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AV 3 TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Por:   •  16/2/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.211 Palavras (9 Páginas)  •  377 Visualizações

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Introdução:

O presente relatório tem como por objetivo, relatar sobre os acidentes ocorridos no Hospital Nossa Senhora das Aflições, salientando, os dados da análise dos dados, medidas existentes e medidas preventivas e corretivas para que novos acidentes sejam evitados. A Segurança do Trabalho é imprescindível na garantia de um ambiente adequado, preservando a integridade de funcionários, pacientes e acompanhantes. O ambiente de trabalho hospitalar tem sido considerado insalubre, por agrupar pacientes portadores de diversas enfermidades e viabilizar muitos procedimentos que oferecem riscos de acidentes e doenças para trabalhadores da saúde.

                                                   RELATÓRIO

          Saúde e Segurança do Trabalho – Volume 2

Relator: 

Data: 02/02/2020

Empresa:  Hospital Nossa Senhora das Aflições

        

1° Etapa: Descrição comentada dos acidentes:

  • Servidor: João das Neves

        

          Em dois de fevereiro de dois mil e doze, por volta de 10h15min, por ordem do médico intensivista, o enfermeiro João das Neves realizou procedimento ambulatorial junto ao paciente. Em função de um movimento não intencional do paciente, o funcionário veio cortar a base do polegar da mão-esquerda com um bisturi, o corte foi retilíneo e profundo. O fato aconteceu no Box 3 da CTI do Hospital Nossa Senhora das Aflições em MG, o servidor necessitou afastar-se do ambiente de trabalho durante três dias para minimizar os riscos de contaminação cruzada. O funcionário estava em conformidade na utilização de todos os EPI necessários à sua função e estavam presentes no local a enfermeira chefe Maria das Graças Cruz e a auxiliar de enfermagem Vera Gamboa. Sendo o último dia trabalhado em primeiro de fevereiro de dois mil e doze.

  • Servidor: Maria do Rosário

Em dez de fevereiro de dois mil e doze, por volta de 13h45min, no setor da lavanderia a operadora de máquina Maria do Rosário Silva ao tentar recolher uma peça de roupa que caíra atrás da máquina de lavar, bateu acidentalmente com a perna direita na válvula de dreno da máquina de lavar, acarretando sua abertura e liberando vapor o que determinou a lesão. Devido ao jato de vapor, a parte atingida corresponde a 2/3 da face lateral da perna direita da funcionária que ocasionou queimaduras de segundo grau. A servidora no momento do acidente estava em conformidade utilizando os EPI pertinentes à sua função. Estavam presentes no local camareira Paula Medeiros e o vigia André Damasceno. Foi necessário afastamento de suas funções durante 2 dias, sendo o último dia trabalhado em dez de fevereiro de dois mil e doze.

  • Servidor:  Tiburcio da Silva

        

Em quinze de fevereiro de dois mil e doze, por volta de 05h10min, o operador ao deslocar-se com a máquina de Raio X para atendimento conforme orientação médica, não observou a sinalização de piso molhado no corredor do Hospital Nossa Senhora das Aflições. Escorregou e bateu com a região lombar no balcão existente no corredor. O servidor estava em conformidade utilizando todos EPI necessários à sua função e o local estava sinalizado com EPC. Estavam presentes no local a enfermeira Rosa Maria Gusmão e a auxiliar de serviços gerais Ivete Gonçalves. Não foi necessário afastamento da função.

   

  • Servidor: Luiz Paulo Cunha Macedo

        

Em treze de fevereiro de dois mil e vinte, por volta de 16h30min, no setor da Manutenção ao deslocar-se rapidamente para outra área do hospital, o mecânico Luiz Paulo C. de Macedo bateu com o antebraço esquerdo no volante da válvula da tubulação de amônia. Não houve maiores consequências. O funcionário estava em conformidade na utilização todos os EPI necessários à sua função.  Estavam presentes no local a auxiliar de manutenção Mônica Ribeiro e a recepcionista Soraia Machado. Não foi necessário afastamento da função.

  • Servidor:  Mauricio Pedrotti

Em dezoito de fevereiro de dois mil e doze, por volta de 18h33min, na sala de recuperação 1, ao realizar manobra de transferência de um paciente obeso da maca para o leito, o auxiliar de enfermagem Mauricio Pedrotti sofreu lesão na coluna lombar ocasionando lombalgia de esforço. O funcionário estava em conformidade na utilização de todos os EPI necessários à sua função. Estavam presentes Chefe da enfermagem Pedro Moraes e a auxiliar de enfermagem Joana Emengarda da Luz.  Foi necessário o afastamento do servidor por 7 dias, sendo o ultimo dia trabalhado em treze de fevereiro de dois mil e doze.

