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ASSISTENTE SOCIAL NO CAPS

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Por:   •  6/11/2014  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  1.107 Visualizações

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Antes de iniciar uma discussão que nos aproxime da definição de saúde/doença mental, é importante apresentar o significado de saúde propriamente dita, sendo assim, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde): “Saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social”, ou seja, a ausência de doenças não é o único determinante, pois tal conceito se mostra abrangente, considerando todas as relações que os indivíduos encontram-se inseridos e que rebatem em seu cotidiano,

podendo resultar em conseqüências de ordem econômica, política ou social e que

acabam por influenciarem em seu bem-estar em todos os aspectos.

Tratar do assunto saúde mental requer o mínimo de discernimento para não se deixar influenciar pelo intenso preconceito que o tema carrega consigo, até mesmo em questões simples como ao se referir aos PTM’s que são freqüentemente intitulados de louco, maluco, doente mental, retardado, entre outros termos estigmatizantes que apenas contribuem para a reprodução da discriminação.

Ainda hoje, falar sobre a saúde mental é desconfortável para os portadores de algum transtorno mental, familiares, Estado e até mesmo alguns profissionais que atuam nesta área, isto porque historicamente os transtornos mentais receberam as mais diferentes interpretações, sendo que algumas delas ainda permanecem, sendo lançadas pelo senso comum.

Não existe uma causa única que ofereça uma explicação acerca dessa condição que acomete tantas pessoas dos diferentes níveis culturais, econômicos e sociais, causando-lhes sofrimento e também o desgaste e a rejeição por parte daqueles que o rodeiam, que não se sentem preparados ou se negam a aceitar esta situação (BUSSULA, OLIVEIRA e VOLPATO, 2014).

Apesar da necessidade evidente de se considerar o sujeito, e valorizar tudo o que o consitui, é importante ressaltar que algumas explicações para os transtornos mentais estão vazias de qualquer fundamento e por mais absurdas que sejam não é difícil encontrarmos quem, ainda hoje, pense dessa forma, felizmente em menor número, pois entendia-se que a loucura era resultante da possessão de maus-espíritos que atingiam aqueles que em algum momento mereceu que isto acontecesse, como forma de pagar por algum erro, ou então, pela falta de vontade ou fraqueza de caráter do indivíduo, que se vê em posição favorável para não assumir suas responsabilidades, por exemplo, com o trabalho.

Sobre esta concepção de loucura, Phllipe Pinel é um referencial ao se falar em saúde mental, pois no século XVIII traz um entendimento diferenciado acerca do assunto, cuja loucura é apresentada como um distúrbio do sistema nervoso, ou seja, tratava-se de uma doença, colocando a possibilidade de cura e denunciando as barbaridades contra os pacientes no intuito de contenção das crises, e enquanto médico psiquiatra propôs algumas mudanças como o treinamento para os funcionários desses hospitais e o fortalecimento do vínculo do doente com os seus familiares (BUSSULA, OLIVEIRA e VOLPATO, 2014).

Neste sentido, percebe-se que por haver tantas variações a saúde mental é um importante objeto de problematizações, por envolver principalmente o receio diante do desconhecido, o que provoca tanto preconceito e isolamento para com os portadores de doenças mentais, problematizações que não devem

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