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A Programação estruturada

Por:   •  6/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.944 Palavras (12 Páginas)  •  179 Visualizações

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1. Introdução

        Estamos no século XXI e nos deparamos com as grandes mudanças inclusive na educação.  Ao mesmo tempo em que a escola desenvolve-se, ela, juntamente com a família parece perder o poder e o espaço que outrora tiveram na formação do indivíduo, pois as crianças começaram a entrar mais cedo na escola, fato que pode favorecê-las (quando a criança é bem acompanhada pelos pais) ou prejudicá-las (quando os pais por deixá-la durante muito tempo na escola geram na mesma, um sentimento de descaso em relação ao seu desenvolvimento).

        A proposta de intervenção será sobre a indisciplina e agressividade na escola no comportamento de crianças e adolescentes, pois não existe aprendizagem de qualidade em um ambiente de indisciplina e agressividade, sendo necessário que se busquem novos caminhos, que levem a família, a escola e a comunidade a assumirem o seu verdadeiro papel neste processo. 

        Segundo Içami Tiba e Julio Aquino, afirmam que a ausência de limites, instituídas na educação familiar por pais demasiadamente tolerantes, fecunda consequências desastrosas, produzindo crianças indisciplinadas, agressivas, insolentes e que vivem conflitos internos demonstrando insegurança em tudo o que realizam. A indisciplina e a agressividade constituem um desafio para os docentes, representam um dos principais obstáculos ao trabalho pedagógico demonstrando a ausência de regras e limites por parte da criança. Necessitamos de uma postura compartilhada em relação à disciplina, investindo na prevenção. Pretende-se que a escola funcione através de espaços e tempos, geridos com critérios adequados à participação e ao diálogo entre os alunos e destes com os professores, onde o problema deve ser contextualizado, analisando as suas causas profundas e favorecendo a mobilização de ações alternativas.

2. A questão da indisciplina e da agressão no ambiente escolar e familiar

        Desde alguns anos atrás, vai instalando-se em nossas sociedades, e de maneira especial em nossas escolas, a convicção de que os estudantes vão sendo cada vez mais indisciplinados e mal-educados, mostrando comportamentos que interrompem o clima acadêmico da escola, quando não protagonizam agressões verbais e físicas, furtos e destruição do mobiliário, etc.

        É necessário e essencial à educação saber estabelecer limites e valorizar a disciplina, e para isso é necessária a presença de uma autoridade saudável. O segredo que difere autoritarismo do comportamento de autoridade adotado para que outra pessoa torne-se mais educada ou disciplinada está no respeito à autoestima.

        As instituições de ensino, cuja tarefa é introduzir as crianças nas normas da sociedade, muitas vezes se omitem. O estudo é essencial, portanto os filhos têm obrigação de estudar. Caso não o façam, terão sempre que arcar com as consequências de sua indisciplina.

                Temos que trazer e despertar o interesse de pais e educadores os limites da disciplina numa maneira bem-humorada e realista, mostrando que pai ou professor, é o educador, e não pode se esquivar da tarefa de apontar na medida certa os limites para que os jovens se desenvolvam bem e consigam viver bem em harmonia. As crianças aprendem a comportar-se em sociedade ao conviver com outras pessoas, principalmente com os próprios pais. A maioria dos comportamentos infantis é aprendida por meio da imitação, da experimentação e da invenção.

        Vale ressaltar que uma criança, quando faz algo pela primeira vez, sempre olha em volta para ver se agradou alguém. Se agradou, repete o comportamento, pois entende que agrado é aprovação, e ela ainda não tem condições de avaliar a adequação do seu gesto. A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, supérfluo, e assim por diante. O professor também perdeu a autoridade inerente à sua função.

        Os investimentos na melhoria da qualidade do ensino em nossas escolas é fundamental, para isso as políticas públicas na educação, devem incentivar a formação e aperfeiçoamento do quadro docente, realizando melhorias do espaço físico das escolas, além de contar com a participação efetiva da família e da comunidade.

        Quando o limite é apresentado com afeto, a criança o aceita mais facilmente. Sem dúvida, não é um trabalho fácil, mas geralmente funciona. Além da família, cabe à escola este papel. Afinal, os educadores continuam a deter parte considerável da responsabilidade pela formação da criança.

        No caso da indisciplina dos alunos podemos destacar que seu desenvolvimento corresponde ao surgimento de um controle interno, uma obediência às regras que não dependa mais exclusivamente do controle dos pais ou de outras pessoas. Isso implica a assimilação racional das regras, o que faz surgir a reciprocidade, o respeito mútuo que vem a ser a capacidade de respeitar o outro e por ele ser respeitado.  Os problemas de disciplina, que também podem ser chamados “de convivência”, nas escolas, é um reflexo de uma crise de valores que está se produzindo em nossa sociedade em geral, e claro, na escola como subconjunto institucional criado por esta sociedade.

        A agressividade está focalizada como uma das manifestações da indisciplina e apresenta as seguintes razões:

  • Excesso de repressão, professor autoritário em classe, regras rígidas na escola, intolerância, etc. 
  • Excesso de liberdade, professor e família permissivo em classe, escola sem direção, ausência de regras também na escola, etc.
  •  Problemas funcionais da escola, coordenador (ou diretor) desautoriza o seu próprio professor, funcionários que desacatam ou transgridem normas existentes na escola, etc.
  • Pais que terceirizam para Escola a educação dos seus filhos, hoje há pais que por perderem suas referencias educativas delegam à escola a responsabilidade de educar os seus filhos.
  • Drogas, um grande problema que infelizmente esta aumentando, sejam elas licitas ou ilícitas, elas prejudicam o desempenho escolar e relacional dos alunos, principalmente nos adolescentes, que muitas vezes se deparam com os pais sendo os próprios usuários.

        Diante de vários aspectos apresentados na indisciplina dos alunos, podemos notar que esse tipo de comportamento é o que desencadeia todo o processo de agressividade nos mesmos. A ausência de trabalhar com: Gratidão, Disciplina, Religiosidade, Cidadania e Ética, pois são estes valores que devem estar presentes nos processos educativos familiares e escolares, e muitas vezes ou raramente não são trabalhados nesses processos.

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