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A HERMENÊUTICA BÍBLICA NA LUZ DE HANS-GEORG GADAMER

Por:   •  22/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  906 Palavras (4 Páginas)  •  173 Visualizações

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       STUDIUM THEOLOGICUM

  1. BACHARELADO EM TEOLOGIA

A HERMENÊUTICA BÍBLICA NA LUZ DE HANS-GEORG GADAMER

                        Aluno:         Saudi Junior Pedroso

  1.                 Matéria:         Introdução Geral à Bíblia

                Professor:         Frei Rafael Santamaria

CURITIBA

2018

A hermenêutica bíblica na luz de Hans-Georg Gadamer

Do século XIX para cá, a humanidade tem sido brindada como reflexões cada vez mais profundas sobre o tema da hermenêutica; vários pensadores têm se debruçado sobre o tema a fim de determinar um caminho e um instrumental mais preciso para a interpretação dos pensamentos e dos fatos. Esta riqueza da arte hermenêutica não poderia deixar de prestar contribuir para a interpretação das Sagradas Escrituras, a final é inegável que ela tem sido o livro com mais tentativas de interpretação ao longo da história, as quais muitas vezes são as mais disparatadas.

Uma destas muitas contribuições foi nos dada por Schleiermacher (1768-1834), o qual afirma que para uma reta interpretação do texto, o interprete deve saber mergulhar na vida e na mente do seu autor, assim compreenderá melhor a cultura, a perspectiva e as intenções com as quais o texto foi escrito. Tudo isso serve de instrumental indispensável para uma interpretação sadia de um texto e tem sido muito utilizado para fazer uma interpretação mais correta e coerente do texto bíblico, sobretudo no que se refere ao Antigo Testamento.

Um dos autores contemporâneos que tem auxiliado muito na hermenêutica bíblica é, sem dúvida, H. G. Gadamer (1900-2002). Uma de suas contribuições foi realçar que o homem não é um ser que somente caminha para o futuro, mas que também veio de um passado e isto muda seu modo de interpretar um dado. Nossa compreensão, portanto, é alimentada por uma tradição.

Isso significa que existem uma serie de preconceitos que influenciam a nossa interpretação.   preconceitos no sentido de julgamentos prévios sobre um fato, os quais não são necessariamente ruins, mas naturais e necessários. Estes julgamentos prévios são determinados pela história do grupo e do indivíduo, pela sua cultura, meios, vontades, etc.  

De onde se segue que não existe um contado absolutamente direto, nu e cru entre o interprete e o dado interpretado, mas que entre eles há uma série de intermediações que podem auxiliar ou atrapalhar a interpretação dos textos.  

Pode-se exemplificar com uma situação em que dois homens diante de um mesmo fato: uma chuva; fazem duas interpretações diferentes: um fica feliz e outro triste. Isto se deve as diferentes ideias pré-concebidas com as quais eles interpretavam o fato, por exemplo: um podia ser um agricultor feliz com a terra tornada fértil e outro um trabalhador que queria aproveitar o feriado na praia.

Aplicando este fenômeno dos preconceitos a hermenêutica bíblica, constata-se que o interprete deve estar atento não somente ao texto, mas também aos seus pré-conceitos para ver se eles não podem dissocia-lo muito do sentido original do texto.

Porém esta é uma tarefa árdua ou até impossível de ser feita, pois estes preconceitos que podem atrapalhar são, muitas vezes, inevitáveis e até imperceptíveis. É mister notar que Deus não somente nos deu o texto para ser interpretado, mas garantiu que recebêssemos certos “preconceitos” que nos permitem uma interpretação mais fiel ao texto, o magistério e a Sagrada Tradição nos forneçem, entre muitas outras coisas, estes preconceitos.

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