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A IMPORTÂNCIA DA DIFERENÇA REGIONAL EXISTENTE NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS-LÍBRAS

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Por:   •  16/2/2015  •  3.666 Palavras (15 Páginas)  •  404 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA DIFERENÇA REGIONAL EXISTENTE NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS-LÍBRAS

ENUCIADO:

As línguas de sinais são de modalidade diferente das línguas orais auditivas, visto que são línguas feitas nos espaços-visuais, ou seja, a realização dessas línguas não é estabelecida através do canal oral-auditivo, mas através da visão e da utilização do espaço. Portanto, ao se atribuir às línguas de sinais o status de língua é porque elas, embora sendo de modalidade diferente, possuem também características em relação às diferenças regionais, socioculturais.

Baseado no trecho acima faça um artigo sobre a importância da diferença regional existente na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS seguindo a norma daABNT.

A IMPORTÂNCIA DA DIFERENÇA REGIONAL EXISTENTE NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS-LÍBRAS

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Resumo:

Estudos apontam que a língua de sinais constitui o elemento identificatório dos surdos, e o fato de constituir-se em comunidade significa que compartilham e conhecem os usos e normas de uso da mesma língua, já que interagem cotidianamente em um processo comunicativo- e cognitiva - por meio do uso da língua de sinais própria de cada comunidade de surdos.

As posições delineadas a seguir pretendem demonstrar que a contribuição com a elaboração de um conjunto mínimo de regras e padrões de vocabulário em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) trará um definitivo e inequívoco reconhecimento desta língua enquanto forma legal de comunicação em sinais gestos-visuais, hora oficialmente reconhecida por lei e assim proporcionando-lhe um perfil unificado favorecendo a integração entre as várias comunidades de pessoas com surdez e intérpretes em LIBRAS dentro do território nacional. Dispõe-se desta forma de uma comunicação efetiva enquanto instrumento de integração social estando então disponível a todos independentemente de qual grupo ou comunidade se origine, característica esta que se espera de qualquer língua historicamente aceita entre seus utentes e ou defensores da práxis linguística em questão já plenamente conferida em seus vários dialetos hoje em uso, favorecendo ainda neste quadro a verdadeira inclusão sociocultural.

INTRODUÇÃO

Além de muitas possibilidadesde expressão, a linguagem é o principal meio de comunicação entre as pessoas, e antes mesmo da descoberta do território brasileiro, já se falava cerca de 1.000 línguas diferentes, decorrente da diversidade indígena. Após o descobrimento do Brasil, para que os índios e brancos se comunicassem, estabeleceu-se a língua geral, posteriormente o português substituiu à língua geral e tornou-se a língua oficial.

No período colonial, a escravidão também proporcionou a diversificação da língua em decorrência dos inúmeros africanos que chegaram ao Brasil. Outros povos (italianos e alemães) também vieram contribuir para a diversificação da língua portuguesa após a independência do Brasil, ocasionando diferenças linguísticas em diversos territórios brasileiros. Essas diferenças também refletem na Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS. (BRITO etall (2011).

Apesar dos "sotaques" regionais, observar-se apenas algumas variações lexicais (uso de palavras distintas para designar o mesmo referente que variam de uma região para outra) que não comprometem em nenhum momento sua unidade estrutural.

Sendo assim, o objetivo desse trabalho é apresentar as variações linguísticas, existentes na Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS e sua importância como marca de identidade regional na diversidade brasileira.

Em 1981, com o reconhecimento pela ONU (Organização das Nações Unidas) do ano internacional da pessoa com deficiência iniciou-se em todo o planeta uma nova era no que se refere à preocupação com a acessibilidade.

No Brasil a Lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000, deu início a um processo irreversível e com impactos até então imprevisíveis do ponto de vista do desenvolvimento social das pessoas com necessidades especiais.

Com a regulamentação da Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a língua brasileira de sinais, já em seu primeiro artigo reconhece-se a LIBRAS como meio legal de comunicação, e como tal com características gramaticais e estruturais próprias.

Finalmente, com o Decreto Presidencial 5.626 de 22 de dezembro de 2005 fica garantida a presença dos profissionais intérpretes em locais públicos, privados ou institucionais levando assim a Libras ao status de "língua" e favorecendo sua difusão nos meios educacionais.

Concluindo este breve histórico legal da LIBRAS faz-se necessário pontuarmos algumas definições básicas do significado de "língua" e "dialeto", procurando observar em termos de praticidade sua relação como recurso de interação entre seus usuários e comunidades necessitadas de aquisição de cultura e integração social.

Segundo o "Dicionário de Linguística" (JEAN DUBOIS, apud SANTOS, 2007), "o dialeto é uma forma de língua que tem seu próprio sistema léxico, sintático e fonético, e que é usado num ambiente mais restrito que a própria língua..."

Esta definição nos leva a uma análise da atual conjuntura contextual em que se encontra a LIBRAS. De um lado as conquistas visíveis de uma comunidade até então ignorada vivendo das migalhas de instituições e ações governamentais, onde com as novas leis mencionadas acima alcançaram um estado de "língua" tal como definido na lei, e sendo assim a "língua mãe" para seus usuários e comunidades surdas. De outro lado, uma realidade comprovadamente diferente em seu contexto gramatical, visto que basta apenas um pequeno distanciamento geográfico entre uma comunidade e outra para observarmos uma quebra no que se espera existir em uma linha de comunicação que deveria ser comum a qualquer língua, constatando-se neste caso o emprego de significados diferentes para vocábulos simples, às vezes tão diferentes que chegam a representar figuras obscenas para um ou significando um simples artefato para o outro.

Significados linguísticos podem mudar de região pra região. Isto, determinado pela variação regional, o que carrega a tipicidade de cada comunidade e seus costumes e cultura. E a título

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