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Alimentos Adriana Da Conceição

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Por:   •  29/10/2014  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  237 Visualizações

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VIDA E EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

Aurélio Agostinho nasceu em 354 d.C., em uma pequena cidade da África: Tagasta. Filho de pai pagão e mãe cristã fervorosa. Estudou retórica na cidade de Catargo, mas nessa época a retórica já não mais tinha sua principal característica antiga: o papel político e civil. A formação cultural de Santo Agostinho, portanto, realizou-se inteiramente na língua e nos autores latinos (sua aproximação com os gregos foi inicialmente superficial). Por sua formação retórica tornou-se essencialmente professor. Converteu-se ao cristianismo, após longas ponderações espirituais entre 384 e 386 d.C., enquanto vivia em Milão.

A primeira personalidade que influenciou o pensamento de Agostinho foi sua mãe, Mônica, que com um discurso persuasivo e com fé cristã ajudou a formar a base e as premissas da futura conversão do filho. Sua mãe possuía uma modesta cultura, mas possuía força em seu discurso, força daquela fé pregada através de Cristo. Dessa forma, as verdades de Cristo vistas através da forte fé da mãe constituíram a formação e a evolução de Agostinho.

O segundo encontro determinante para Agostinho foi com a obra que o converteu à filosofia: Ortensio, de Cícero. Nesta obra o conceito de filosofia é apresentado de modo tipicamente helenista, “como sabedoria e arte do viver que traz a felicidade”. Entretanto, o escrito desmotivava Agostinho, pois ele não encontrava ali o nome de Cristo.

Aos 19 anos (373 d.C.) Agostinho vislumbrou o maniqueísmo (uma doutrina de salvação no nível racional, mas com um espaço também para Cristo). Tal corrente apresenta um dualismo radical na concepção do bem e do mal, entendidos não somente como princípios morais, mas também como princípios ontológicos e cósmicos. De acordo com Agostinho, essa doutrina apresentava as formas como o bem se purificava do mal fazendo amplo uso de narrações fantásticas. Entretanto, a corrente de pensamento de Mani (fundador do maniqueísmo) revela-se mais próximas das teosofias do Oriente do que da filosofia grega. Decorrente de um encontro com Fausto (considerado a maior autoridade da seita naquele momento), Agostinho “percebeu” a insustentabilidade da doutrina maniqueísta.

Em 383 d.C. Agostinho tentou abraçar o pensamento da Academia Cética, que afirmava que o homem deveria duvidar de tudo, uma vez que não se pode ter conhecimento de nada. Mais uma vez Agostinho não se sentiu a vontade na corrente de pensamento, pois não encontrava nela o nome e os ensinamentos de Cristo.

Foi em Milão que Agostinho obteve as respostas e a evolução do pensamento que o acolheu. Com o contato com o Bispo Ambrósio ele aprendeu o modo correto de abordar a Bíblia. Em um segundo momento a leitura dos livros dos neoplatônicos (como Plotino) o fez compreender a realidade do imaterial e a não-realidade do mal. Finalmente, a partir de São Paulo compreendeu o sentido da fé, da graça e do Cristo redentor. A leitura dos neoplatônicos, Plotino e Porfírio, ajudou Agostinho a superar as dificuldades ontológicas-metafísicas (o entendimento da concepção do incorpóreo e da demonstração que o mal não é substância, mas simples privação), mas não encontrou o ponto essencial da sua busca: o nome de Cristo.

FILOSOFIA E FÉ

A conversão foi o eixo em torno do qual passou a girar todo o pensamento de Agostinho. O filósofo neoplatônico Plotino o fez mudar seu modo de pensar, mas a conversão e a fé em Cristo mudaram o modo de ele viver, abrindo-lhe novos horizontes para seu próprio pensar. Para ele o pensamento bíblico teológico torna-se a única coisa essencial, passando a utilizar a filosofia apenas como dialética, mas não mais como caminho para o encontro da verdade entendida pela filosofia pagã. Esse caminho apenas poderia ser percorrido no anseio e na crença em Deus.

Dessa maneira, Agostinho não aboliu o uso da razão: a fé não substitui nem elimina a inteligência, mas por outro viés, essa última é estimulada e promovida pela fé. Sem pensamento não é possível exercer a fé. De modo análogo a razão, o entendimento consciente, também fortalece e clarifica a fé. Resumidamente fé e razão, religião e inteligência são complementares. Para Agostinho parece clara a ideia que “a inteligência é recompensa da fé”.

A diferença determinante da filosofia de Agostinho da filosofia

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