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A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL, ESPANHA E OUTROS PAÍSES

Por:   •  17/7/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.654 Palavras (19 Páginas)  •  175 Visualizações

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL, ESPANHA E OUTROS PAÍSES

 


Sumário

1 – Introdução        6

2 – Formação de professores no Brasil        7

3 – Formação de professores na Espanha e em outros países        9

4 – Processo de seleção de professores no Brasil, Espanha e outros países        11

5 – A organização dos professores nos centros no Brasil e Espanha        13

6 – Conclusão        15

7 – Bibliografia         16

8 – Anexos        18

1 – Introdução

As sucessivas mudanças incididas nos processos de formação docente revelam ao longo dos tempos uma descontinuidade pedagógica, pelos entrelaçamentos de estratégias políticas e econômicas, questões que influenciam diretamente nas linhas que conduzem os pensamentos e modelos educacionais e formativos da profissão docente.  Essas tendências são balizadas nas reformas educacionais e articuladas no atendimento as demandas laborais do contexto global, exigências que motivam várias discussões sobre os modelos de gestão, propensões curriculares e parâmetros formativos dos profissionais da educação.

No entanto, a formação docente advém de inúmeras conexões e movimentos internacionais de reformas educacionais, para elevar os padrões qualitativos e a empregabilidade de responsabilidades para atender as exigências socioculturais e políticas que permeiam pelo universo escolar.  Ademais, as ações formativas dos profissionais da educação têm como pressuposto aprimorá-los quanto suas competências e habilidades pedagógicas, favorecendo o desenvolvimento das práxis frente a diversidade e a complexidade das tarefas conferidas aos professores nas instituições de ensino aprendizagem para melhoria da educação e das condições de vida na sociedade.

Neste contexto, a Espanha serve de modelo para países da América Latina, fundamentando metodologias e ações educativas com inferências experimentais sobre o cotidiano docente, garantindo a manutenção dos eixos de cooperação internacional na descentralização e democratização do sistema educacional, numa perspectiva equidistante as facetas inovadoras para impulsionar gradativamente a qualidade do ensino.

Dentro desta perspectiva, a formação docente no Brasil, Espanha e outros países revelam a complexidade do trabalho dos profissionais da educação diante das irrupções e distorções históricas que marcam as transformações sociais e o mundo do trabalho, como das inquietações insurgidas pelas insatisfações das condições estruturais, estatutárias e institucionais dos centros educacionais. Tais informações dão visibilidade as fragmentações dos processos formativos para atuação no magistério em seus diversos segmentos e das políticas públicas para universalização do acesso e da permanência dos estudantes com equidade e inclusão da multiculturalidade.

2 – Formação de professores no Brasil

Iniciamos fazendo um histórico da formação de professores no Brasil, em 1827, quando foi promulgada a Lei das Escolas de Primeiras Letras, que determinava que os professores deveriam ser treinados, às próprias custas, para o uso do método nas capitais das províncias brasileiras. Sete anos após, em1834, o ensino primário passou a ser responsabilidade das províncias. Foi adotado o modelo europeu de Formação de professores com a criação das Escolas Normais. As primeiras foram na Bahia (1836), Mato Grosso (1842) e São Paulo (1846). Em geral, esperava-se que o professor tivesse total domínio do conteúdo que deveria ser transmitido em sala de aula.

Em 1890, a instrução pública do estado de SP foi reformada e além do enriquecimento dos conteúdos curriculares, foram acrescentados exercícios práticos de ensino em escolas experimentais a fim de preparar o professor para a realidade de sala de aula.

Ao final do século XIX, as Escolas Normais que correspondiam ao nível secundário de então (hoje seria o final do Fundamental 2 e Ensino Médio) se consolidaram na formação de docentes da época. Esses profissionais seriam os professores do ensino primário. Em 1924, foi criada a Associação Brasileira de Educação reunindo profissionais que acreditavam em novas propostas pedagógicas. Três anos depois, em 1927, aconteceu a primeira Conferência Nacional de Educação.

Já em1932, houve a reforma das Escolas Normais com a criação de Institutos de Educação que buscavam consolidar um modelo pedagógico-didático de Formação de professores. No início da Primeira Guerra Mundial, 1939 a preocupação com Formação dos Professores foi direcionada das Escolas Normais para as Universidades que tiveram como modelo a Faculdade Nacional de Filosofia, dividida nos cursos de Filosofia, Ciências, Letras e Pedagogia. Os cursos de Licenciatura formavam os professores para diversas disciplinas do ensino secundário e os cursos de Pedagogia formavam os professores das Escolas Normais.

Logo após a guerra,1946 o Ensino Normal foi reformulado mais uma vez, sendo dividido em dois ciclos: o ciclo ginasial (4 anos) possuía currículos centrados nas disciplinas de cultura geral e o ciclo colegial (3 anos) tinha como meta formar professores do ensino primário. Já os cursos de Licenciatura contemplavam primordialmente os conteúdos-cognitivos. Infelizmente, os aspectos pedagógicos-didáticos, ao invés de serem encarados como algo a ser assimilado na prática, foram tratados como conteúdo a ser transmitido aos futuros professores.

Com a Reforma Universitária, em 1968 o objetivo central das universidades passou a ser de formar rapidamente profissionais para o mercado de trabalho. Em 1971, os ensinos primários e secundários passaram a ser chamados de Primeiro e Segundo graus.

Chegando em 1982, os cursos de Licenciatura curta (3 anos de duração) formavam professores para as últimas séries do 1º e o 2º grau. Já o curso de Pedagogia era responsável pela formação de especialistas em educação para ocupar cargos como diretor, orientador educacional, supervisor e inspetor.

Uma nova LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), 1996, criou Institutos de nível superior com uma Formação de Professores mais compacta como alternativa aos cursos de Pedagogia e Licenciatura, que vigora até hoje.

Em 2002, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores. A partir de então, o nível superior passou a ser condição obrigatória para professores da educação básica. Pode - se observar uma maior preocupação com o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais necessárias para a atuação docente. A aprendizagem do professor é marcada pelo princípio de ação-reflexão-ação e a prática deveria permear toda a formação docente.

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