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AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DO TRABALHADOR

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Por:   •  23/10/2014  •  6.697 Palavras (27 Páginas)  •  410 Visualizações

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AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DO TRABALHADOR

Esta pesquisa centraliza­se no exame de como a lógica de competências

exacerba o processo de individualização das relações de trabalho. Atualmente, vivenciamos novas formas de gestão desenvolvidas no interior de

organizações que acarretam mudanças mundiais. Os níveis hierárquicos diminuídos, a

valorização da educação, bem como a educação profissional, a terceirização e a

flexibilização das empresas são características de um novo momento do trabalho,

paradoxalmente à rigidez da produção do sistema taylorista­fordista. Uma das conseqüências desse processo é a valorização do trabalho em equipe e

do trabalhador polivalente.

Para entendermos como se dá o processo de formação desse trabalhador,

devemos, primeiramente, abordar as grandes transformações que o trabalho sofreu em

sua forma de gestão, com seus atores sociais e as inovações tecnológicas

organizacionais. A substituição do sistema taylorista­fordista para um novo paradigma baliza o

redirecionamento da economia capitalista. Tanto o taylorismo como o fordismo foram

marcados pela racionalização da produção, divisão e a especialização do trabalho, assim

como pela mecanização e pela produção em massa. No final dos anos sessenta esse modelo de produção começou a perder espaço,

visto que já não conseguia suprir a necessidade da produtividade, revelando sua

inoperância. Muitas pesquisas já foram realizadas em busca da tentativa de se explicar a

crise do sistema taylorista­fordista e muitas apontam que o quadro da crise foi gerado2

por três motivos: crise econômica, crise do sindicalismo e crise dos modos tradicionais

de autoridade patronal. O “modelo japonês” surge, então, para responder à concorrência internacional.

Baseado na flexibilidade dos processos de trabalho, dos produtos e dos mercados,

marcou a produção em pequenas séries e a participação do trabalhador nos objetivos

empresariais. Na perspectiva de alguns autores, o modelo flexível japonês foi precursor

por considerar a subjetividade dos operários como o fator mais importante da empresa. Essa mudança de paradigma taylorista­fordista para o modelo japonês firma um

novo significado ao trabalho. As tarefas diferenciadas ocupam o lugar da produção

repetitiva, exigindo maiores habilidades e conhecimentos para o manuseio das

máquinas. Mudando o trabalho muda o tipo de trabalhador requerido. De um lado, os

trabalhadores do modo de produção taylorista­fordista são “não­qualificados”, e o

processo não é totalmente dependente de seus operários. Do outro lado, o modelo de

produção japonês (just­in­time) é fortemente dependente dos seus operários que mantém

uma relação de cooperação com a empresa. A flexibilização, nascida do modelo japonês, necessita desta forma, de

trabalhadores multiqualificados e habilidosos, e com o acréscimo de novas tecnologias,

a conseqüência desse processo é o desemprego. Portanto, no atual contexto de internacionalização da produção e da economia, o

poder dos Estados Nacionais é transferido para as grandes corporações. Desta forma,

essas organizações cada vez mais assumem o papel de definidoras e concretizadoras de

políticas públicas, principalmente, no que se refere a esfera educacional. Conseqüentemente a essas transformações, o trabalhador se vê inserido em

grandes e constantes desafios. O desafio de acompanhar as mudanças do dia­a­dia, da

competição do mercado global, o desafio de aliar­se às novas tecnologias e o desafio de

saber agir diante de um ambiente em permanente transformação. Contrariamente, os indivíduos são responsabilizados pelo seu processo de

formação, desobrigando o Estado e as empresas. Diante disso, acentua­se uma competição exacerbada, “obrigando” trabalhadores

a se engajarem em padrões de qualificação e capacitação. Portanto, ao contrário do modo de gestão taylorista­fordista, que exigia

conhecimento e habilidades parciais, neste novo processo decorrente da globalização, o

sujeito é integrado e inculcado nos objetivos empresariais. Ou melhor, os objetivos

empresariais também são os objetivos dos trabalhadores, marcando assim, um novo3

modelo de gestão onde não há o antagonismo de interesses entre capital / trabalho e na

qual, os investimentos no processo formativo tornam­se um diferencial.

As novas exigências do mercado de trabalho e o novo cenário do mundo do

trabalho demandam um profissional que invista nele mesmo, pois o mundo globalizado

espera que o trabalhador seja cada vez mais polivalente, multifuncional, criativo,

flexível, comprometido e pronto para atender às necessidades do mercado. Portanto, é nesse cenário social contraditório que esta pesquisa está inserida,

focalizando a formação do trabalhador no sistema formal de ensino. As tendências do mundo contemporâneo de adaptar as políticas públicas,

principalmente de educação profissional e de instituições

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