  • Servidor:  Rosalina Carvalho

Em vinte e seis de fevereiro de dois mil e doze, por volta de 2h20min, na sala de CTI – Box 3, ao substituir o escalpo da paciente com AIDS do Box 3, a auxiliar de enfermagem Rosalina Carvalho veio a sofrer um acidente punctório no segundo QDD. Mesmo utilizando os EPI necessários e ter realizado sua atividade de acordo com os padrões estabelecidos e participando de treinamentos específicos sobre este tipo de agente, o acidente perfurocortante ocorreu. Estavam presentes Chefe da enfermagem Roque Soares Moreno e auxiliar de enfermagem Saulo Reis.  Sendo necessário o afastamento do servidor por 10 dias. Sendo o último dia trabalhado em vinte e cinco de fevereiro de dois mil e doze.

2° Etapa: Análise comentada dos dados:

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  • Acidentes por setor:

Durante o mês de fevereiro de dois mil e doze, o setor que mais apresentou acidentes foi o CTI com 50 % dos acidentes, tais como corte com bisturi e queda.

 

  • Acidentes por sexo:

Em análise gráfica os dados mostram que 67% são homens e 33% são mulheres. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada no último dia de junho de dois mil e dezesseis, os homens se acidentam mais no trabalho que as mulheres. Por vários motivos, tais como: não se atentarem aos detalhes, não gostam de perder tempo atrapalhando sua produtividade, preferem aceitar um determinado nível de risco.  A pesquisa demonstra que os homens gostam de praticidade e velocidade  

  • Acidentes com e sem afastamento do trabalho:

Os dados mostram que 67% dos acidentes resultaram no afastamento dos servidores e 33% dos acidentes os servidores não precisaram se afastar do ambiente de trabalho. O afastamento do trabalhador não é bom para empresa e nem para o trabalhador.  A empresa precisa reprogramar suas atividades para a substituição do funcionário acidentado e os gastos com o possível afastamento. Para o funcionário acarreta problemas físicos, psicológicos e financeiros.

  • Acidentes por tipo de lesão:

Os dados mostram que houveram lesões diversificadas, apenas uma para cada tipo de lesão por acidentes. Sendo atingidas partes diferenciadas.

  • Acidentes por tipo de função:

Com 33% a função de auxiliar de enfermagem obtive o maior número de acidentes diante das 5 funções analisadas. Em virtude de terem contato com substancias orgânicas, onde se inclui o contato com sangue, urina, expectoração e outros. E também são expostos ao perigo por utilizarem instrumentos cortantes. Alguns com sobre carga de plantões não conseguem ter o descanso necessário.

3° Etapa: Medidas existentes:

  • Em todos os acidentes apresentados os servidores estavam em conformidade na utilização de EPI para a função que desempenhavam.

  • Servidor 1: João das Neves: O servidor utilizava luvas cirúrgicas para proteção bacteriológica para poder desempenhar com melhor aptidão o manuseio com o bisturi. Não cabendo outro tipo de EPI para realização da tarefa. A utilização de objeto perfurocortante já caracteriza um perigo eminente, onde no seu manuseio podem ocorrer variantes de risco, mesmo existindo proteção e equipamentos de segurança. O servidor imediatamente comunicou seu supervisor o acontecido que realizou todas as medidas cabíveis resultando o afastamento do servidor. Que durante este período de afastamento serão estipuladas as ações que serão tomadas, realizações de exames caso sejam necessários e o CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
  • Servidor 2: Maria do Rosário:  A servidora cometeu um ato inseguro ao reagir impulsivamente, não se atentando e não visualizando o espaço que teria que abaixar para pegar a peça de roupa. Cabe analisar se a válvula está em um lugar seguro e se possui dispositivo de proteção que impeça de segmentos corporais realizem o acionamento por acidente. Será realizada vistoria no local e se há sinalização adequada no local e avaliação. CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) realizado.
  • Servidor 3:  Tiburcio da Silva: O corredor deveria estar isolado já que estava molhado. O servidor cometeu ato inseguro ao movimentar com o aparelho de Raio X sozinho, sendo que a máquina é de grande porte e atrapalha na visualização. O balcão mesmo sendo pequeno se tornou um risco físico tornando-se o agente da lesão, por estar em um corredor onde circulam muitas pessoas, onde deveria ser de livre acesso. CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) realizado.
  • Servidor 4: Luiz Paulo Cunha Macedo:  O servidor saiu rapidamente cometendo um ato inseguro e encosta na válvula de amônia. Por ser um local de passagem a válvula deverá estar em local correto e altura certa para que não aja acionamento por acidente. CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) realizado.
  • Servidor 5:  Mauricio Pedrotti: O servidor cometeu ato inseguro ao realizar a remoção de um paciente obeso sozinho. Se expondo ao risco ergonômico levantando peso acima de sua capacidade. O servidor cometeu um ato inseguro não adotando mecânica corporal correta, na movimentação de pacientes de forma a preservar a sua saúde e integridade física.

