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A Seleção Brasileira e o Apartheid Brasileiro

Por:   •  13/6/2022  •  Artigo  •  378 Palavras (2 Páginas)  •  72 Visualizações

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A seleção brasileira e o apartheid brasileiro...

Hoje vivemos em um Brasil dividido, não somente pelo poder aquisitivo, cor, credo e religião. A atual divisão é ser destro ou canhoto.

Não importa o que o meu lado faz, fez ou fará. Se o político, artista, treinador, jogador ou jornalista for do meu lado, ele será isento do meu julgamento e ganhará a minha defesa como se fosse um membro da máfia. É o nosso mundo binário. Diante disso, o esporte também foi atingido pela intolerância acéfala da polarização.

Há tempos que a seleção brasileira deixou de ser do povo. O que era antes uma honra, a partir de 1990 se transformou em uma fonte de enriquecimento, haja vista a foto da seleção com os jogadores cobrindo com a mão o patrocinador da época por não concordarem com o rateio da CBF. Servir deixava de ser o objetivo principal dos convocados.

[pic 1]

Atualmente, a seleção brasileira só joga amistosos fora do país. Não é mais acessível ao povo e vê em cada partida em terras árabes ou orientais, uma enorme fonte de renda, mesmo se o adversário for amador. Sem a mesma torcida, o brasileiro adotou a camisa da seleção para contrapor o vermelho petista nas manifestações. Virou um amuleto da direita, assim como foi na época da ditadura militar.

O mundo deu voltas e a volta do militar na presidência, dessa vez aclamado pelo povo e não por golpe, agora interfere diretamente na seleção. A manobra para que a Copa América seja realizada no Brasil no auge da pandemia, separa Tite e Renato Gaúcho, Bolsominions e Mortadelas, Conservadores e progressistas. Não importa que o atual técnico tenha um excelente desempenho e lidera as eliminatórias. Ele é Lula e querem Renato Portalupe, que é Bolsonaro.

Agora o presidente Rogério Caboclo, da CBF, foi afastado do cargo por graves denúncias de assédio sexual e moral. Foi original, já que os seus antecessores foram afastados por corrupção. A funcionária que sofreu o assédio passa despercebida da roda de discussões e o evento ganha mais visibilidade do que merece.

Estamos regredindo na democracia e nossos valores estão invertidos na sociedade doente, intolerante e limitada.

Viva o meu lado, custe o que custar, mesmo se eu terei que pagar esse preço...

Estanislau de Oliveira Lima Junior

Estanislau.10@gmail.com

Twitter; @blogdolau

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