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A VALORIZAÇÃO DO AUXILIAR DE CRECHE E SUA IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Trabalho Escolar: A VALORIZAÇÃO DO AUXILIAR DE CRECHE E SUA IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/5/2014  •  5.114 Palavras (21 Páginas)  •  2.038 Visualizações

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RESUMO:

Este artigo se fundamenta a partir da vivência do trabalho do auxiliar de creche, reconhecendo sua importância, tanto para o professor quanto para o aluno, visando o desenvolvimento de uma educação de qualidade, onde a criança, foco principal deste trabalho seja atendida de maneira eficaz, buscando seu desenvolvimento global. Tal problematização surge a partir da prática destas formandas nas creches públicas municipais de Angra dos Reis, onde atuam e/ou atuaram como docentes. Numa luta pelo reconhecimento de seu trabalho, os auxiliares de creche uniram-se num processo para valorização de sua categoria junto ao Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), pois neste município tal categoria aparece como uma das mais desvalorizadas em todo organograma municipal. Conhecendo o trabalho desenvolvido por estes profissionais, sua importância na formação do indivíduo e principalmente, levando em consideração o que aponta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei 9.394/96, onde as instituições de creche devem deixar de ser vistas como “depósito de crianças”, não mais vinculadas à Assistência Social, passando a ser consideradas instituições educacionais, percebemos a necessidade de apoiar esta categoria. O auxiliar tem papel fundamental no desenvolvimento emocional e social da criança, assim como na relação entre professores e toda comunidade intra e extra educacional. Estes são fundamentais no processo educativo das crianças e por conseguinte devem ser valorizados como tal. Em incessante pesquisa, observações da prática diária e entrevista com todas as categorias, este trabalho proporciona a reflexão acerca da necessidade de reavaliar as ações desenvolvidas pelo auxiliar de creche.

Alunos do 8º período do curso de Pedagogia da FAEL.

2 Pedagoga licenciada em Pedagogia, especialista em Psicopedagogia e mestre em Filosofia. Distância, professora do curso de Pedagogia e da Pós-Graduação da FAEL.

Palavras-chave: Qualidade; metas; ação; capacitação; compromisso e valorização

INTRODUÇÃO:

O trabalho que ora apresentamos, surgiu de um questionamento que nos deparávamos nas atividades rotineiras, dentro de nossa área de atuação profissional, isto é, a creche. A maior parte dos textos elaborados foram produzidos advindos das observações cotidianas deste espaço. E, muito particularmente do trabalho dos auxiliares, já que este é nosso objeto de estudo.

Cabe ressaltar que tomamos como base geradora deste trabalho, apenas a que é vivida pelo setor público do município de Angra dos Reis. Porém, estendemos nossa pesquisa por setores particulares desta cidade e também por relatos informais de colegas de outras cidades, além de leitura de textos científicos.

A questão da valorização profissional do auxiliar de creche não se dá apenas no âmbito salarial, mas requer uma reflexão acerca dos valores em educação, ao qual estão inseridos. Desta forma, procuramos buscar através da história da criação de creches, referências para o entendimento deste assunto.

A questão é complexa. Vimos que a transformação da sociedade no decorrer do tempo impõe também uma mudança no comportamento daqueles que pensam e atuam com os projetos pedagógicos voltados para as creches.

Queremos destacar que o auxiliar da creche pública busca considerar o exercício de suas atividades com as crianças, como profissionais da área educacional e isto nos instigou.

DESENVOLVIMENTO E DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS:

1. Creche – Constituição histórica

Ao nos reportarmos aos tempos remotos, deparamo-nos com a história da criação das creches. Com a Revolução Industrial ocorrida no século XVIII, na Europa, surgiu uma grande demanda à mão de obra feminina. Em consequência disto, houve uma desestabilização da estrutura familiar, pois a mulher/mãe era a responsável pela criação e educação de seus filhos. Com sua entrada no mercado de trabalho, houve uma grande incidência de crianças pequenas que acabavam ficando em casa sozinhas. Consequências como a mortalidade infantil elevada, desnutrição e acidentes domésticos são fatores relacionados ao fato, despertando atenção de religiosos, educadores e empresários. Criam-se então as creches, a fim de minimizar tal situação. Estas instituições seguiam uma ótica assistencialista e filantrópica. Após mais de três séculos, a visão assistencialista da creche ainda é muito presente na sociedade. Esbarramos com a secção entre as ações que ocorrem diariamente nas creches, onde o cuidar e o educar por muitas vezes são vistos como fatos diferenciados.

Porém estudos e leis vêm sendo criadas para mudar esta denominação e caracterização. Com a constante evolução do mundo, percebe-se à necessidade de verificação dos diversos trabalhos realizados no dia a dia da creche.

A socialização da criança pequena em creche atendeu à necessidade dos tempos atuais. No Brasil tem acompanhado os acertos e desacertos da política educacional do país, tornando difícil o reconhecimento desse atendimento como um espaço genuinamente educativo. Confundindo-se no assistencialismo que marcou seu surgimento, ainda hoje os educadores de creche precisam elaborar as contradições daí decorrentes (LANGER, 1992, p. 123).

Acreditamos que a questão assistencialista é inferior à educação e, mesmo tais instituições terem sido criadas com o objetivo de “atender as mães trabalhadoras”, estas possuem um caráter educativo em sua organização, estando de acordo com a LDB, que coloca que a “Educação Infantil é a primeira etapa da Educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral de crianças de zero a seis anos em creches e pré escolas, compreendendo os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais”.

2. O auxiliar de creche – Objeto de estudo

Para desenvolver esta idéia, foi necessário ampliar o raio de reflexão acerca do assunto.

Assim, dada à importância da questão, buscamos observar a rotina desses profissionais em suas atividades diárias, ressaltando novamente que tal rotina faz parte das creches que atuamos.

Nestas unidades as crianças são divididas em fases/atividades: Berçário 2 – de 1 ano a 2 anos; Atividade 1 – de 2 anos a 3 anos; Atividade 2 – de 3 anos a 4 anos. Há também turmas de Atividade 3 – de 4 anos a 5 anos, porém estas funcionam em meio período, obedecendo o

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