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A Formação Da Agenda No Brasil

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Por:   •  14/3/2014  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  281 Visualizações

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A formação da agenda no Brasil: o caso das mobilizações políticas em 2013.

O mês de Junho de 2013 já faz parte da história do Brasil milhões de brasileiros foram às ruas das principais cidades do país, a maior mobilização no Brasil desde as manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992, reivindicando a revogação do aumento das tarifas do transporte publico.

Isso sem a convocação de figuras publica e contra as orientações da imprensa que insistia em rotular os manifestantes de vândalos. O estopim para as manifestações populares que ocorreram no país foi o aumento das tarifas do transporte coletivo e a repressão violenta da polícia militar na primeira passeata realizada em São Paulo, desde então, um conjunto de insatisfações que vinha sendo represado eclodiu.

Em resposta, o governo brasileiro anunciou várias medidas para tentar atender às reivindicações dos manifestantes e o Congresso Nacional votou uma série de concessões, como ter tornado a corrupção como um crime hediondo, arquivado a chamada PEC 37 e proibido o voto secreto em votações para cassar o mandato de legisladores acusados de irregularidades.

A luta pela revogação do aumento das tarifas de transporte gerou uma revolta nacional, as demandas aclamadas nas ruas impuseram uma nova agenda ao poder publico. A partir da vitória na questão do preço da tarifa, o movimento ganhou novas pautas, e o poder publico confuso tentando entender a dinâmica dos protestos, mostrou-se com mais verbas para educação, saúde, mobilidade urbana e até uma possível reforma política.

Assim como as autoridades públicas a primeira reação da mídia foi a condenação das manifestações que, segundo eles, deveriam ser reprimidas com mais rigor. Porem, à medida que o movimento foi ganhando forças, autoridades e mídia mudaram a avaliação inicial e passaram a cobrir os acontecimentos como se fosse apenas uma observadora neutra.

Apesar disso, um aspecto contraditório, mas importante é que os manifestantes se consideram sem espaço para expressar e ter a voz ouvida. Cabe ressaltar que a grande mídia ainda exerce, na prática, o controle do acesso ao debate público das vozes que se expressam e são ouvidas.

Além disso, a cultura política que vem sendo construída e consolidada no Brasil, pelo menos desde que a televisão se transformou em “mídia de massa”, tem sido de desqualificação permanente da política e dos políticos. E é no contexto dessa cultura política que as novas gerações estão sendo formadas.

Independentemente das inúmeras razões que justificam uma grande insatisfação por parte da população brasileira, não se pode ignorar o papel da grande mídia na construção dessa cultura política que desqualifica sistematicamente a política e os políticos. Destarte não se pode ignorar os riscos potenciais para o regime democrático da prevalência dessa cultura política.

O Movimento Passe Livre (MLP), que chamou as primeiras manifestações contra o aumento da passagem, sobretudo pelas redes sociais, (sistema de comunicação independente do controle da grande mídia) fortaleceu-se durante o processo e obteve amplas vitórias políticas. Porem é incorreto dizer que a organização liderou sozinha a manifestação. Situado no campo da esquerda, o MPL chegou a divulgar notas

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