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Administração Aeroportuaria

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Por:   •  25/11/2014  •  Artigo  •  2.522 Palavras (11 Páginas)  •  151 Visualizações

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O aeroporto

Brasília era apenas um projeto quando o presidente Juscelino Kubitschek pousou pela primeira vez no Planalto Central, no ano de 1956. Mas o aeroporto já existia e se chamava Vera Cruz.

Construído em 1955 pelo então vice-governador de Goiás, Bernardo Sayão, a pedido do presidente da Comissão de Localização da Nova Capital Federal, Marechal José Pessoa, o aeroporto recebeu no dia 02 de outubro daquele ano a primeira comitiva para construção da nova capital.

O Aeroporto de Vera Cruz localizava-se onde está situada, atualmente, a Estação Rodoferroviária de Brasília. Possuía uma pista de terra batida com 2,7 mil metros de comprimento e uma estação de passageiros improvisada em um barracão de pau-a-pique coberto com folhas de buriti. O nome Vera Cruz foi sugestão de José Pessoa, cuja expectativa era batizar com este mesmo nome a cidade de Brasília.

As instalações do Aeroporto Vera Cruz, no entanto, eram provisórias. A mudança para um aeroporto definitivo já estava definida como prioridade, juntamente com as obras de construção do Núcleo Residencial Pioneiro da Fazenda do Gama, onde foram erguidos o Catetinho, as instalações para o Batalhão de Guarda, e o segundo aeroporto provisório, que atendeu ao presidente e aos pioneiros na construção da nova capital.

Quando o Catetinho ficou pronto, em novembro de 1956, já havia sido iniciado o desmatamento para a construção do aeroporto definitivo, que possuiria uma pista de 3,3 mil metros de comprimento. Em 02 de abril de 1957, o aeroporto recebeu o primeiro pouso da aeronave presidencial, um Viscount turbo-hélice de fabricação inglesa.

A inauguração oficial do aeroporto comercial foi em 03 de maio de 1957. Neste ano, também foram inauguradas as instalações do destacamento Base Aérea, que funcionou em parceria com o aeroporto.

Em 1999, através da lei nº. 9.794, de 20 de abril, o Aeroporto Internacional de Brasília passou a designar-se, oficialmente, Aeroporto Internacional de Brasília - Presidente Juscelino Kubitschek. Desde 2012, quando o aeroporto foi concedido para iniciativa privada, o Consórcio Inframérica é responsável por administrar o BSB Airport.

O Aeroporto Internacional de Brasília é o terceiro em movimentação de passageiros e aeronaves do Brasil. Por sua localização estratégica, é considerado “hub” da aviação civil, ou seja, ponto de conexão para destinos em todo o País.

Com isso, a movimentação de pousos e decolagens é bastante intensa. Para atender a esta demanda em dezembro de 2005 foi entregue a segunda pista de pousos e decolagens que ampliou a capacidade operacional do aeroporto para 555 mil pousos e decolagens por ano.

Mas as obras de ampliação continuam. Será construída uma nova área de embarque e desembarque, chamada de satélite. A obra, já programada no plano de expansão do aeroporto, ampliará a capacidade do terminal de passageiros.

O aeroporto de Brasília tem duas pistas, as cabeceiras 11L/29R possuem 3,200 metros de comprimento. Já as cabeceiras 11R/29L possuem 3,300 metros de comprimento, dois terminais de passageiros com 91.563 m² e 3.264 m², com capacidade para 7,4 milhões de pessoas por ano e um estacionamento com 400 vagas. A área coberta ocupa 24.307 m² e a área total é de 28.930.835 m² (sem a nova pista).

Serão 2,8 bilhões de reais investidos em modernização e expansão, em 25 anos de concessão, pela Inframérica, que é composta pelas empresas Infravix, controlada pelo Grupo Engevix, e Corporación América, empresa com grande experiência internacional em concessões aeroportuárias. Cada empresa detém participação de 50% no consórcio, que, por sua vez, tem 51% na composição acionária da Sociedade de Propósito Específico (SPE), criada para operar, reformar e ampliar o Aeroporto Internacional de Brasília. Conforme determina o contrato de concessão, a Infraero é sócia da SPE, com 49%.

Macro ambiente

Dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG) revelam que a aviação geral cresceu 6,4% de 2010 para 2011. Esses dados chamam a atenção quando separados por categorias. A frota de jatos apresenta maior crescimento, 15,37%, passando de 540 para 623, enquanto a de helicópteros aumentou de 10,64% em 12 meses, saindo de 1495 para 1654 helicópteros em todo o país. Os turboélices registram um crescimento de 10,43%, passando de 863 para 953 aeronaves.

Ainda de acordo com o segundo Anuário Brasileiro de Aviação Geral, um levantamento feito pela ABAG mostra que a região Sudeste possui a maior parte da frota de aviação geral do país. São 5.601 aeronaves das 13.094 existentes no país. O Centro-Oeste ocupa o segundo lugar com 2.859 aeronaves, seguida pela região Sul, com 1.965. Em quarto lugar está o Norte, com 1.522 e por último em quinto, Nordeste, com 1.121.

Mesmo em último lugar, o Nordeste registrou o maior crescimento da frota, 9%, contra 6% do Sudeste e Centro-Oeste, 7% do Sul e 5% da Região Norte. De 2010 para 2011, a frota de aeronaves da aviação geral cresceu consideravelmente no país. São Paulo é o estado que tem a maior frota, com 3.652 aeronaves, depois vem Minas Gerais, 1.087, Mato Grosso, com 1.072, e Goiás, 899.

Brasília foi o segundo maior aeroporto do Brasil no primeiro semestre de 2014. Dados divulgados pela Infraero e concessionárias mostram que o aeroporto do Distrito Federal recebeu 8,6 milhões de passageiros de janeiro a junho de 2014, superando os aeroportos de Congonhas em São Paulo (8,5 milhões) e do Galeão no Rio de Janeiro (8.4 milhões). O Aeroporto Internacional de Guarulhos segue bem distante na primeira colocação, com 19 milhões de passageiros atendidos.

Com investimento de R$ 1,2 bilhão realizado pela nova concessionária, o Aeroporto de Brasília registro crescimento de 13% no movimento em comparação ao mesmo período do ano passado. No mesmo período Congonhas teve crescimento de 8% enquanto o Galeão registrou queda de 0,4% no número de passageiros.

Os principais aeroportos do Brasil chegam ao mês da Copa do Mundo com um salto sem precedentes na sua capacidade. Em três anos e meio, os terminais que atendem as capitais tornaram-se capazes de acomodar por ano mais 70 milhões de passageiros – o equivalente a seis vezes a população de São Paulo, maior cidade do País.

No começo de 2011, os maiores aeroportos brasileiros podiam receber 215 milhões de viajantes. Agora, a capacidade é de 285 milhões de pessoas por ano. No fim de 2014, com a finalização do novo aeroporto de Viracopos, ela será de 295 milhões de passageiros por ano.

A expansão se deu graças aos R$ 11,3 bilhões investidos nos últimos três anos e meio, tanto na rede operada pela

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