Era necessário a ajuda de outros profissionais. CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) realizado.

  • Servidor 6:  Servidor: Rosalina Carvalho: A utilização de objeto perfurante deve ser a realizada conforme treinamento, diante do risco, já que qualquer ação insegura pode ocasionar um acidente.  A avaliação do estado emocional do paciente, se apenas um profissional seria capaz de conte-la antes de iniciar qualquer manobra. O servidor imediatamente comunicou seu supervisor o acontecido que realizou todas as medidas cabíveis resultando no afastamento do servidor. Que durante este período de afastamento serão estipuladas as ações que serão tomadas, realizações de exames caso sejam necessários e o CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).

        

4° Etapa: Medidas a serem implantadas:

  • Avaliação se o profissional de enfermagem tem treinamento e habilidade para o manuseio de objetos perfurocortantes;
  • Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Matérias Perfurocortante, conforme diretrizes da NR 32;
  • Verificação e análise das escalas dos profissionais de enfermagem se estão respeitando o tempo de descanso.
  • Realização de DDS em todos os setores, análise dos dados e treinamento;
  • Levantamento e análise das não conformidades dos setores envolvidos em acidentes que se tornaram ambientes inseguros;
  •  Se o procedimento realizado era cabível ao enfermeiro proceder;
  • Realização de treinamento inteligência emocional para o funcionários, para avaliarem o estado emocional e psíquico do paciente. Priorizando a saúde mental dos servidores e pacientes;
  • Implementação do PQV (Programa Qualidade de Vida);
  •  Em treinamento priorizar a informação, caso seja necessário, atar ou imobilizar o paciente para que o procedimento aconteça de forma segura para servidor e o paciente;
  • Avaliação e sinalização da lavanderia com indicação de risco térmico;
  • Análise para adoção e adequação conforme NR 13 na lavanderia;
  • Treinamento para que as não conformidades sejam sinalizadas imediatamente como por exemplo o chão molhado. Medidas preventivas sejam rapidamente implantadas como por exemplo: quando o chão está molhado deverá ser isolado até que esteja em condições de tráfego;
  • Verificação se o número de profissionais atendem à demanda da sala de recuperação;
  • PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), com cadastro atualizado e operante;
  • Realização do CAT com ou sem afastamento;
  • PPRA, com avaliação uma vez por ano, avaliando as condições de trabalho;
  • Criação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH;
  • SESMT e CIPA atuantes promovendo a realização de atividades de conscientização e fortalecendo a rede de prevenção de acidentes entre os colaboradores.

Considerações:

Em análise do relatório do mês de fevereiro de dois mil e doze, pode-se dizer que o Hospital Nossa Senhora das Aflições, realiza medidas preventivas, treinamentos e a utilização de EPI e EPC. Mesmo utilizando ferramentas de prevenção e treinamentos o Hospital não conseguiu eximir os acidentes, já que os riscos em um hospital são de larga escala. Diante dos atendimentos realizados mês de fevereiro podemos afirmar que os acidentes foram em baixa escala no ambiente laboral. Cabe ao hospital continuar a luta em eliminar risco. Buscando a Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de saúde conforme NR 32.

Conclusão:

Os esforços precisam se concentrar incialmente na eliminação dos perigos e/ou eliminação de riscos não permitindo interação direta entre pessoas  e perigo. A melhoria nas condições laborais são uma busca continua na execução de tarefas. Grande parte dos acidentes ocorreu por falhas humanas e por isso a qualidade de vida no trabalho se torna primordial, mas a observância dos riscos ocupacionais e as medidas de segurança se tornam um desafio diário diante de um ambiente insalubre.

Fonte:  https://segurancaocupacionales.com.br

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