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Acessibilidade

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Por:   •  15/9/2014  •  Relatório de pesquisa  •  10.549 Palavras (43 Páginas)  •  303 Visualizações

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DESENHO UNIVERSAL

ACESSIBILIDADE

“Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia, de edificações, espaços, mobiliários, vias públicas, equipamentos urbanos e transporte coletivo.” (ABNT NBR 9050:2004)

O conceito de Desenho Universal, criado por uma comissão em Washington, EUA, no ano de 1963, foi inicialmente chamado de “Desenho Livre de Barreiras”, por se voltar à eliminação de barrei- ras arquitetônicas nos projetos de edifícios, equi- pamentos e áreas urbanas. Posteriormente, esse conceito evoluiu para a concepção de Desenho Universal, pois passou a considerar não só o pro- jeto, mas principalmente a diversidade humana, de forma a respeitar as diferenças existentes entre as pessoas e a garantir a acessibilidade a todos os componentes do ambiente. O Desenho Universal deve ser concebido como gerador de ambientes, serviços, programas e tec- nologias acessíveis, utilizáveis eqüitativamente, de forma segura e autônoma por todas as pessoas – na maior extensão possível –, sem que tenham que ser

adaptados ou readaptados especificamente, em vir- tude dos sete princípios que o sustentam, a saber:

Uso equiparável – para pessoas com diferentes capacidades. Uso flexível – com leque de preferências e ha- bilidades. Simples e intuitivo – fácil de entender. Informação perceptível – comunica eficazmen- te a informação necessária por meio da visão, au- dição, tato ou olfato. Tolerante ao erro – que diminui riscos de ações involuntárias. Com pouca exigência de esforço físico. Tamanho e espaço para o acesso e o uso inclu- sive para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida | SMPED | 7

DIMENSIONAMENTO BÁSICO

Na concepção de projetos arquitetônicos e urbanísticos, assim como no desenho de mobiliário, é importante considerar as diferentes potencialidades e limitações do homem. As orientações a seguir referem-se a alguns pa- drões adotados para atender à diversidade humana, e os casos específicos devem ser analisados particularmente.

HOMEM PADRÃO

Estudos relativos ao dimensionamento do corpo humano estabeleceram proporções básicas de um homem padrão. Essas proporções são reconheci- das como referência da escala humana em projetos arquitetônicos e desenhos artísticos. No entanto, é fundamental a criação de espaços que atendam à diversidade humana.

No desenho ao lado, o homem padrão foi divi- dido em quatro partes, conforme suas proporções. A letra H refere-se à altura total do indivíduo, sen- do sua fração, portanto, um trecho de seu corpo.

Referência bibliográfica: Arte de Projetar em Arquitetura – Ernst Neufert 11ª edição, 1996

8 | Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida | SMPED

Pessoas com essas características se deslocam, em geral, com a ajuda de equipamentos auxiliares: bengalas, muletas, andadores, cadeiras de rodas, ou até mesmo com a ajuda de cães especialmente treinados, no caso de pessoas cegas. Portanto, é necessário considerar o espaço de circulação com os equipamentos que as acompa- nham. Observe como essas dimensões variam conforme o apoio utilizado (medidas em metros).

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA

Idoso com bengala

Percurso de uma pessoa com deficiência visual

Usuário de muletas

Deficiente visual com cão-guia

Pessoa com mobilidade reduzida auxiliada por andador

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O módulo de projeção da cadeira de rodas com seu usuário (módulo de referência) é o espaço mí- nimo necessário para a sua mobilidade. Portanto, essas dimensões devem ser usadas como referên- cia em projetos de arquitetura.

DIMENSÕES BÁSICAS DA CADEIRA DE RODAS

Medidas da projeção no piso ocupadas por uma cadeira de rodas com usuário

Medidas básicas da cadeira de rodas

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ALCANCE MANUAL FRONTAL E LATERAL

Os usuários de cadeira de rodas possuem características específicas de alcance manual, podendo variar de acordo com a flexibilidade de cada pessoa. As medidas apresentadas são basea das em pessoas com total mobilidade nos membros superiores.

DIRETRIZES

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1.0 PASSEIO PÚBLICO

A FAiXA liVRe: área destinada exclusiva- mente à livre circulação de pedestres, desprovi- da de obstáculos, equipamentos urbanos ou de infra-estrutura, mobiliário, vegetação, floreiras, rebaixamento de guias para acesso de veículos ou qualquer outro tipo de interferência permanente ou temporária, devendo atender às seguintes ca- racterísticas:

• possuir superfície regular, firme, contínua e antiderrapante, sob qualquer condição;

• ter inclinação longitudinal acompanhando o greide da rua;

• ter inclinação transversal constante, recomen- dável de 2% (dois por cento), não superior a 3% (três por cento);

• possuir largura mínima de 1,20 m (um me- tro e vinte centímetros), seguindo a modu- lação propostas no item 3.4 desta diretriz executiva;

• ser livre de qualquer interferência ou barreira arquitetônica;

• destacar-se visualmente no passeio por meio de juntas de dilatação, em relação às outras faixas da calçada;

• ser livre de emendas ou reparos de pavimento, devendo ser recomposta em toda a sua largu- ra, dentro da modulação original dos painéis;

• não apresentar paginação com contrastes vi- suais que causem efeitos tridimensionais.

A FAiXA de seRViÇO: caso existir, deverá es- tar localizada em posição adjacente à guia,

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