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A Raça e História

Por:   •  18/3/2021  •  Resenha  •  1.133 Palavras (5 Páginas)  •  129 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

DISCIPLINA: ANTROLOLOGIA SOCIAL

PROFESSORA: IZABEL MISSAGIA

ALUNAS: BÁRBARA, DANIELLE E MARIA VITÓRIA

TEXTO: RAÇA E HISTÓRIA – CLAUDE LEVÍ-STRAUSS

SEROPÉDICA

2019

LEVÍ-STRAUSS

Claude Leví- Strauss, foi um antropólogo francês, embora tenha nascido na Bélgica em 28/11/1908. Etnólogo, professor, e filósofo, foi fundador da antropologia estrutural. Professor honorário do Collége de France, onde ocupou a cátedra de antropologia social de 1959 a 1982.

 No Brasil, analisou tribos indígenas do norte do país, nos anos de 1935 a 1939. Morreu em Paris, no dia 30/10/2009, aos 100 anos.

Para Lévi-Strauss não existe cultura, e sim culturas.

ANTROPOLOGIA ESTRUTURAL

 De acordo com o antropólogo, existem elementos culturais universais, que condicionam o comportamento humano. A mente de todos os humanos, em todos os lugares é a mesma, pois funciona a partir das mesmas operações lógicas. O que varia são os materias ao qual o pensamento se aplica e com os quais constrói significados. A cultura é fruto desses elementos. Assim,  existem estruturas comuns à todas as sociedades, traços comuns, entretanto cada grupo humano vai olhar para essa estrutura e atribuir sentidos e significados diferentes. Nesse sentido ressalta que não existem povos menos evolúidos, “selvagens”, eles apenas atribuem sentidos e significados distintos a essa estrutura em relação a outros grupos humanos.

O contexto de “RAÇA E HISTÓRIA”

Em 1952, após a 2ª. Guerra Mundial, a Unesco, propôs ao antropólogo francês a escrita de um texto cujo tema era: Contribuição das Raças para a Civilização Mundial. Tal texto objetivava dar fim ao racismo e a intensa xenofobia em voga na época. Fica clara a intenção apaziguadora da organização(Unesco), em afirmar que o desenvolvimento das civilizações e dos modelos sociais só foi possível graças à contribuição das raças, em sua diversidade, na construção e desenvolvimento histórico-cultural.

 No entanto o autor aproveita o tema para uma reflexão sobre os grupos humanos e seus modelos sociais, desconstruindo e analisando cada categoria do tema, no intuito de evitar uma teoria racista ao inverso.

Raça e História

  • Arthur de Gobineau(1816-1882), foi diplomata, escritor e filósofo francês. Importante teórico do racialismo, feito pela história, o pai das teorias racistas. Superioridade da raça branca. Mestiçagem= Degeneração.
  • Caracterizar as raças biológicas mediante propriedades psicológicas particulares,causam o afastamento da verdade científica. De acordo com Leví-Strauss, “...nada no estado atual da ciência, permite afirmar a superioridade ou a inferioridade intelectual de uma raça em relação a outra”.(p.47)  
  • Pecado original da antropologia- confusão entre noção puramente biológica de raça e as produções sociológicas e psicológicas das culturas humanas. “Existem muito mais culturas humanas do que raças humanas”, acentua o autor.
  • Não existem aptidões raciais inatas. Então como entender o progresso da civilização desenvolvida pelo homem branco, enquanto que as dos povos de cor permanecem atrasados?

Diversidade das culturas

“Operam simultaneamente, nas sociedades humanas, forças que atuam em direções opostas, umas tendendo para a manutenção e mesmo para a acentuação dos particularismos, outras agindo no sentido da convergência e da afinidade”(p.50)

  • Existem diversidades no seio de cada sociedade, em todos os grupos que as constituem. Dentro desses também há diferenças internas, que podem aumentar conforme se torne mais volumosa e homogênea esta sociedade. Portanto a diversidade de culturas não se dá de maneira estática. Não só porque as sociedades não estão sós, mas porque até as que parecem mais isoladas desenvolvem relações com outros grupos. Esses contatos estreitos, interferem no comportamento social e formação cultural de um povo.

O Etnocentrismo

  • A diversidade das culturas é vista como algo escandaloso ou monstruoso e não como realmente é: um fenômeno natural, resultante das relações diretas ou indiretas entre as sociedades. Na antiguidade a palavra “Bárbaro”designava tudo que fosse estranho a cultura grega. E na civilização ocidental “selvagem”, não só para designar o que é da selva, mas também para evocar um gênero de vida animal oposto à cultura humana. Tal percepção embasada é resultado da observação de um grupo sob a perspectiva e valores da cultura do observador, que a contrapõe com ar de superioridade.
  • O falso evolucionismo- é a tentativa de suprimir a diversidade das culturas, fingindo conhecê-las completamente. “A noção de humanidade cessa nas fronteiras da tribo”.
  • Evolução biológico X evolução cultural – A evolução biológica encontra respaldo teórico científico, como por exemplo a genealogia do cavalo, feita através do trabalho científico com fósseis. O mesmo não se pode dizer da cultura humana, e seu processo de desenvolvimento histórico, à partir de objetos materiais recolhidos no solo.

“...o evolucionismo social não é, a maior parte das vezes, senão a maquilagem falsamente científica de um velho problema filosófico para o qual não existe qualquer certeza de que a observação e a indução possam um dia fornecer a chave”.(p.56)

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