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A LEITURA COMO CONHECIMENTO

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Por:   •  26/5/2014  •  1.136 Palavras (5 Páginas)  •  994 Visualizações

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Ler deve ser um ato de conhecimento e, consequentemente, de prazer. O ato de ler é soberano. Implica desvendar e conhecer o mundo. É pela leitura que desenvolvemos o processo de atribuir sentido a tudo o que nos rodeia: lemos um olhar, um gesto, um sorriso, um mapa, uma obra de arte, as pegadas na areia, as nuvens carregadas no céu, o sinal de fumaça avistado ao longe e tantos outros sinais. Lemos até mesmo o silêncio!

A leitura é uma atividade que solicita intensa participação do leitor e exige muito mais que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores: o leitor é, necessariamente, levado a mobilizar uma série de estratégias, com a finalidade de preencher as lacunas e participar, de forma ativa, da construção do sentido. Dessa forma, autor e leitor devem ser vistos como estrategistas na interação pela linguagem para que se construa o sentido do texto. Segundo Koch & Elias (2006).

A consciência desse processo, porém, não é só juntar sílabas, mas somar ideias. Se não se conscientizassem dessa possibilidade (prazer + conhecimento), jamais poderão aproximar-se do texto.

Fruir o texto significa descobrir a vida enredada em suas malhas. Significa perceber a realidade de forma mais palpável por meio da impalpável trama da linguagem. E palavras, signos, formas, todos juntos passam a significar mais corretamente, inclusive, que a abstrata matemática dos números.

Se antes dos textos lemos a realidade com os sentidos, com os textos acrescemos mais ainda esta possibilidade da percepção, porque o ler significa apoderar-me também daquilo que está distante dos sentidos.

Todas as comunidades apresentam diferentes formas de expressão artística, como a música, o canto, a dança e a literatura, dentre outros. Mas, o homem sempre se manifestou artisticamente a partir da palavra, mesmo nas comunidades primitivas, em que não havia a escrita, nesse caso, por meio da poesia oral.

Quando se lê sobre Paris, por exemplo, de alguma forma, a pessoa se apodera desta cidade, desta cultura sem, entretanto, precisar viajar até lá. Pode dizer que conhece Paris sem necessariamente ver Paris. Nós, brasileiros, reconhecemos nosso país, nossa cidade, pelo contraste que se estabelece entre a realidade europeia e a nossa, entre a história da Europa e a latino-americana, entre a política dali e a de cá. E nos descobrimos como indivíduo em relação a Paris.

Ajudar a perceber o conteúdo informativo do texto (e a informação acontece sempre em variados graus e direções dependendo de quem lê) é fundamental para que se desenvolva o gosto pela leitura. Mais adiante, o processo se sofistica um pouco quando o leitor passa a reconhecer o texto como construção, como estrutura.

Distinguir ledores de leitores é sempre fundamental quando se trata de educação. A estrutura educacional brasileira tem formado até agora mais ledores que leitores. Qual a diferença entre uns e outros se os dois são decodificadores de discurso? A diferença está na qualidade da decodificação, no modo de sentir e de perceber o que está escrito. O leitor, diferentemente do ledor, compreende o texto na sua relação dialética com o contexto, na sua relação de interação com a forma. O leitor adquire por meio da observação mais detida, da compreensão mais eficaz, uma percepção mais crítica do que é lido, isto é, chega à essência do texto. A compreensão social da leitura dá-se na medida dessa percepção, a leitura é fonte de conhecimento e de domínio do real, e consequentemente, percebe-se o prazer que existe no texto.

Os processos cognitivos que envolvem o ato de ler são muitos e diversificados, a consequência direta da decodificação aprofundada é uma leitura mais ampla e consequente da realidade que pode ser compreendida em maior ou menor grau, dependendo do ponto de vista de quem lê e do que lê.

Ler é uma atividade muito comum em várias culturas, no entanto, há uma diferença acentuada entre uma história contada e uma historia lida. Ao ouvir uma história, o ouvinte faz a sua imaginação, cria o seu próprio cenário, com o seu mundo ilusório, principalmente quando ele tem acesso a gravuras da história enquanto que ao ler a história, ele já se apega mais a realidade

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