Análise de Ambientes e seus respectivos riscos de sinistro

Tema: Análise de ambientes e seus respectivos riscos de sinistro.

Local: Ambientes fechados - Casas noturnas.

   Fogo: manifestação de combustão rápida com emissão de luz e calor, sendo resultado de um processo químico exotérmico, no qual consiste na combustão ou queima entre três elementos: Combustível (substância capaz de queimar e alimentar a combustão, como a madeira), Comburente (elemento que permite a queima, como o oxigênio) e Fonte de Ignição (fonte de calor, que inicia o processo de combustão, podendo ser por atrito, chama ou outra reação química que produza um calor inicial para começar o processo), conhecido como “Triângulo do fogo”, que para ocorrer um princípio de incêndio é necessário que haja esses três elementos.

   Os incêndios podem ocorrer em todos os locais que estejam vulneráveis – locais abertos, como: Florestas, galpões; E fechados, como: casas noturnas, residências, empresas dentre outros. As causas de sinistros podem ser involuntárias ou por negligência dos indivíduos, no qual podemos observar os acontecimentos ocorridos no Gran Circus Norte-Americano (Niterói) e na boate Kiss (Rio Grande do Sul), em Dezembro de 1961 e Janeiro de 2013, respectivamente. Segundo Demétrio Rocha Pereira, jornalista, o salto triplo prestes a ser executado no circo norte-americano, preparou os 3 mil espectadores para perigos mais distantes que os que se seguiriam. O fogo ganhou rapidamente uma tenda que, erguida para cercar o riso, se verteu em uma arena infernal de fumaça e chuva de tecido em brasa.

    A explicação oficial se dá que a combustão ocorreu devido a um ex-funcionário do circo que ateou fogo na lona que cobria os espetáculos porque havia sido demitido. Se tratando de locais fechados, apesar dos mais de três mil espectadores, o Circo Norte-Americano não tinha saídas de emergência e para piorar, a cobertura do circo havia sido impermeabilizada com parafina, altamente inflamável, o que contribuiu para aumentar o fogo rapidamente. Não havia bombeiros no local, funcionários treinados para casos de incêndios, extintores de água para o tipo de agente - classe A, rota de fuga, ponto de encontro; medidas preventivas, o que ocasionou na morte de mais de 500 pessoas que ali estavam, cerca de 70% crianças. Se caso não houvesse tido a negligência diante do material usado na lona (o que poderia ter sido ocasionado até mesmo por um incidente de alguma atração com fogo) medidas que não foram tomadas poderiam ter minimizado o risco e evitado a tragédia.

   A história se repetiu em 2013, com o incêndio na boate Kiss, quando um vocalista de uma banda que se apresentava, acendeu um dispositivo pirotécnico no palco. Faíscas atingiram o teto, forrado de espuma e isopor, e as chamas se espalharam rapidamente. A fumaça tóxica se espalhou matando asfixiadas e pisoteadas mais de 240 pessoas. Foi constatado que a estrutura da boate estava totalmente inadequada, não possuía saídas de emergências, sendo uma única porta para entrada e saída, na qual totalmente aberta continha apenas 3 metros, além de se estimar que o local estava acima da sua capacidade permitida; falta de sinalização para a porta de saída, onde muitos ficaram presos em banheiros; os extintores (água pressurizada, gás carbônico e com pó químico seco) que lá haviam estavam despressurizados e com o prazo de validade vencidos, funcionários sem treinamentos; falta de ventilação, onde a fumaça ficou retida em um local muito pequeno para a quantidade de pessoas; rota de fuga, ponto de encontro dentre outras medidas cabíveis. Mesmo que tivesse sido de outra forma o princípio de incêndio, um curto circuito na iluminação, por exemplo, provavelmente aconteceria o mesmo já que o material do teto era tóxico, cabendo usar o extintor com gás carbônico.

...