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Antropologia

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Por:   •  18/6/2013  •  Resenha  •  962 Palavras (4 Páginas)  •  437 Visualizações

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Abordando uma temática muito questionada nos novos tempos, tivemos a oportunidade de nos dar conta de certo tipo de maquiagem feita em cima de uma realidade muito complicada, as Relações Raciais quando pensadas no contexto brasileiro, são muito mais complexas do que podemos imaginar. A construção ideológica de uma mestiçagem, tanto dos corpos quando da cultura, se faz muito forte dentro da sociedade brasileira. A ideia de uma raça única torna o racismo uma espécie de tabu. Afinal num país onde todos são “iguais” não seria obvio que não houvesse racismo?

É essa questão que devemos nos perguntar diversas vezes. Será que o negro se sente mesmo um mestiço igual a todos dentro da nossa sociedade? Será que o índio é visto como uma mistura de raças? Será que o nosso preconceito só vale paras índios e negros? Não! O “racismo à brasileira” é muito mais complexo do que acreditamos, como afirmado por Oracy Nogueira, sociólogo brasileiro, temos um preconceito racial que considera básicas as “origens” das pessoas, o que torna muito mais amplo e invisível esse tipo de ignorância que acontece no Brasil.

Um tanto diferente do Brasil, o racismo à europeia está intimamente ligado com os fundamentos de Gobineau. A teoria encontrada na obra “Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas” publicada em meados do século XIX é explicitamente racista, e declara a superioridade da raça ariana, afirmando que os mesmos seriam senhores “naturais” do resto da população.

Albert Rosenberg também contribuiu para o racismo na Europa, pois sua ideologia foi convertida em programa politico pelo nazismo, ou seja, a superioridade de uma raça, que visava unificar os alemães criando uma “raça inimiga”. A perseguição dos judeus ou a escravidão de povos da Europa oriental em nome da superioridade da raça ariana resultou na adoção de critérios opostos ao racismo, a partir do final da segunda guerra mundial.

Já o racismo à americana torna-se mais formal tendo chegado ao extremo de criar leis como as chamadas leis de Jim Crow, que negavam aos cidadãos não brancos vários direitos. Sendo assim, negros, índios, asiáticos e latino-americanos sofriam preconceitos absurdos dentro do país. Fatos inaceitáveis como a segregação racial em transportes e banheiros públicos, e a proibição de casamentos inter-racial existiam, e eram afirmados pelas leis.

Muitos negros foram linchados e queimados vivos sem julgamento, a Ku Klux Klan, (KKK) que defendia a “supremacia branca”, foi autor de vários desses crimes e nunca houve punição. Essa organização ainda existe no país, e paralelamente desenvolveram-se grupos de supremacia negra como o Black Power e a organização “Nation of Islam”, a que pertenceu Malcolm X.

No século XIX, a escravidão tornava o racismo bem mais obvio, e como vemos em novelas e livros a perversidade das relações raciais era vista como um fato comum, e apoiada pela maior parte da população, devido à “inferioridade” da raça negra. O Conde de Gobineau é considerado o pai das ideias racistas, apoiado por nomes como Henry Thomas Buckle, Louis Couty, e Louis Agassiz , estes, ficaram conhecidos como viajantes que viram o Brasil sob a ótica negativa do racismo europeu.

A miscigenação, ou seja, mistura das raças, na sociedade brasileira hoje, é vista e aceita com tranquilidade. Porem nos séculos anteriores, esse assunto foi tratado com grande preconceito entre alguns sociólogos da época. Ao residir no país, mas precisamente no Rio de Janeiro, o Conde de Gobineau, afirmava que a mistura das raças, que produzia um elemento predominantemente mestiço era a declaração de um fim próximo, pois

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