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A EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM UMA ESCOLA DO MUNICIPIO DE SÃO FRANCISCO-MG.

Por:   •  7/11/2021  •  Projeto de pesquisa  •  6.180 Palavras (25 Páginas)  •  93 Visualizações

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PROJETO DE PESQUISA 2018

TEMA DELIMITADO:

 A EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM UMA ESCOLA DO MUNICIPIO DE SÃO FRANCISCO-MG.

                PROBLEMA:

 QUAIS OS MOTIVOS QUE LEVAM OS ALUNOS DA EJA A EVADIREM DA ESCOLA PÚBLICA?

OBJETIVOS:

Objetivo Geral:

  • Compreender a evasão escolar na modalidade EJA em uma escola da rede estadual do município de São Francisco.

Objetivos Específicos:

          * Refletir sobre a educação de Jovens e Adultos;

          * Levantar a historicidade da modalidade EJA na educação brasileira;

          * Identificar os motivos e expectativas que levam alunos a frequentar à EJA;

           

JUSTIFICATIVA

A presente pesquisa “A EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM UMA ESCOLA DO MUNICIPIO DE SÃO FRANCISCO” surgiu do interesse a partir do contato com a disciplina de Educação de Jovem e Adulto, onde houve uma explanação teórica sobre o tema em questão, despertando em mim o interesse em analisar sobre a trajetória de jovens e adultos no Brasil desde o período dos Jesuítas até os dias de hoje, além de descrever a Educação de Jovens e Adultos no munícipio de São Francisco.

Este estudo contribuirá para uma reflexão ao leitor sobre as causas que levaram a evasão escolar de jovens e adultos nessa modalidade de ensino. Mas vale ressaltar ainda que embora não se tenha condições de determinar ao certo a causa da evasão, a pesquisa possibilitará a verificação de alguns pontos que são considerados pertinentes para que essa evasão ocorra, tais como: a falta de profissionais capacitados, a motivação por parte do professor, as metodologias a ser trabalhado, o trabalho para sustento da casa, dentre outros.

Sabemos que o processo de aprendizagem acontece desde muito cedo, mas na sua grande maioria nem todas as crianças tem disponibilidade para se dedicar aos estudos, esse seria o caso de muitos jovens e adultos que devido À sua infância não ter tido a oportunidade de estudar resolvem voltar para a escola, mas quando chega lá se matriculam as suas expectativas podem ser frustradas. A presente pesquisa investigará se na escola onde o estudo ocorrera, os pontos comuns e particularidades desta modalidade de ensino são pertinentes a outras realidades pesquisadas.

Diante dessa perspectiva cabem as instituições que oferecem essa modalidade de ensino juntamente com o professor buscar subsídios necessários para que os jovens e adultos sintam interesse em querer aprender. Que o professor busque metodologias e conteúdos diversificados, para que assim sua aula seja proveitosa e que chame a atenção do aluno para a aprendizagem, pois muitas vezes o ensino escolar oferecido pela EJA é visto somente como um ensino rápido, aligeirado e sem significado, sendo na verdade, uma escolarização seria e que preza pela aprendizagem dos alunos. Esta pesquisa será relevante porque avaliará como se dá esse processo de ensino na escola que pretendo fazer os estudos, analisando os respectivo.

                   REVISÃO DE LITERATURA

     O presente trabalho busca enfatizar a relevância da modalidade de ensino EJA, bem como uma análise histórica sobre todo o processo de ensino da Educação de Jovens e Adultos do período colonial até os dias atuais, e quais contribuições essa pesquisa trará para essa modalidade de ensino.

1.0 ANALISE HISTORICA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS- EJA E O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NA ATUALIDADE BRASILEIRA.

                    A trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil vem de longa data, inicia-se mais precisamente no período colonial, onde a educação era difundida como catolicismo pregado pelos jesuítas daquela época. A grande maioria da população não tinha acesso ao ensino, embora a atenção estivesse voltada para as crianças, havia alguns poucos registros de ensinamentos aos adultos.

               O ensino dos jesuítas tinha como finalidade não apenas a transmissão de conhecimentos escolares, mas a propagação da fé cristã que, naquela época era de suma importância a questão da religião. A história da educação de jovens e adultos no Brasil no período colonial se deu de forma assistemática, ou seja, que não se tem um sistema, um planejamento a seguir e ainda nesta época não se constatou iniciativas do estado, pois o ensino era centrado pela igreja católica.

Os métodos utilizados pelos jesuítas permaneceram até o período pombalino com a expulsão dos jesuítas (1759), neste período, Pombal organizava o ensino de acordo com as necessidades do Estado, onde não houve nenhum registro de experiência formal de alfabetização de adultos, porém, com a chegada da família Real ao Brasil (1808) a educação começou a sofrer modificações. Criou- se o método mutuo com objetivo de ensinar rapidamente um grande número de pessoas, mas só que esse método, como os anteriores, não sobreviveu.

No ano de 1824 firmou- se pela Constituição brasileira sobre forte influência europeia, a garantia de uma instituição de ensino de qualidade para todos os indivíduos, incluindo os adultos também. Mas essa perspectiva não ocorreu, pois quase não houve registro que revelassem que este ensino estava sendo desenvolvido dentro deste período.

Conforme Beisiegel: [...] no Brasil, na colônia e mesmo depois, nas primeiras fases do Império [...] é a posse da propriedade que determina as limitações de aplicação das doutrinas liberais: e são os interesses radicados na propriedade dos meios de produção colonial [...] que estabelecem os conteúdos específicos dessas doutrinas no país. O que há realmente peculiar no liberalismo no Brasil, durante este período, e nestas circunstâncias, é mesmo a estreiteza das faixas de população abrangidas nos benefícios consubstanciados nas formulações universais em que os interesses dominantes se exprimem. (Beisiegel, 1974, p. 43)

               Com a Proclamação da República em 1889, as mudanças continuaram no mesmo processo de lentidão, não foram significativas, assim o analfabetismo era visto como vergonha perante a sociedade e assim a republica continuou a ter uma educação a cargo do Estado. 

Segundo Pierro (2000, p.109), “A nova Constituição Republicana estabeleceu também a exclusão dos adultos da participação pelo voto, isto em um momento em que a maioria da população adulta era iletrada”. 

Entretanto, com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, ocorreu uma diversificação no ensino, que voltou a ser controlado pelo Império. De acordo com Ribeiro (1997), foi apenas a partir da década de 30, quando começou a se consolidar um sistema público de educação elementar no país, que a educação básica de adultos teve seu lugar inserido na história da educação brasileira.

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