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A Urbanização brasileira ocorreu com grande veemência após as décadas de 50 e 60

Por:   •  28/11/2017  •  Artigo  •  3.003 Palavras (13 Páginas)  •  196 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A sociedade atual é dotada de grande diversidade e constante modificação, tanto de inserção de novas condições como no surgimento de novas necessidades nos indivíduos que já compõe um meio social. Isso ocorre por conta principalmente da ação humana, onde suas ações irão determinar as condições aos quais os indivíduos estarão expostos.

O avanço da modernização e da expansão urbana faz com que entenda-se que esse processo de transformação da vida humana acompanha toda essa caminhada evolutiva, trazendo então diferentes necessidades no âmbitos sociais, econômicos e políticos. A urbanização, um dos principais pontos de mudança ao longo das décadas, associada aos aglomerados de seres reclamam então as necessidades de convivência dos seres em comunidade e integração mútua. Tais aglomerações surgem em diversas áreas do convívio em sociedade, tal qual necessitam de condições de melhoria às questões de conforto e capacidade de mobilização. A ideologia de surgimento desses aglomerados sugere que sejam tomadas medidas de forma a contemplar o acesso à maior parcela possível desse público a ser atingido.

A urbanização brasileira ocorreu com grande veemência após as décadas de 50 e 60, onde o país deixou de ser majoritariamente rural para se transformar numa localidade urbanizada e, junto com esse avanço, trazer problemas relacionados à mobilidade das pessoas nessas áreas urbanas, quer por condições de deficiente e falta de acessibilidade, ou por difícil acesso de fato, ao qual necessita-se da implementação de políticas que priorizem a mobilidade urbana da população.

Com base nesses pressupostos, esse projeto de estudo busca, por meio de levantamento de referencial teórico, buscar a compreensão das condições e necessidades de promoção de mobilidade urbana, com ênfase no trato e condições existentes na mobilidade urbana da cidade de Vinhedo, situada no interior do Estado de São Paulo.

O trabalho consiste em compreender a sistemática da mobilidade urbana e de que forma ela é destinada e empregada nos sistemas de transportes, abordando a relação entre essa mobilidade e a acessibilidade, tão comentada nos dias atuais, realizando um direcionamento à cidade de Vinhedo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Mobilidade urbana

Ao passo que buscou-se instituir o desenvolvimento no solo brasileiro, os responsáveis pela idealização dessa urbanização e expansão não se deram conta que, por conta da melhoria das condições de vida na região urbana, o êxodo rural traria uma parcela muito maior a utilizar os serviços prestados nas regiões urbana, sem que estes serviços tivessem dispositivos ou idealizações que facilitassem o acesso e pudessem comportar a demanda. Xavier (2005) elucida:

As necessidades de mobilidade cresceram de forma exponencial e os seus padrões alteraram-se significativamente nas últimas décadas, especialmente nas áreas urbanas, em consequência do desenvolvimento econômico e social. Fruto da dispersão urbanística residencial e da descentralização das atividades e serviços, a mobilidade nos espaços metropolitanos é hoje uma realidade muito diversificada e complexa, marcada pela utilização crescente de transporte individual e pela ineficiência do transporte coletivo, com consequências a nível do ruído, poluição atmosférica e agravamento das condições de sustentabilidade energética.

Com o passar do tempo, numa parcela de cinquenta nãos, a população que antes era quase que integralmente rural passou a ser quase integralmente urbana, representando um aumento de 300% na comparação entre os períodos de 1930 e 1980. Embora o avanço fosse esperado, não houve preparo para a recepção de mudanças dessa natureza, ao passo que a concepção do território urbano não estava preparada de fato para esse aumento exponencial de população. Muito disso se deve ao despreparo e falta de caracterização de políticas públicas receptivas de expansão urbana, que melhorassem o planejamento territorial e de transportes das regiões que receberiam esse aumento populacional de grande porte.

Esses conceitos passaram a ser difundidos com maior veemência somente após a publicação da Constituição Federal em 1988, onde a garantia dos direitos e deveres, por lei, estava assegurada, devendo assim as cidades buscaram meios de melhorar as condições oferecidas e assim buscar atrair uma parcela maior de pessoas dentro de seus domínio para assim visar aumento de arrecadação mediante melhoria das condições em mobilidade dentro da cidade, para assim comportar a demanda populacional da região.

Xavier (2005, p. 21) explica que:

A política de mobilidade urbana é instrumento da política de desenvolvimento urbano de que tratam os artigos 21, inciso XX, e 182 da Constituição Federal, e tem como objetivo a interação dos deslocamentos de pessoas e bens com a cidade.

Com o passar do tempo, novas políticas foram lançadas com a intenção de melhorar as condições nos âmbitos municipais, aos quais o controle pelo Governo Federal fica mais distante e dificultoso. Partindo desse pressuposto, é possível afirmar que os municípios possuem capacidade e competências suficientes para início do trato com os problemas que afetam a área. Com a posse da legislação e de condições de execução de projeções para a melhoria das condições de mobilidade, o Planejamento Urbano mostra-se extremamente efetivo do ponto de vista gerencial das atividades, definindo assim de que forma é possível buscar as melhorias nas regiões, quais as localidades e ações que apresentam-se com maior necessidade de intervenção e quais os pontos positivos dentro do contexto da mobilidade que podem auxiliar na melhoria do sistema como um todo.

2.2 Mobilidade urbana e os transportes

De acordo com os conceitos já abordados, é possível identificar que a mobilidade dos meios de transporte e, consequentemente, dos indivíduos de uma determinada região, acompanham o crescimento e desenvolvimento urbano local, ainda que esse ocorra de forma desordenada e desigual em determinadas regiões (GWILLIAM, 2003). O transporte é o principal recurso que ilustra a capacidade de mobilidade de um determinado local, estando diretamente ligado entre a oferta e as necessidades, origens e destinos, assim como separa a classe trabalhadora de seu local de trabalho, principalmente, ou então da locomoção por outras motivações.

O meio de transporte é um item de desenvolvimento, estando nele o reconhecimento de necessidade sobretudo à população de baixa renda, sendo ele

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