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Análise Semiótica

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Por:   •  28/10/2013  •  2.901 Palavras (12 Páginas)  •  216 Visualizações

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Análise semiótica segundo Roland Barthes

Discentes:

Inês Vairinhos Nº

Joana Rocha Nº 44491

Sara Ruas Nº45110

Tugce Akyurek Nº48748

Vanessa Santos Nº41989

Resumo: Desde o seu estabelecimento como ciência, a semiótica tem sido utilizada como método de análise de mensagens, interpretando a sua intenção e o seu entendimento. O objetivo deste trabalho é, destacando as contribuições de Roland Barthes, analisar a significação do objeto de estudo, através do seu modelo de análise semiótica.

Após uma breve introdução aos estudos de Barthes, a análise do nosso trabalho será realizada a três conjuntos de fotografia, diversificadas em forma e tonalidade, sendo assim três perspetivas diferentes para a mesma fotografia original. Ao objeto de estudo relacionamos evidentemente o conceito de mito, inerente à mensagem fotográfica, segundo o semiólogo.

Palavras-chave: Semiótica. Fotografia. Mensagem. Mito

Abstract: Since its establishment as a science, semiotics has been used as a method of analysis, interpreting their intention and their understanding. The aim of this work is, by highlighting the contributions of Roland Barthes, analyze the meaning of the object of study, through its semiotic analysis model.

After a brief introduction to the studies of Barthes, the analysis of our work will be carried out at three sets of photos, diverse in form and tonality, thus three different perspectives to the same original photo. To the object of study we are going to relate the concept of myth, of course, inherent in the photographic message, according the semiologist.

Índice

Introdução 3

Níveis de análise, segundo Roland Barthes: denotação e conotação 4

Análise 6

Considerações Finais 13

Bibliografia 14

Anexos 15

Introdução

Nas suas investigações, Barthes revela a fotografia como uma manipulação de mensagens. Consequentemente deverá ser analisada sobre esse aspeto. A imagem final opera-se como uma montagem previamente estudada. As perspetivas enquadram a imagem, moldando a mensagem que o emissor espera que seja recebida. Bem como as tonalidades manipuladas, que conferem diferentes tipos de leituras. Daí Barthes conotar a fotografia como um mito. Para um olhar mais desatento, a fotografia retrata a realidade, sem contestação. Já um olhar mais atento questiona a fotografia como sistema reprodutor da realidade e a relação entre o instante fotográfico e a realidade temporal. A retratação da realidade é suspeita pois não conhecemos as suas condições naturais, impossibilitando-nos de saber a que níveis foi retocada ou manipulada. Por sua vez, o instante fotográfico demarca um momento, podendo descontextualizá-lo. Para a obtenção da mensagem real, seria necessário observar os níveis precedentes e sequentes da situação. Barthes faz um acréscimo à noção académica de signo, com o sujeito. Afirmando que sem a intervenção pessoal e subjetiva do observador, a fotografia ficaria limitada ao registo documental. Será dentro desse prisma que analisaremos os seguintes objetos de estudo. Ao atribuirmos um determinado tratamento gráfico, interpretaremos as suas diferentes significações.

Níveis de análise, segundo Roland Barthes: denotação e conotação

Barthes dividia o processo de significação em dois momentos: denotativo e conotativo. Essencialmente, o nível denotativo trata da perceção simples e superficial, conotativo reflete valores expressivos. A estes dois níveis junta-se um terceiro, por acréscimo, e por consequência: o mito. O nível de ordem mitológica reflete os conceitos culturais variáveis de acordo com uma determinada visão do mundo. Segundo Barthes, os primeiros dois conjuntos ideológicos eram por vezes absorvidos despercebidamente, o que possibilitava o uso de veículos de comunicação para persuasão, levando-nos ao terceiro nível. Segundo Winfried Nöth em Imagem:

“ Barthes, que considera uma característica essencial das fotos o fato de elas serem uma “perfeita analogia” da realidade, conclui, deste fato, que a fotografia é “uma mensagem sem código”. Como uma “analogia mecânica da realidade”, a foto apresente uma tal “perfeição e plenitude de analogia” que ela parece conter uma mensagem puramente denotativa, pois nada parece ser complementável com conotações.”

A conotação, isto é, a imposição de um novo sentido à mensagem fotográfica inicialmente imparcial, elabora-se nos diferentes níveis de produção da fotografia. A esses processos Barthes dá o nome de trucagem, pose, objetos, (conotação produzida por uma modificação do próprio real) e fotografia, estetismo e sintaxe.

Trucagem: o fotógrafo une artificialmente, na segunda realidade, duas imagens separadas na primeira realidade. É dessa montagem que surge o sentido. O interesse da trucagem reside em intervir no plano de denotação, por meio de perspetiva ou foco principal aquando o emissor capta a foto. Este processo solicita um determinado código cultural.

Pose: no processo de pose, um gesto espontâneo é decuplado e assume a conotação de um gesto convencionado. A própria pose do sujeito prepara a leitura dos significados de conotação, através de atitudes estereotipadas na sociedade.

Objetos: tem significados históricos muito precisos. São indutores de ideias e símbolos, constituindo pertinentes elementos de significação. Os objetos individuais constituem por si só um significado, que em conjunto, retratado na foto, remetem para o significado conotativo.

Fotogenia: o fotógrafo utiliza recursos como o enquadramento, a composição, iluminação e velocidade do obturador para embelezar a realidade.

Esteticismo: o fotógrafo utiliza recursos como a cor, a iluminação e a textura para fabricar imagens que evocam obras de arte, nomeadamente, pinturas.

Sintaxe: aqui as fotos em sequência são o significante de conotação, e

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