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ATPS alfabetização e letramento

Tese: ATPS alfabetização e letramento. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/10/2013  •  Tese  •  2.107 Palavras (9 Páginas)  •  323 Visualizações

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ATPS LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

ESTÁ ALFABETIZADO É:

Se desenvolver em um contexto de letramento como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfabetização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas. Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. Estar alfabetizado é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser.

Portanto, entendemos que tanto o letramento, quanto a alfabetização, são essenciais a educação, pois são princípios para uma educação de qualidade. O letramento é o processo de conhecimento das letras, ou seja, dos símbolos fundamentais de nossa linguagem, sem o conhecimento destes não podemos nos relacionar com as informações constantes no mundo (principalmente com um mundo como o que estamos vivendo em que a base de tudo são as informações que, na velocidade da tecnologia, não conseguem parar por muito tempo para serem processadas, pois vão se alterando com uma lógica do não poder esperar). A alfabetização e o letramento são fundamentos da educação e devem ser encarados como essenciais para que as crianças atinjam um nível satisfatório de compreensão do mundo atual.

Na verdade, o processo de alfabetização começa quando o sujeito se vir envolvido com a exigência do saber ler e escrever para resolver situações cotidianas. Ao mesmo tempo em que vão compreendendo seus significados, vão compreendendo a função da escrita no dia-a-dia. Com o tempo nota-se que certas práticas de leitura e escrita já não são suficientes para o sujeito atuar no mundo letrado, pois a complexidade de nossa sociedade faz com que surjam as mais variadas práticas de uso da língua escrita. Soares (2003) supõe que os saberes aprendidos dentro e fora da escola são assimilados de maneiras diferentes e devem ser levados em conta quando pensamos em educação e, de modo mais específico, quando se trata de conhecimento de língua.

O professor deve garantir que as práticas escolares ajudem a refletir enquanto aprende e a descobrir os prazeres e ganhos que se pode experimentar quando a aprendizagem do sistema de escrita é vivenciando como um meio para, independentemente, exercer a leitura e a escrita dos cidadãos letrados. Para que isso aconteça é preciso que a criança aprenda a ler lendo, a escrever escrevendo, que ela esteja em um ambiente alfabetizador que permita que ela leia o mundo, e que esse mundo tenha um sentido.

Sabe-se que é no período da alfabetização que as crianças são desafiadas, a pensarem sobre a escrita e o que ela representa na sociedade. Já o desafio do professor é maior, pois vai além de ensiná-los a ler e escrever é preciso criar mecanismos que proporcione e que envolvam práticas sociais de leitura e escrita, pois além de alfabetizar, é preciso também criar situações de letramento, pois além de saber decifrar o código escrito é preciso que o aluno entenda para que, para quem e por que o texto foi escrito, e também qual a função dos diferentes tipos de textos, e como eles se desempenham nos contextos sociais em que circulam, investindo assim na construção da cidadania e considerando a leitura como uma ferramenta importante para conhecer e compreender o mundo.

Assim nota-se a importância da escola na vida do cidadão, mesmo existindo essa diferença de conhecimentos, cabe ao professor fazer a junção desses conhecimentos e colocá-los em prática. Para isso é preciso que se proponha trabalhos com diferentes gêneros que circulam na sociedade, jornais, cartas, fabulas, lendas, informes publicitário, receitas, convites, poesias, cantigas, parlendas...,pois a criança aprende como são usados os diversos materiais de leitura e o propósito comunicativo de cada um, tendo como base para o trabalho as situações enfrentadas no seu dia-a-dia, atendendo assim as exigências da sociedade.

3 - A Aquisição da Escrita Pela Criança na Alfabetização e Letramento

O trabalho de Carlos Alberto Faraco (2003), em Escrita e Alfabetização, é muito relevante e nesse artigo traçaremos em síntese o percurso seguido por esse teórico em suas considerações sobre a alfabetização. Como assinalamos acima, algumas vezes uma mesma letra recebe pronúncias diferentes em diferentes variações regionais ou sócio- culturais. Mas, muitas vezes, também a diferença entre a grafia e o som não depende de variação, mas de mudanças na estrutura gráfica da língua.

A reforma ortográfica que aconteceu recentemente é marca da convenção que regula a escrita da língua. Além disso, Faraco (2003) nos lembra que a língua possui uma memória etimológica, ou seja, as palavras carregam em sua grafia os antigos padrões da língua que deu origem à nossa. Como o português é uma língua latina, a maioria de nossas palavras possui raiz que remonta ao latim antigo. E outras palavras oriundas de línguas africanas, indígenas ou européias trazem dessas línguas o modo de escrever. Esse fato determina o trabalho do docente alfabetizador. É preciso que no decorrer do letramento, o alfabetizando entenda que, “há certa dose de representações arbitrárias, as quais exigem estratégias cognitivas próprias. Ele [o aluno] deverá saber [...] em que casos pode haver situações arbitrárias; deverá saber que é preciso memorizar a forma das palavras (FARACO, 2003, p. 10).

A marca que muito nos satisfaz no trabalho de Faraco (2003) está no fato que ele cria mecanismos de alfabetização que não exigem o apagamento cultural da criança. Para o autor, O fato de ter havido mudança na grafia de algumas palavras e de a mudança ter criado uma situação arbitrária, não significa que o brasileiro antes de ser alfabetizado tenha de ‘corrigir’ sua pronúncia; “não significa também que o professor tenha que introduzir uma pronúncia artificial na sala de aula para que o aluno não ‘erre’ [...]” (p. 12).

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