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Família E Trabalho Na Reestruturação Produtiva: Ausência De Políticas De Emprego E Deterioração Das Condições De Vida

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Por:   •  4/11/2014  •  1.660 Palavras (7 Páginas)  •  446 Visualizações

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AS RELACOES FAMILIARES NA CONTEMPORANEIDADE

Com o passar dos últimos anos e com base nas transformações socioeconomicas-culturais, por motivo do processo de globalização do capitalismo, as discussões e opiniões sobre a crise da instituição família só tem aumentado, devido a fatores como o declínio de matrimônios, a grande aceitação social do divórcio, baixa taxa de fecundidade e a questão polêmica da homossexualidade.

Tais fatores levaram a compreensão do enfraquecimento da família e deram início a análise do surgimento de novas configurações familiares, caracterizados pelas alterações nas relações entre sexos e gerações, como: inserção intensiva da mulher no mercado de trabalho, questionamento da autoridade paternal, controle de natalidade, sexualidade, atenção voltada às necessidades de idosos, crianças, pessoas com deficiências físicas e psicológicas, e outros.

RELACAO FAMILIA E TRABALHO

Sabemos que tanto a família quanto o trabalho possuem suas relevâncias na vida do ser humano, no entanto, diante de algumas situações inoportunas, é muito difícil conciliar esses dois elementos e seus interesses. As pressões que o indivíduo sofre com relação ao trabalho, faz com que seja criados mecanismos de defesas, os quais devem ser levados em consideração pela família, caso contrário, gera uma série de conflitos no lar.

Conflitos esses que chegam a interferir psicologicamente no trabalhador, afetando no seu desempenho, concentração e no seu intelecto, prejudicando o local de trabalho, que perde a produtividade. Portanto, se faz necessário uma conciliação na relação família-trabalho para que o indivíduo tenha um melhor desempenho professional e pessoal.

MULHER, MERCADO DE TRABALHO E AS CONFIGURACOES FAMILIARES DO SECULO XX

No entanto, é inegável que essas mudanças nas configurações das famílias e nas relações entre as mesmas ocorrem com o passar dos séculos, gerando uma grande evolução dos papéis em que cada um representa dentro da instituição família.

Antigamente, as crianças nascidas do sexo masculino cresciam aprendendo com os pais a trabalhar e vendo que o papel do homem era o de sustentar a família; as crianças nascidas do sexo feminino tinham sua educação voltada aos serviços da casa, ao instinto maternal; os casamentos eram arranjados, e só havia preocupação em assegurar e conservar as riquezas e as heranças das famílias dos pretendentes, o casamento era uma espécie de negócio, no qual os sentimentos entre o casal surgia da convivência. Já na configuração da família atual, o que prevalece é o sentimentalismo e a reciprocidade deste, e há uma divisão de tarefas entre o casal.

Lembrando que o papel do pai era forte e incontestável, e o papel da mãe era o de afago, de aconchegar os filhos com seus carinhos e de ser uma esposa submissa. Com o passar dos anos, essa autoridade do pai dá lugar ao pai afetuoso e tolerante, abrindo-se espaço para a figura feminina.

Depois de muita luta pelos direitos de igualdade, as mulheres conquistaram seu espaço, apesar de todo preconceito que ainda sofrem. Essa conquista gerou muitas repercussões na organização do funcionamento familiar, impulsionando assim o surgimento de novos arranjos familiares. Sendo que um dos maiores desafios encontrados pelas mulheres é o de conciliar o tempo para os serviços domiciliares, acadêmicos, trabalhos externos e se dedicar aos filhos e a família. Portanto, é compreensível dizer que na vida conjugal os papéis tem se confundido, permitindo que a "família tradicional" se dissolva aos poucos. E com o aumento dos casos de divórcio, o casamento perde a característica de indissolúvel e surge a família recomposta.

Podemos associar a grande inserção das mulheres no mercado de trabalho com o avanço da industrialização, o crescimento urbano, a baixa taxa de fecundidade das famílias, etc. Mas todo esse crescimento vem acompanhado de muita discriminação, tanto no âmbito das ocupações de cargos quanto das diferenças salariais entre homens e mulheres.

A expectativa neste século, é a de que o número de mulheres supere o número de homens no mercado de trabalho, captando oportunidades e rompendo com hierarquias empresariais moldadas desde o período da industrialização.

O QUE FOI A REESTRUTURACAO PRODUTIVA

A reestruturação produtiva se refere aos contínuos processos de mudanças nas empresas e nas indústrias, definidos pela flexibilidade e desregulamentação do trabalho, resultado das novas tecnologias da Terceira Revolução Industrial.

O tema de reestruturação produtiva vem sendo estudado por pesquisadores de diversas áreas, e essa relevância se deve ao fato de que as transformações com modernas tecnologias organizacionais, gerenciais e industriais só tem aumentado e tem provocado alterações no número de oportunidades de emprego, na qualificação dos trabalhadores, nas relações entre empresas, entre outros. Essa reestruturação produtiva surgiu devido a necessidade de ajustar os padrões de produtividade e qualidade de acordo com os padrões internacionais, que eram motivos de competitividade.

Com essas mudanças e as novas formas de gestão, houve uma maior valorização com relação a trabalhadores qualificados. Porém neste cenário de transformações, o que é ser um trabalhador qualificado? Esse era um questionamento de difícil resolução, porque até então não havia parâmetros do que era ser qualificado e como chegar nesse nível; diferentemente da produção que tinha seus parâmetros definidos, como: produção em massa, linhas de montagem, mecanização do fluxo de produção, criação de estoques, etc., havendo uma padronização nos mais diversos setores.

A DIVISAO SOCIAL DO TRABALHO

A divisão social do trabalho foi uma forma de especializar as tarefas a serem cumpridas com funções específicas, com o intento de melhorar a produção industrial, obtendo como resultado um trabalho produtivo, com mais eficiência e rapidez. Essa divisão social do trabalho foi impulsionada pelo grande crescimento da produção industrial, pelo capitalismo, pelo crescimento do comércio, entre outras.

O trabalhador, devido as tarefas repetitivas, adquiriu uma grande habilidade, executando seus movimentos de forma precisa, diminuindo o tempo gasto nas tarefas, aumentando a produção no período de trabalho. Existe a vantagem de que

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