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Analise Juridica De O Capote

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Por:   •  28/11/2014  •  3.445 Palavras (14 Páginas)  •  897 Visualizações

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Universidade Paulista – UNIP

Curso Direiro

Atividade Prática Supervisionada (APS)

Análise da obra

“O Capote” de Nicolai Gogol

Sala 709

Campus – Paraíso

Turma: DR1AB68

São Paulo, junho de 2014

O AUTOR NICOLAI VASSILIEVITCH GOGOL

Nikolai Vassilievitch Gogol (Ucrânia, 1809 – Moscou, 1852) foi um vanguardista da literatura russa. Oriundo de uma família de pequenos proprietários de terra ucranianos, passa a sua primeira infância no campo. Em 1821 muda-se para Nezin para estudar. Desde muito cedo deseja ser autor teatral. Em São Petersburgo conhece Puchkin, que o influencia notavelmente. Em 1836 inicia uma longa viagem pela Europa. Reside em diversas cidades, particularmente em Roma. A distância de seu país natal e a nostalgia que dela resulta lhe inspiraram alguns dos seus escritos, como a magnífica novela O capote (1843), cujo herói, Akaki Akakievitch, tornou-se o arquétipo do pequeno funcionário russo.

Logo depois, Gogol consegue uma cadeira de professor de História no Instituto Patriótico de Jovens Moças, e em seguida, na Universidade de São Petersburgo (1831 - 1835). Durante este período, ele publica numerosas novelas. Em 1836, a peça de teatro O inspetor geral conhece um real sucesso em São Petersburgo, aplaudida pelos liberais e atacada pelos reacionários; Gogol se sente incompreendido, tanto irritado por aqueles que lhe apoiam quanto por aqueles que lhe criticam: pois todos simplificm e deturpam seu pensamento, pensam que ele ataca as instituições, de uma maneira quase militante, sendo que ele não quer denunciar senão os vícios e os abusos que se encontram no interior da alma humana. Em pleno desarranjo, ele foge e recomeça a viagem pela Europa.

De posse de uma ideia de se amigo Alexandre Puchkin, ele começa a escrever seu grande romance, a peça mestra de sua obra, Almas mortas. Ele tenta publicá-la em Moscou em 1841; mas o Comitê Moscovita de Censura recusa. Não é senão após uma intervenção dos amigos do autor que o livro é publicado em 1842. Este romance é uma descrição sem concessão da Rússia profunda, uma sátira às vezes impiedosa, porém que guarda o profundo amor de Gogol pelo país.

As tribulações recomeçam: Itália, França, Alemanha etc. Em 1848, ele faz uma peregrinação em Jerusalém. Pouco a pouco sua saúde se degrada – e mais ainda a percepção que ele tem da mesma, pois ele se crê sempre mais doente do que de fato – e seu sentimento religioso se exalta: ele se torna cada vez mais místico.

De volta a Moscou, ele redige a segunda parte de Almas mortas. Mas seu estado físico e psíquico se degrada sem cessar. No início de fevereiro de 1852, num momento de delírio, ele queima na lareira de seu quarto, todos os manuscritos inéditos – inclusive o fim da segunda parte de Almas mortas. Ele morre dia 21 do mesmo mês, fatigado pelos jejuns. Está enterrado no cemitério de Novodevitchi, em Moscou.

Gogol é a primeira grande figura do realismo russo. Começa por escrever contos: Serões na propriedade de Dikanka, Arabescos, O retrato, Diário de um louco. Publica um importante romance romântico, Taras Bulba, que descreve as lutas dos cossacos contra os ocupantes polacos. Mas não demora a inclinar-se para as propostas literárias do realismo. A este gênero se aplica a sua obra-prima, Almas mortas, que, baseando-se num fato real, uma burla que consiste em comprar servos mortos para os hipotecar e obter assim um empréstimo, vem a ser uma visão violentamente satírica da Rússia anterior à abolição da escravatura.

O CAPOTE À LUZ DA DISCIPLINA ECONOMIA

Na obra O Capote, o personagem Akaki Akakiévitch utilizou-se de fatores econômicos para comprar seu novo capote e satisfazer seu desejo de consumo. Ele não tinha condições financeiras para adquirir o bem material que tanto desejava, e então adota em seu dia-a-dia uma economia bastante radical.

A economia feita pelo personagem Akaki Akakiévitch poderia ser melhor estudada e analisada, ela poderia ter sido executada a partir do salário mensal recebido com o seu cargo de funcionário público, que é uma das maneiras de economia que geralmente são usadas pelas pessoas, e assim conseguir o valor que tanto precisava para compor o restante do dinheiro para a compra do seu novo capote, porém utilizou outros recursos “... pensava, pensava, e chegou à conclusão de que o único recurso era reduzir ao extremo possível todos os gastos ordinários” (Gogol, 1842).

Podemos vincular este bem à chamada demanda individual, ou seja, a quantidade de um bem que o consumidor deseja adquirir por um preço definido em um dado mercado, durante uma unidade de tempo, no caso da obra, este valor foi definido pelo alfaiate Petrovich “um novo capote teria que gastar uns cento e cinquenta rublos – disse Petrovich...” (Gogol, 1842 ).

A demanda é o desejo ou necessidade apoiado pela capacidade e intenção de compra, ela somente ocorre se um consumidor tiver um desejo ou necessidade, se possuir condições financeiras para suprir sua necessidade ou desejo e se ele tiver intenção de satisfazê-los. Akaki Akakiévitch desejava, tinha intenção de adquirir o bem, porém não tinha uma situação financeira favorável para comprá-lo e então foi preciso abrir mão de hábitos cotidianos para conseguir o valor que precisava para comprar o novo capote, de acordo com a obra, a personagem teve de abolir alguns de seus hábitos:

Abolir o hábito de tomar chá à noite, não acender a luz e, quando precisasse copiar qualquer coisa, ir ao quarto da patroa e trabalhar à luz da sua vela; ao caminhar pela rua, fazer por andar o mais cuidadosamente possível e evitar as pedras ou pedaços de ferro, para não gastar rapidamente as solas dos sapatos; dar à lavadeira a roupa branca com a menor frequência possível e, para que se não gastasse, tirá-lo logo ao chegar a casa e substituí-la pela camisa de dormir, que era de algodão, muito velha, e não podia durar muito mais. Chegou até a suprimir a refeição da noite... .

A economia se dá pelas questões relativas à satisfação das necessidades dos indivíduos e da sociedade, a necessidade humana envolve o desejo de escolha de um bem econômico capaz de contribuir

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