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A Desigualdade e Educação

Por:   •  2/1/2017  •  Artigo  •  540 Palavras (3 Páginas)  •  223 Visualizações

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4 - DESIGUALDADE E EDUCAÇÃO

O ensino no Brasil está relacionado a um ciclo vicioso: renda-escolarização-renda, desse modo apresenta um grande desequilíbrio no acesso dos jovens ao ensino superior quando comparado com o quadro de outros países, isso já explica por si só toda e qualquer falha na política educacional do país. A desigualdade exclui das instituições um enorme número de pessoas, crianças e jovens dos segmentos mais pobres da população abandonam os estudos antes do final do ensino fundamental por não haverem tido uma educação infantil adequada, causadas muita das vezes pelo mal funcionamento do estabelecimento, salas sem professores entre outros problemas.

De acordo com o documento da UNESCO “Desafios e perspectivas da Educação Superior brasileira para a próxima década 2011-2020”, “dentre os principais desafios, destacam-se:

  1. democratização do acesso, da permanência e do sucesso;
  2.  ampliação da rede pública superior e de vagas nas IES públicas;
  3.  redução das desigualdades regionais;
  4.  formação com qualidade;
  5.  inclusão social;
  6.  qualificação dos profissionais docentes;
  7.  garantia de financiamento, especialmente para o setor público;
  8. relevância social dos programas oferecidos;
  9. estímulo à pesquisa científica e tecnológica.”

Já aqueles que possuem patrimônios, títulos; entre os mais ricos, a educação começa nos primeiros anos de vida, com investimentos altíssimos. Se considerarmos que grande parte da renda familiar de quem recebe inferior, ou igual a um salário mínimo, dá apenas para suprir necessidades básicas como: alimentação, energia elétrica, moradia e outras despesas; o que iria sobrar para que se houvesse um investimento em atividades extraescolar, se a falta de um lanche muita das vezes está relacionada à baixa frequência nas aulas e sabemos que mais na frente desistirão dos estudos. Portanto, a realidade é que aqueles que nasceram numa família que contém uma renda mais elevada irá possuir uma educação formal, e pessoas que não possuem essa renda não poderão fornecer a seus filhos essa educação formal, tendo que conviver numa sociedade que o destino dessas crianças e jovens desfavorecidos não será outro a não ser o ingresso prematuro no mercado de trabalho.

Assim, faz-se necessária a aplicação de algumas medidas a fim de que essa desigualdade seja diminuída. Alguns debates foram promovidos pelo governo da presidenta Dilma Roussef nos últimos anos acerca dos desafios e perspectivas do Ensino Superior para a próxima década, considerando fundamental implementar políticas e ações estratégicas que promovam e estimulem:

  1. fortalecimento do regime de colaboração entre os entes federados;
  2. uma articulação que englobe as quatro áreas: educação, ciência, tecnologia e inovação;
  3.  estímulo aos programas de intercâmbio e à integração internacional da educação no país.

Resumindo, conclui-se que um dos maiores desafios da Educação Superior brasileira é a implementação de uma política que tenha como foco à população como um todo, e não apenas uma parte dela. Tal política deverá atentar para as características do sistema, composto por instituições públicas e privadas, com diferentes formatos organizacionais, papéis e funções locais, regionais, nacionais e internacionais. Ao mesmo tempo, essa política deve respeitar as premissas de expansão com garantia de padrões de qualidade, gratuidade nos estabelecimentos públicos, gestão democrática e autonomia, respeito à diversidade e sustentabilidade financeira.

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