  95 Visualizações

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A cidade, a comunicação e seus espaços

The city and communication and their spaces

Débora Moreira Mello[1]

Fabiane Krolow [2]

Paula R. Ramos Libos[3]

José Serafim Bertoloto[4]

RESUMO

O espaço urbano é vivenciado de diversos modos. Um espaço multiuso que estabelece uma comunicação com o homem, desempenha um papel de legitimar a territorialidade dentro de um processo estético e poético presente na contemporaneidade. Determina relações comunicacionais com o indivíduo, transforma suas relações, constrói sentidos e estabelece um processo de reflexão na construção emocional. É importante entender o espaço construído como um agente comunicacional entre homem e lugar. Suas transformações no processo de desenvolvimento cultural institui uma reflexão nas relações estabelecidas entre a cidade contemporânea e seus múltiplos espaços em constante construção e transformação.  

Palavras-chave: Cidade contemporânea; Espaço e homem; Construção de espaços.

ABSTRACT

Urban space is a good way, a multipurpose space that establishes a communication whit man and a role model that legitimates territoriality within an aesthetic and poetic process present in contemporaneity, establishes itself with man, transforms his relations, builds senses and establishes processes of reflection in the emotional construction. The importance of space as a communicational agent between man and space is a process of transformation as a process of cultural development, establishing a source of information about the city and its spaces in constant construction and transformation.  

Keywords: Contemporary city; Space and man; Building of spaces.

Introdução

A cidade é um grande aglomerado urbano. Os espaços que formam o tecido urbano são dinâmicos e cada lugar é hoje um convívio globalizado, com relações estabelecidas de forma espacial, técnica, funcional, político, cultural entre tantas outras variedades e situações intermediárias. Vemos as cidades como grandes aglomerados urbanos, com as adaptações do cotidiano das práticas e dos espaços, por meio da tessitura da multiculturalidade que as constroem, em que vemos as relações entre espaço e tempo que transformam lugares pelo paradigma da tecnologia de informação e formas de processos sociais que ocorrem pelo processo constante de transformação histórica, tendo um perfil real de transformação profundamente diverso (CASTELLS, 1999).

Ao olhar a cidade vemos edifícios, casas, prédios comerciais, institucionais, uma série de edifícios e espaços de ligação entre esses prédios construídos para a facilidade da vida contemporânea, mas cada uma dessas edificações traz significados distintos, em geral carregam marcas de uma história, de um período, ou tempo, que podem ser lidas pelas suas formas, tipos de materiais, e ainda aspectos de como a sociedade está organizada em cada período. A arquitetura com seus significados estéticos estabelece uma comunicação com o homem, contém história e cultura, transmite os anseios e emoções. A arquitetura provoca uma ação comunicacional, gera e estimula sentidos.

Arquitetura na História e no Espaço

A arquitetura está presente na evolução do espaço desde a Pré-História, quando surgem os primeiros monumentos com o uso de pedras. Encontrados em larga escala nesse período, a função primária era a proteção do homem de predadores e dos fenômenos naturais. Desde então, a arquitetura passa por distintas e consecutivas fases de interpretação e valoração da paisagem urbana histórica. Na Antiguidade, as primeiras residências surgem no oriente Médio e na Ásia Central. O material utilizado para a construção das casas era a argila, os tijolos de lama e a madeira. Manifestações arquitetônicas também aparecem nas construções de tumbas e templos para os deuses, com seus símbolos e signos permeados por mistérios e enigmas.

Em 300 a.C. encontram-se alguns registros de Imhotep, que pode ser considerado o primeiro arquiteto da história, sendo responsável pela construção da primeira pirâmide do Egito. Construções baseadas em complexas formas matemáticas são consideradas verdadeiras demonstrações de geometria aplicada a arquitetura. As pirâmides foram posteriormente responsáveis por inspirar as formas de muitos ícones na arquitetura referenciada no mundo. Nesse período, também se encontram os encaixes de madeira, uma inovação na época que permitia o empilhamento de pedras sem necessidade de massas para unir umas às outras.

A arquitetura grega busca a perfeição e a arquitetura romana, muito influenciada pela arquitetura grega, tinha também muita preocupação com a estética. Esculturas, monumentos, obeliscos eram construídos a cada conquista, com isso as construções romanas trazem uma contribuição marcante para a arquitetura. Impondo criatividade para as construções, o estilo romano se tornou um poderoso modelo na concepção espacial. Já na Idade Média, a forte influência religiosa traz construções icônicas referenciadas no mundo todo. Esses edifícios religiosos da Idade Média cumpriram uma função singular na organização urbana, conferindo estilo com as possibilidades de aumentar a altura das edificações. Migrando para o Renascimento, nesse período é estabelecido uma oposição entre o velho e o antigo, entre o medieval e a arquitetura greco-romana. Nesse período surge uma nova atitude: os arquitetos começam a ser cada vez mais profissionais independentes, iniciando um ensaio para a Arquitetura Moderna.

O Modernismo implica em liberdade. Em vários contextos e sentidos é possível interpretar o Modernismo como um divisor de águas dentro da arquitetura e em outras ciências, um movimento de esquerda que se “desconecta” da autocracia estabelecida e imposta por diversos anos. A partir da Revolução Industrial, essa fase caracterizada pela utilização de formas simples, geométricas e sem ornamento estabelecem uma linguagem moderna, com ângulos e linhas retas associados ao uso de novos materiais como aço, vidro, entre outros, oportunizam diferentes criações.

O passado é uma das dimensões mais importantes da singularidade, materializado na paisagem das cidades, preservado em “instituições de memória”, ou ainda vivo na cultura e no cotidiano dos lugares. A Arquitetura Pós-Moderna está em busca da identidade dos lugares, raízes e passado, nesse contexto se torna uma espécie de crítica ao Modernismo, principalmente no que diz respeito ao uso irônico de referências históricas. Dentro desse contexto surge um interesse pela cultura popular e a arquitetura volta a ser portadora de símbolos, de signos convencionais que falam a todos, mais do que isso, passa a comunicar valores culturais que foram "esquecidos” no passado.

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