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Analise Do Filme Tropa De Elite

Trabalho Escolar: Analise Do Filme Tropa De Elite. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/6/2014  •  2.201 Palavras (9 Páginas)  •  1.064 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho traz uma análise sobre o filme Tropa de Elite (Diretor José Padilha), sendo observado: o comportamento cultural; os mecanismos sociais que influenciam a vida psíquica e social dos indivíduos na sociedade; como se dá a formação de grupos e suas características; assuntos de ordem sociais como a corrupção e a miséria, conflitos e soluções; o poder exercido pelo BOPE diante de tais questões acima citado e ações propostas para a resolução desses conflitos.

Começamos por analisar a cultura presente no filme Tropa de Elite e para isso precisamos entender a etimologia do termo. A Cultura é todo um complexo que inclui o conhecimento a artes, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, mas também dentre outros grupos sociais. Numa outra perspectiva pode ser definidos em ciências sociais como um conjunto de idéias, comportamentos, símbolos e praticas sociais, aprendidos de geração a geração através da vida em sociedade.

Segundo o etólogo Eduardo Ottoni, as definições clássicas dos antropólogos definem cultura como um fazer tipicamente humano. Entretanto, ele confessa que na falta de algo que designe melhor o comportamento transmitido socialmente pelos animais e que exclua a via genética, a palavra cultura é a que melhor se encaixa. Na sua visão, o que diferencia a cultura humana dos não-humanos decorre da particularidade de nossa cognição: “somos capazes de simular os estados mentais de outros indivíduos (o que eles desejam, o que eles sabem, ou não) podendo prever o comportamento de nossos semelhantes.

Para Ottoni, prever e manipular o conhecimento, as motivações e o comportamento alheios é trunfos muito valiosos na vida social. Além disso, “a capacidade humana para produzir símbolos (sepultar os mortos ritualmente, produzir arte, usar adornos corporais e adornar os objetos cotidianos e rituais) é um produto evolutivo”. Apesar de a maioria dos estudiosos considerarem cultura um privilegio dos seres humanos, estudos mostram que alguns tipos de animais como, por exemplo, os chipanzés também possuem a chamada “cultura”. Colocadas essas informações, temos que a cultura não possui uma forma específica, mas sim, várias.

No filme encontramos algumas manifestações culturais, como o direito de enterrar os seus mortos (cena em que a mãe de um fogueteiro pede o direito de enterrar o corpo do seu filho que após entregar os traficantes acaba morto e seu corpo desaparecido), vemos também a cultura musical do Estado do Rio de Janeiro, no caso o Funk e os bailes são predominantes entre os cariocas, temos também a cultura patriarca na cena em que o capitão Nascimento após a morte de um membro do Bope deixa claro para sua esposa que quem manda na casa é ele, a cultura esportiva no caso é relatada na cena em que o capitão Nascimento em seu período de folga pratica rapel (escalada), os bordões também parte da nossa cultura, podemos presenciar isso várias vezes durante o filme (pede pra sair, nunca serão). Podemos também citar a cultura religiosa, nas cenas em que é discutida as estratégias para proteção do Papa em sua 2ª visita ao Brasil, em geral o povo brasileiro possui uma diversidade de crenças.

O filme mostra também que o Brasil é um país de desigualdade total. Enquanto uma pequena parte da sociedade é capaz de viver, mesmo que assustada, com alguma dignidade, uma enorme parte da sociedade vive uma situação terrível de pobreza e falta de moradia, infra-estrutura e educação adequada, o que acaba levando os indivíduos a prática de crimes, inclusive tráficos e roubos.

Numa perspectiva social, buscando a condição humana, determinadas cenas retratadas no filme salientam alguns aspectos referentes: a violência, ao poder institucional, a corrupção e o indivíduo. Em geral é destacada a realidade vivida pelo Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro (BOPE). O tema se a aprofunda em assuntos como: tráfico de drogas nas favelas, a corrupção não só das instituições mais também do Estado Paralelo formado pelos traficantes que criam para si as suas próprias leis.

Em uma demonstração de grupos sociais observamos os universitários que falam de democracia, de direitos humanos e colocam a ambiguidade da cultura no País. No caso dos estudantes de Direito o grupo social se autodenomina acima das leis estabelecidas e se julgam no direito de consumir, vender drogas e até mesmo se aliar aos traficantes (em nome da consciência social) em busca de ajudar a comunidade com trabalhos sociais (ongs) com a permissão dos mesmos, por traz desse trabalho eles acabam favorecendo o tráfico e a violência que ele gera.

Os mesmos estudantes de Direito sentem-se revoltados com as punições exercidas pelos “Policiais” (BOPE, PM) apontando-as como repressoras e abusivas. A verdade é que existe uma exposição com caráter real de uma violenta guerra civil entre alguns grupos em que a motivação é apenas para se ter poder e dinheiro, no entanto não há como se dizer que a eliminação da pobreza venha através do extermino , seja esse por meio dos Policiais e por meio do poder do tráfico.

O resultado dessa guerra gera a corrupção e a miséria. A corrupção pode ser definida como o ato de se corromper, oferecer algo, obter vantagem em negociata onde se favoreça uma única pessoa. Como consequência ela semeia e produz a miséria, o desprezo, a indiferença e a necessidade de pessoas humildes, pois o corrupto apenas tira vantagem encima dessas mesmas pessoas.

Toda sociedade corrupta sacrifica a classe menos favorecida que dependem plenamente de serviços públicos, tendo dificuldades de acessar os seus direitos sócios assistenciais (saúde, educação, previdência etc). Corrupção se tem em todos os países, porém aqueles países de primeiro mundo possuem uma população mais esclarecida acerca de seus direitos, e uma porcentagem menor de corrupção, sendo assim mais difícil de induzi-los.

A corrupção tratada no filme está enraizada na identidade do povo brasileiro, não estando apenas na policia generalizada no filme como corrupta e covarde ilustrado por um personagem (PM) que toma um chope de graça em bar para dar segurança ao mesmo, mais também em grande parte da população que se deixa corromper. Os jovens, crianças e adolescentes são tragados pelas drogas e também são vítimas dos corruptores, o filme mostra bem essa realidade. As famílias que ali vivem se encontram em situações de conflitos com traficantes, policiais corruptos, miséria e desigualdade social. É necessário politicas públicas que possa melhorar a vida dessas pessoas, para que elas possam ter acesso a uma educação e cuidados

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