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ATPS FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II

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Por:   •  1/6/2014  •  1.804 Palavras (8 Páginas)  •  554 Visualizações

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ATPS FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II

1 INTRODUÇÃO 5

2 MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL 6

3 CORRENTE POSITIVISTA 9

4 CORRENTE FENOMENOLOGICA 10

5 DIALÉTICA 11

6 CONCLUSÃO 12

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 13

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo principal a reflexão e compreensão sobre a importância do Movimento de Reconceituação para a profissão do Assistente Social.

Apresentaremos como se deu esse processo de reconceituação e renovação da profissão, e quais foram os motivos que levaram os profissionais a romper com o hegemonismo e o conservadorismo, e buscar uma modernização e uma revisão teórico metodológica adaptado à realidade brasileira.

Buscando um referencial teórico e no sentido de discutir novas formas de atuação os Assistentes Sociais se reuniram em seminários, estes eventos originaram uma série de documentos que até hoje constituem como importante e rica fonte de pesquisa.

Analisaremos também a influência das correntes filosóficas: Positivismo, Fenomenologia e Dialética no Serviço Social.

Diante dessa nova perspectiva de modernização e teorização, mostraremos o caminho trilhado pelo Serviço Social para chegar até a profissão respeitada e multiprofissional que existe hoje.

2. MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL

O Serviço Social tem sua gênese vinculada à filantropia atrelada aos interesses da classe burguesa.

A expansão do Serviço Social ocorreu a partir da aceleração da industrialização e da ascensão do capitalismo, quando os profissionais da área eram usados de forma indireta para amenizar os conflitos surgidos pela crescente classe operária.

Por volta da metade do século XX o Serviço Social brasileiro embora já estivesse em um processo de ruptura com a concepção filantrópica, se via agora pautado na metodologia norte-americana e sob a hegemonia da autocracia burguesa.

Diante da necessidade de romper com as formas tradicionais da profissão e de se adequar com a realidade Latino Americana, dentro do contexto histórico do regime militar no Brasil, num momento em que novas políticas sociais são implantadas e novas demandas práticas são colocadas ao Serviço Social, deu início o movimento de reconceituação do Serviço Social.

Este processo de reconceituação acontece na crise do Serviço Social tradicional e é conceituado por Netto como:

o conjunto de características novas, que no marco das contrições da autocracia burguesa, o Serviço Social articulou [...] procurando investir-se como instituição de natureza profissional dotada de legitimação prática, através de respostas as demandas sociais e da sua sistematização, e de validação teórica, mediante a remissão às teorias e disciplinas sociais.

Neste movimento os profissionais buscavam por uma renovação, uma modernização, uma reatualização, uma identidade profissional, uma funcionalidade, uma teorização das práticas, enfim uma especificidade para a categoria.

O momento era de reflexão e de mudança interior da profissão, neste fase surgem os Assistentes Sociais com um pensamento marxista, como pode ser confirmado pela autora:

O que importa ressaltar – para os fins da presente análise – é que se a descoberta do marxismo pelo Serviço Social latino-americano contribui decisivamente para um processo de ruptura teórica e prática com a tradição profissional, as formas pelas quais se deu aquela aproximação do Serviço Social com o amplo e heterogêneo universo marxista foram também responsáveis por inúmeros equívocos e impasses de ordem teórica, política e profissional cujas refrações até hoje se fazem presente ( Iamamoto, 2001, p.210).

Nesta fase de transição para a modernização das praticas do Serviço Social,no sentido de repensar o objetivo de atuação e questionar suas limitações teóricas, os profissionais se reúnem em seminários promovidos pelo CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais). Nesses seminários foram construídas varias teorias básicas e formulados documentos de extrema importância para consolidação da profissão.

O primeiro Seminário de Teorização do Serviço Social foi o de Araxá, tinha como objetivo discutir e repensar em maior profundidade a teoria básica do Serviço Social e sua metodologia em dois níveis, microatuação e macro atuação. A micro discute a pratica profissional voltada para os serviços diretos, ou seja, operacionais, já a macro está voltada para que os Assistentes Sociais sejam capazes de formular, planejar e desenvolver políticas.

A proposta do documento de Araxá era colocar o Assistente Social não apenas como mero executor das políticas sociais, mas como capazes de formulá-las e administrá-las, ou seja, rever a funcionalidade da profissão dentro do contexto Brasileiro.

O segundo seminário realizado em Teresópolis ofereceu uma concepção mais articulada para a metodologia e pratica do Serviço Social frente à realidade Brasileira, pois o aprofundamento da ordem societária marcada pela modernização impunha uma revisão do Serviço Social tradicional.

A relevância deste seminário foi à interlocução com outras áreas, a busca por pesquisa e produção de conhecimento, enfim o desenvolvimento de um mínimo de cientificidade no âmbito da profissão.

O Terceiro Seminário realizado em Sumaré foi o marco da perspectiva de reatualização do Serviço Social segundo Netto, pautado na crítica ao positivismo, à temática discutida pelos Assistentes Sociais foi à cientificidade, a Fenomenologia e a Dialética.

Já o Seminário Alto de Boa Vista, o quarto realizado tinha como objetivo analisar os documentos de teorização elaborados anteriormente em Araxá, Teresópolis e Sumaré, e produzir um quarto documento, visando constituir a base do conhecimento sobre a profissão e orientação sobre novas abordagens e praticas concretas mais atuais.

Para entendermos o conteúdo dos documentos produzidos nos seminários, precisamos nos aprofundar no conhecimento das correntes filosóficas nas quais os mesmos estão pautados.

3. CORRENTE POSITIVISTA

O positivismo

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