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A REVOLUÇÃO DAS MULHERES. UM BALANÇO DO FEMINISMO NO BRASIL

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Por:   •  30/1/2015  •  1.021 Palavras (5 Páginas)  •  1.033 Visualizações

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TOSCANO, Moema e GOLDENBERG, Mirian. A Revolução das mulheres. Um balanço do Feminismo no Brasil. Rio de Janeiro: Revan,1992.

Segundo as autoras, o feminismo, tal como entendemos hoje, nasceu na Europa Ocidental a partir do século XVIII. De início, foi mais visível com a corrida industrial e a Revolução Francesa, tendo destaque Olympe Gouges, com a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, que exigia, entre outros, o direito ao voto feminino e o direito de exercer uma profissão. As mulheres francesas, nesse período histórico, estavam à frente das mulheres de outros países. Conquistaram, na Revolução Francesa, o casamento civil e a legalização do divórcio.

Diante disso, ao longo do século XIX, o feminismo foi se estruturando enquanto movimento. Os socialistas assumiram postura em defesa da mulher trabalhadora, e os movimentos que objetivavam o voto feminino começaram a surgir na segunda metade do século XIX e foi na Inglaterra que o primeiro grupo de mulheres reivindicou por esse direito.

O feminismo francês estava muito marcado pelas doutrinas socialistas, o mesmo não acontecia na Inglaterra e nos Estados Unidos na mesma intensidade. Na Inglaterra, com o início da guerra em 1914, a dedicação foi inteiramente voltada ao esforço de guerra e, somente após o armistício, em 1918, as feministas voltaram à luta. Em 1928, o Parlamento inglês outorgou o direito de voto às mulheres, em igualdade de condições com os homens.

É possível perceber, assim, que a Primeira Guerra Mundial marcou momento importantíssimo no processo de incorporação das mulheres à sociedade, pois, naquele momento histórico onde seus esposos iam para a guerra, as mesmas ocupavam seus postos de trabalho nas fábricas.

A partir dos anos 20, principalmente da Europa, o movimento feminista tem duas vertentes: as socialistas, que buscam uma revolução; e as que têm como bandeira principal a luta pelo voto (sufragismo) e que buscam presença maior da mulher na sociedade.

Com o socialismo, nos primeiros anos do Estado Soviético, houve grande mudança na situação feminina, como o divórcio e o aborto, mas, com Stalin, toda essa ascensão começou a recuar. Mesmo que o socialismo tenha acrescentado alguns avanços à mulher, não garantiu sua plena igualdade com o homem.

Com a vinda da crise econômica mundial de 30 e a Segunda Grande Guerra, os movimentos sociais passam por uma fase de marasmo.

Já no Brasil, o feminismo brasileiro não foi uma reprodução pura e simples do que acontecia na Europa e nos Estados Unidos, teve componentes próprios.

O feminismo, enquanto movimento organizado se manifesta no Brasil na segunda década do século XX, reivindicando o direito ao voto. No período entre o final do Segundo Império e a Primeira Guerra Mundial, houve mudanças significativas e eclodiram ideias feministas.

No intervalo entre as guerras mundiais, houve grande intercâmbio de ideias, levando à criação do Partido Comunista Brasileiro (1922) e à Semana da Arte Moderna (1922). Nesse período, Bertha Lutz cria a Liga pela Emancipação Feminina, que muda depois seu nome para Federação Brasileira para o Progresso Feminino. Muitos homens públicos e jornalistas apoiam as feministas e a participação da mulher nos círculos intelectuais já é irreversível. Porém, o Congresso é contra o voto feminino (juntamente com homens e mulheres mais conservadores), usando como discurso que a família estaria ameaçada se tal direito fosse aprovado.

Com o rádio, o cinema falado, a literatura e as viagens ao exterior, o conservadorismo foi perdendo sua força e as mulheres foram beneficiadas, pois o modo de vida e os padrões de comportamento dos países centrais influenciaram fortemente a mentalidade local. O direito ao voto (1932) e a legislação trabalhista de proteção ao trabalho feminino (1932 e 1943, com a consolidação das leis do trabalho) são grandes exemplos.

O primeiro momento do feminismo brasileiro foi marcado por reivindicações

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